O Ministro da Saúde Celso Matos aproveitou a cerimónia de entrega pela China de mais um lote de materiais cirúrgicos e de medicamentos para propor uma nova parceria.
«Conhecemos a capacidade tecnológica da República Popular da China, e pedimos que a China possa nos apoiar na sua vertente tecnológica para dar maior capacidade de intervenção e resposta as nossas necessidades aqui em São Tomé e Príncipe», afirmou o ministro da saúde.
O atraso tecnológico no sector da saúde do país ameaça muitas vidas, e compromete a intervenção eficaz dos médicos.
«Há serviços de diagnóstico que ainda não temos hoje, como a ressonância magnética. Mesmo o serviço de tomografia computadorizada o aparelho que temos é ultrapassado. São várias as acções que ainda precisamos desenvolver com a cooperação chinesa», explicou Celso Matos.
Xu Yingzhen, a embaixadora da China no país considerou a nova proposta do governo como desafiante e prometeu abrir as portas para o diálogo e negociações sobre o assunto. A diplomata recordou que as diversas equipas médicas chinesas para além de cuidar dos pacientes santomenses, também oferecem ao sistema nacional de saúde equipamentos médicos de alta tecnologia.
Parceiro estratégico assumido pelo governo santomense, desde a realização da cimeira China – África em setembro de 2024, China lidera o programa para eliminação do paludismo em São Tomé e Príncipe. Para além de destacar um grupo de especialistas para atender as populações do país, o país asiático forma quadros de saúde de São Tomé e Príncipe, estando nesta altura em formação num dos hospitais universitários da China 4 médicos santomenses nas especialidades de anestesiologia e cuidados intensivos.
«A china tem sido um parceiro confiante de grande relevância para o nosso sistema de saúde», reforçou o ministro da saúde.
O donativo em medicamentos essenciais que o Ministério da Saúde recebeu na terça – feira está avaliado em 100 mil dólares e inclui equipamentos diversos para o bloco operatório.
«Os equipamentos que hoje recebemos vão ajudar nos serviço de bloco operatório cirúrgico onde alguns equipamentos que hoje recebemos já fazem falta. E também veio um número considerável de medicamentos e alguns outros equipamentos para outros serviços do hospital», pontuou, o ministro.
Ciclicamente o sistema de saúde de São Tomé e Príncipe recebe ajuda chinesa em equipamentos medicamentos.
«Estamos contentes e em nome do governo e do povo de São Tomé e Príncipe agradecer a cooperação da República Popular da China», concluiu Celso Matos.
Governo santomense projecta o reforço da cooperação bilateral com a China, no sector da saúde para aliviar a crise cíclica dos insumos hospitalares e agora elevar a parceria para o patamar tecnológico.
Abel Veiga
POLVO
19 de Março de 2025 at 10:18
A falta de capacidade de intuir é crónico, na gestão do país, já para falar ainda da falta de organização, rigor, planos dara o sector da saúde.
É impossível vir a manter com este sistema, é insustentável para o sector da saúde.
Viver se doações, da vontade de outros povos, até quando?
Porque jamais se procura organizar, ter algum rigor e controlo, planear, a saúde tem custo de execução, há que fortalecer o sector nesta matéria.
Para um país, pobre, pequeno e insular é impossível vir a manter a gratuitidade do sistema de saude, ainda que seja o valor mínimo em centimos de euros deveria-se cobrar o acesso a cuidados de saúde.
O sector público na saúde em São Tomé e Príncipe, tem incapacidades crónicas, ao mesmo tempo que se tenta, poder vir organizar, há que abrir espaço ao sector privado regional, nacional, internacional
Outra questão é tempo e pensar a formação interna em medicina, em enfermagem, em técnicos de diagnóstico, áreas da saúde é possível com apoios dos parceiros internacionais, é uma mais valia, interna e regional, há querer e ter visão, conceito de atratividade do território, ainda mais quando temos emigração em massa, dos nossos jovens.
As valências em medicina, em enfermagem, em diagnóstico, em farmácia,etc…são essenciais cruciais para a organização do sistema de saúde.
LULA
19 de Março de 2025 at 16:38
Um estudante de medicina, leva 6 anos a completar uma licenciatura, mais dois de especialização no ocidente, a enfermagem 3 anos, mais um de especialização, assim por diante,…
Ja temos cinquenta anos de independência,bem vez de enviar estudante formar no exterior, no ocidente, na Ásia, América, com bolsas de paises de cooperação bilateral, seria bom converter estas bolsas, em organização de faculdades de saúde, medicina, farmácia, Técnicas de Análises e diagnóstico, Veterinária, biomédica, serviços sociais, acção social, a nível interno, complementaridade com programas de habitação, residência estudantil, bolsas internas, assim durante a formação os nossos estudantes iam tendo contacto com a realidade do nosso sistema de saúde, estagios, aulas práticas, nos hospitais jamais teriam falta de quadros nestas áreas, obvio que se pensar na reorganização de todo o sistema de saúde, de ensino, valências,…
Aproveitando especialistas e técnicos chineses ou outros para ministrar formação académica superior interna, aproveitando o tecnicos nacionais para o mesmo efeito, tornando assim o país atrativo nesta matéria.
Temos jovens a abandonar o território há que pensar nas causas,…
Ao invés de pensar somente na construção de novo hospital de referência,…estruturar todo o sistema de saúde seria essencial para a atractividade dos serviços no país