Política

“Cada santomense deve plantar uma árvore”

O apelo do primeiro-ministro Américo Ramos na celebração do Dia Internacional da Floresta, 21 de março, visou despertar a consciência nacional para o perigo que ameaça toda a população do país e o planeta terra em geral.

O arquipélago que enfrenta no mês de março de 2025, uma insolação tórrida, e praticamente sem chuva, regista também o abate ilegal e indiscriminado de árvores. A direcção das florestas disse ao Téla Nón que anualmente autoriza o abate e de forma legal, de mais de 3 mil árvores. No entanto, segundo a direcção das florestas, o abate ilegal e clandestino é muito maior, atinge mais de 60% das árvores que são abatidas anualmente.

Na ilha de São Tomé, o Téla Nón verificou clareiras antes nunca vistas em muitas localidades. Por exemplo na roça Gratidão no centro da ilha de São Tomé, apesar de estar localizada numa elevação, não se podia ver a Vila da Madalena. As árvores de sombreamento do cacauzal, nomeadamente jaqueiras, amoreiras, etc, impediam. Hoje a partir de Gratidão vê-se todas as ruas e quintais da Vila da Madalena.

O sol tórrido provocado pelas alterações climáticas aumenta de intensidade, numa ilha que acordou na manhã de 21 de março com uma marcha de chamada de atenção. Américo Ramos primeiro-ministro e chefe do governo liderou a marcha que percorreu várias artérias da cidade de São Tomé.

«A natureza e o verde são a nossa imagem de marca. É aquilo que podemos vender», declarou Américo Ramos durante a marcha.

Todos os santomenses foram desafiados a participar no reflorestamento da ilha durante o ano 2025. «É nossa obrigação proteger a floresta, impedirmos o corte indiscriminado de árvores. E cada um santomense deve plantar uma árvore», frisou.

A marcha pela protecção das florestas ficou marcada pelo plantio de árvores no jardim 1º de Maio na cidade capital. «Temos o ministério do ambiente, turismo sustentável e juventude.  Isso tem uma ligação. Deveria ser orgulho para cada santomense, plantar um Izaquenteiro, uma jaqueira, um Ocá, uma Amoreira, um Limoeiro, são plantas que representam o próprio país», concluiu o primeiro-ministro.

As árvores de fruto, e de sombreamento como jaqueiras, safuzeiros, caja manqueiras, fruteiras (fruta – Pão), mangueiras, etc fazem parte da floresta secundária de São Tomé e Príncipe, e alimentaram as sucessivas gerações da nação santomense.

A protecção da natureza, e a promoção do turismo contribuem para o desenvolvimento sustentável. “Juventude e a Sustentabilidade” é exactamente o lema da presidência de São Tomé e Príncipe na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a CPLP.

A ONG portuguesa OIKOS e a cooperação portuguesa apoiaram a realização da marcha pró-ambiente, e o plantio de mangues na Praia das Conchas.

Abel Veiga  

1 Comment

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  1. Pedro

    30 de Março de 2025 at 11:37

    O Sul e Parque do Obo praticamente ocupado por monocasta de palma e o abate ilegal vão dar cabo do que resta de bom de STP.
    Daqui a 20 anos nO há nada que faça as pessoas ir aí visitar.
    Uma pena, uma ilha de gente boa.

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