Política

CPLP traça nova estratégia de defesa com foco em igualdade de género, juventude e combate ao terrorismo

Reunião em São Tomé resultou em recomendações concretas para reforçar a cooperação entre os Estados-membros nas áreas de segurança regional, ciberdefesa e inclusão.

As recomendações e conclusões adotadas na 24.ª Reunião dos Ministros da Defesa da CPLP, realizada esta quarta-feira em São Tomé, marcaram uma nova etapa na cooperação estratégica entre os Estados-membros. A comunidade lusófona definiu linhas de ação concretas para o reforço da segurança, a inclusão social no setor da defesa e a resposta a ameaças transnacionais.

O ponto alto da reunião foi a aprovação de uma nova matriz estratégica da defesa e segurança da CPLP, que orientará as prioridades comuns da organização, com foco em interoperabilidade, formação técnica e operacional, e desenvolvimento de capacidades conjuntas.

Entre as recomendações aprovadas, destacam-se:

Implementação da nova matriz estratégica da defesa da CPLP, com foco em:

Aumento dos exercícios militares conjuntos;

Intercâmbio técnico-operacional entre forças armadas dos Estados-membros;

Criação de plataformas de resposta rápida a emergências e crises;

Fortalecimento da ciberdefesa e partilha de informações estratégicas.

Promoção da igualdade de género na defesa e segurança, com medidas para:

Elevação da presença feminina em cargos de comando;

Adoção de políticas de recrutamento mais inclusivas;

Integração de perspetivas de género em estratégias militares e humanitárias.

Reforço da cooperação em segurança regional, incluindo:

Combate coordenado ao terrorismo e ao extremismo violento;

Ações integradas contra a criminalidade organizada e tráfico de armas;

Proteção das rotas marítimas e vigilância costeira partilhada.

Inclusão da juventude nos programas de defesa, com:

Iniciativas de sensibilização e formação técnico-militar;

Incentivos à participação de jovens em projetos cívicos e institucionais ligados à segurança.

A nova estratégia adotada reflete o consenso dos Estados-membros em transformar a CPLP numa comunidade não apenas cultural e linguística, mas também geopoliticamente ativa e operacional no cenário internacional da segurança.

Waley Quaresma

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