A embaixada de Angola em São Tomé e Príncipe e o governo da região autónoma do Príncipe decidiram promover no mês de julho, a semana cultural Angola – São Tomé e Príncipe.
Ligados por consanguinidade, angolanos e santomenses celebram este ano, 50 anos de independência dos respectivos países. Os movimentos de libertação dos dois países partilharam cumplicidade e o espírito de irmandade na luta contra a dominação colonial portuguesa.
Uma delegação da embaixada de Angola foi recebida pelo Presidente do governo da Região Autónoma do Príncipe Filipe Nascimento no passado dia 6 de junho, na cidade de Santo António.
«O encontro teve como foco principal o reforço da cooperação cultural e atração de investimento angolano», diz o comunicado da embaixada de Angola.
Numa altura em que os dois países celebram os 50 anos da independência nacional, as autoridades da ilha do Príncipe e a delegação angolana definiram acções de intercâmbio cultural para dignificar o dia nacional de São Tomé e Príncipe.
« Foi anunciada a realização da semana cultural Angola -STP a ocorrer entre os dias 5 a 11 de julho de 2025 com diversas actividades culturais e artistas que visam celebrar a irmandade histórica entre os dois povos », refere a embaixada de Angola.
Sempre juntos, angolanos e santomenses, prometem continuar a partilhar, a história política e cultural comum. «Com destaque para a vinda de artistas angolanos de artes plásticas, e musicos angolanos, e a promoção da gastronomia angolana», pontua a nota da embaixada.
São Tomé e Príncipe celebra a independência nacional no dia 12 de julho. Angola ficou independente de Portugal muito mais tarde, só em Novembro de 1975.
«Apesar das datas de celebração serem diferentes, o espírito de união permane», frisa a embaixada de Angola.
A comunidade angolana residente na ilha do Príncipe foi convidada pelo governo regional a participar activamente no fortalecimento das relações de irmandade entre os dois países.
Luís Domingo conselheiro da embaixada representou Angola no encontro com o governo regional, e com o Presidente da Assembleia Regional do Príncipe, Francisco do Nascimento Gula, que é descendente dos antigos escravos angolanos, trazidos pelos colonizadores portugueses, para em regime de escravidão construir São Tomé e Príncipe.
Abel Veiga
