A garantia de revisão do acordo assinado pelo anterior governo também da ADI, foi dada pelo Primeiro Ministro Américo Ramos.
O chefe do governo disse que avançou para a revisão do acordo de concessão da central térmica de São Tomé por um período de 25 anos, com base nas constatações feitas pela auditoria do Tribunal de Contas, e pela avaliação técnica feita pela empresa de electricidade, a EMAE. Ambas constatações consideram o acordo lesivo ao Estado santomense.
«Temos de sentar na mesa com os parceiros e chegar a um acordo benéfico para as partes. É o que estamos a fazer agora, espero concluir em breve essa negociação para permitir que não tenhamos um contrato que nos seja prejudicial, ou que fere os interesses do país», afirmou Américo Ramos.
A responsabilidade criminal deve ser também investigada, e o primeiro-ministro aponta o dedo às instituições do Estado que têm competência para desencadear a investigação judicial.
O primeiro-ministro disse que em função das constatações feitas pelo Tribunal de Contas, mandou chamar o dono da TESLA STP, que por sinal é a FB Group da Turquia, também concessionária do aeroporto internacional Nuno Xavier por 45 anos. «Chamamos a Tesla, eles estão cá e estamos a discutir e depois quando concluirmos as discussões comunicaremos», frisou.
No entanto, a renegociação do acordo, não inviabiliza a realização da investigação judicial para assacar as responsabilidades criminais. «Eu sou governo. E há instituições judiciais. Cada um deve jogar o seu papel. O nosso papel é sentar à mesa e renegociar o contrato», pontuou o primeiro-ministro.
América Ramos falou sobre o caso TESLA STP, na última sexta-feira na Praia Messias Alves, bairro da cidade de Santana, onde começou o projecto da EMAE de instalação de uma nova rede de baixa tensão.
Um projecto financiado pelos parceiros internacionais em mais de 6 milhões de euros, e que pretende eliminar as perdas de energia eléctrica na rede de distribuição. Segundo o chefe do governo, as perdas na rede atingem 40%. A instalação da nova rede de distribuição de energia equipada com contadores inteligentes abrange 56 localidades da ilha de São Tomé. O bairro da Praia Messias Alves em Santana foi o pontapé de saída.
Abel Veiga

Fiá de pega lato
30 de Junho de 2025 at 6:28
É necessário por cobro a crimes que assolam o país, roubo de energia, de agua, nas parcelas agrícolas, etc…crimes vários, com medidas a montante e a jusante, chamando a responsabilidade/responsabilização dos prevaricadores, é urgente, é fundamental, quando se quer implementar o crescimento económico, o desenvolvimento sustentável, a segurança e proteção,…
Assim como aqueles que violam a leis do país, assinam contratos lesivos ao estado, corrupção, usurpação de bens do estado, crimes administrativos, é tempo de por ordem nas ações do estado…
É preciso tomar medidas, é preciso agir sobre estes fenómenos, atos
Jorge Semeado
30 de Junho de 2025 at 8:09
Porquê insistir na importação do gasóleo para produzir energia eléctrica. Tudo bem, investimos mais de 6 milhões de Euros para evitarmos 40% de perdas da produção energética. Mas continuaremos a importar a mesma quantidade de combustível para produção actual dos 16 Megawatts de energia.
Quais serão as vantagens? Apenas três: 1. Eliminação das perdas dos 40% da produção atual que corresponde actualmente a 6,4 Megawatts de energia;
2. Aumento da arrecadação das receitas para EMAE e das receitas fiscais em Dobras para o Estado.
3. Mais lucros para a TESLA STP.
Quais são as desvantagens destes projecto e financiamento? Sao 3:
1. Esta medida não trará nenhum impacto na diminuição da importação dos combustiveis para produção de energia;
2. Os prejuízos com esta importação para o Estado (em Divisas) não diminuirão,
3. O Estado terá o dever de pagar os mais de 6 milhões de Euros em Divida, resultante do financiamento, acrescidos dos receptivos juros, que ninguem fala sobre eles.
Em contrapartida, de acordo com os ultimos dados sobre a recente inauguração de uma central fotovoltaica com capacidade de produzir 1.2 Megawatts de energia, custou 1.7 milhões de Euros. Sendo estes dados verdadeiros, concluiremos que com 6.8 milhões de Euros, instalaremos uma central fotovoltaica com capacidade para produzir 4.8 Megawatts de energia limpa, barata, e sem recursos a gastos em Divisas para importação dos combustíveis.
E mais: 4.8 Megawatts correspondem a 30% de perdas da capacidade total instalada.
Logo, investirmos os tais mais de 6 milhões de Euros em 4.8 Megawatts de energia solar, reduziriamos as perdas atuais a apenas 10% que poderiam ser rapidamente supridos com a poupança de 1.7 milhões de Euros resultante da eliminação da eliminação de combustível para produção destes 4.8 Megawatts deste projecto solar.
Sendo assim teremos atingido os 6 Megawatts (4.8 deste projecto + 1.2 do projecto recentemente inaugurado) de energia solar injetados na rede nacional, correspondendo a 37.5% de energia solar injectados na rede, com ganhos substanciais na redução de importação de combustiveis e consequente poupança de Divisas para o Estado.
As minhas perguntas são:
1. Onde andam os verdadeiros gestores de numeros economicos deste pais? Porquê os numeros falam por si.
2. Porquê que os nossos parceiros internacionais põem STP a andar as voltas:
a: hoje oferecem projectos de melhoria da energia térmica,
b: amanhã dizem que a térmica não é solução e prometem dezenas de milhões energias renováveis como solução mais viável;
c. depois de amanhã, voltam a estaca zero, ou seja, as energias limpas sao esquecidas e voltam a energia termica como solução.
d. e o mais grave é que os nossos dirigentes fecham os olhos a essas danças;
e. E o pais não melhora. Só regride
d. Os vendedores dos combustíveis sempre a arrecadar lucros com a nossa importação dos combustíveis.
É um paradoxo e é com muita pena que assistimos isso.