Análise

“Não foi por falta de aviso! Não há Império que dure para sempre!”

A constatação é de Osvaldo Abreu. Membro da Direcção do partido MLSTP/PSD, principalmente do departamento juvenil, o quadro superior em engenharia que representa a companhia norueguesa PGS em São Tomé e Príncipe, analisa o resultado das eleições de 1 de Agosto, e critica duramente a Direcção do seu MLSTP/PSD.

Caros Compatriotas.

Já lá vai algum tempo que não exerço esta pequena actividade cívica de escrever para o público, que tanto me caracterizou durante algum tempo.

Se regresso agora e peço desculpas, não é para trazer nenhuma análise nova e em profundidade. Não!

Tendo o país chegado ao fim de mais um longo périplo eleitoral e conhecidos que estão os resultados preliminares, gostaria isso sim, de colocar uma vez mais a disposição do grande público a análise por mim feita em dois artigos denominados Legislativas 2006 – Ganhadores e Perdedores  (I) e (II) e publicados após as eleições Legislativas de 2006. Foi a primeira deste género depois aquelas eleições.

Aproveito aqui e agora para felicitar o ADI pelos resultados alcançados e pela coragem de e na renovação/reestruturação empreendida.

Para as outras forças políticas e principalmente para o meu partido MLSTP/PSD fica, uma vez mais a dolorosa mensagem. “Ou ouvem a voz do eleitorado, a voz do povo, a vos da JUVENTUDE ou contribuem com a actual atitude para matar aquele que tem sido a maior força política partidária de São Tomé e Príncipe.” Não foi por falta de aviso! Não há Império que dure para sempre!

Eis o artigo por mim publicado no Abril de 2006 e as chamadas de atenção oportunamente feitas.

Durante este período eleitoral que agora termina ficou demonstrado que para o MLSTP/PSD tanto eu como muitos como eu, não passamos de uns garotos intrometidos. Muito bem! E assim sendo, não há outra alternativa que assumir a nossa garotice e que os outros assumem a sua outra parte.

Um bem-haja ao MLSTP/PSD.

Um Bem-haja á São Tomé e Príncipe.

Cidadão;

Osvaldo Abreu (viegadabreu@yahoo.com)

Legislativas 2006 – Ganhadores e Perdedores  (I)

Já temos os resultados preliminares do último escrutínio que levará a formação da nova Assembleia Nacional e consequentemente do novo Governo da República.

A coligação MDFM/PCD foi a força política mais votada, conseguindo 23 mandatos dos 55 possíveis. Esta força coligada levou muito tempo a preparar-se para estas eleições. Muito tempo mesmo, quase toda a legislatura que agora termina.

A ADI do Patrice Trovoada seguiu a mesma peugada. Logo após as legislativas de 2002 a ADI distanciou-se da coligação Uê Kedaji, marcando muito cedo o seu posicionamento rumo às eleições que se seguiram. Assim o ADI quis corrigir o dito “erro” estratégico e de apreciação que teria cometido.

O MLSTP, fiel ao seu dogma interno, parece ser das 3 grandes forças políticas aquela que menos se preocupou com as eleições. O MLSTP teve sim, uma intensa luta interna que não conseguiu dirimir a tempo e colocar todas as suas tropas em posição de combate e com espírito de missão que sempre caracterizou os seus militantes e adeptos.

Não sendo exclusivo do MLSTP, as lutas internas partidárias passaram também por PCD e ADI. No PCD assistimos ao afastamento de Arzemiro dos Prazeres (Bano) e ao posterior regresso do Leonel Mário d’Alva. Boa escolha? A resposta dos “PCdistas” é de uma escolha certa, para um momento certo e muito importante. O mais certo é que tudo indica que foi uma escolha, pelo menos, estrategicamente inteligente.

Não é em vão que um amigo e influente PCdista me dissera o seguinte: “durante a campanha o nosso líder não foi uma só vez atacado. Para nós isto era muito importante. Ter alguém como líder que não fosse atingido porque o partido todo, já fragilizado, poderia ser atingido e desde o topo”. Nestas expressões se pode encontrar as preocupações desta força partidária com vista as eleições que se avizinhavam. Tudo estava a ser muito bem desenhando.

Não é segredo que a escolha do histórico Mário d’Alva estava também relacionado com o tal consenso que o PCD necessitava para alcançar o tão “necessário” acordo final com MDFM. A figura do Mário d’Alva parece ter enquadrado em tudo isso. Entre avanços e recuos e sem querer mencionar nomes por respeito aos meus amigos e companheiros dos debates no “parlamento do Aito” lá se assinou o acordo entre o MDFM e PCD. As estratégias eram claras tendo no topo das prioridades “derrubar o MLSTP/PSD”. Para isso valia tudo e valeu tudo. A estratégia deles funcionou e hoje estão de parabéns pois obtiveram maior número de mandatos. É justo recordar que a coligação soube ultrapassar e rebater os polémicos casos que, a poucos meses das eleições, pareciam romper todo o trabalho feito e preparado. O caso Marrocos 407 ou CST foram esquecidos.

O MLSTP/PSD não obteve o resultado que se esperava, ou seja, não ganhou, mas considero que fizeram um bom resultado nas circunstâncias e com as armas com que contaram. O MLSTP, apesar dos pesares, demonstrou que vai continuar sendo o maior partido em termos sociológico de STP. Pois, os seus militantes e simpatizantes demonstraram, uma vez mais, que vão estar lá onde o partido necessitar deles, independentemente das outras variáveis.

Contudo, o partido não soube maximizar esta mais-valia. O partido MLSTP durante muito tempo pareceu ter andado com muito pouca orientação. Assistiu-se a muita confusão e passo a assinalar algumas:

  1. o comportamento do partido durante e depois do Golpe de Estado de 2004
  2. a composição dos Governos que se seguiram
  3. a gestão do dossier GGA e outros assuntos polémicos
  4. as “macas” relativamente a contestação interna da presidência de Pinto da Costa e a forma como a sucessão foi feita.
  5. as guerras, quase de ruptura total, entre a chamada ala dos renovadores e a dos conservadores, principalmente durante o período de eleição dos presidentes distritais e os posicionamentos posteriores.
  6. a gestão tanto dos presidentes distritais como do presidente do partido dos sentimentos e os interesses de grupo no período pós eleitoral distrital até o presente.
  7. as pessoas, os rostos, os métodos e os meios levados e utilizados no período desta campanha.

Olhando para todos estes items e certamente muitos outros, pergunto se o MLSTP esteve realmente preocupado e se preparou para as legislativas de 2006, eleições que todos coincidem seriam as mais renhidas e disputadas de sempre e que o partido que a ganhasse estaria “condenado” a governar por muito tempo.

Não querendo tecer conclusões sobre os resultados conseguidos pelo MLSTP/PSD, que por certo, os menos bom na perspectiva de números de deputados desde o início do período da democracia participativa, deixo algumas observações:

  1. As eleições distritais e as formas utilizadas por diferentes candidaturas para vencer a outra, partiu o partido tanto ao nível local como nacional. Dividiu o seu eleitorado e fez amadurecer o sentimento de vingança silenciosa: “quem venceu tem que trabalhar para ganhar nas legislaturas, vou sentar para ver”.
  2. A decisão corajosa do líder do partido de dar a cara como o rosto para Primeiro Ministro minou algumas aspirações e consequentemente esfriou o interesse em lutar para ganhar de muitos potenciais candidatos. Esta decisão do Pósser da Costa embora alguns considerem que tinha que ser, de modo a diluir um crescente conflito entre alguns co-lideres que se mobilizavam no sentido de serem contemplados com o cobiçado lugar, mostrou aos seus adversários onde estava o alvo predilecto para ser abatido e foi ali onde concentraram quase todas as baterias.
  3. Finalmente, a intervenção ou não do Pinto da Costa. Eu tenho dito e escrito que considero que o eleitorado de São Tomé e Príncipe se divide em 3 grandes Grupos podendo haver vários subgrupos. Os pró MLSTP, os contra MLSTP e os pró Pinto da Costa. Estes últimos podem estar, ou não, nos dois primeiros. Pinto ao não entrar directamente na campanha partidária pelo MLSTP, certamente deve ter levado a abstenção de muitos dos pró Pinto. Ventila-se por ali rumores, especulando sobre o porquê Pinto não teria entra directamente nesta contenda eleitoral. Eis uma delas;  “ Pinto apareceu em 1998 depois de alguma ausência como líder do MLSTP, depois de ter perdido as presidenciais de 1996 e num momento relativamente delicado do partido e com um ADI de Carlos Neves muito forte. Nestas circunstâncias Pinto levou o MLSTP a maioria absoluta. Passados 3 anos, em 2001, Pinto como candidato do MLSTP lança-se contra o candidato do Miguel Trovoada e da oposição unida. Os resultados são mais que conhecidos; a vitória do Fradique de Menezes na primeira volta. O tempo passou e foi-se sabendo coisas e ouvindo coisas que as “nossas habituais más-línguas” foram soltando. Soube-se então que uma parte do MLSTP teria “tramado” o Pinto. Então?”

O ADI de Carlos Neves começou a desmoronar-se mais ou menos no período das presidenciais de 2001 e culminou com o afastamento de algumas das principais figuras do partido e a incorporação destes na lista de MDFM/PCD como independentes nas legislativas de 2002. Após um período de inércia e de intentos de aproximação a família “ADeista” realiza o seu congresso saindo o Patrice Trovoada eleito no meio de muitas contestações e o não reconhecimento por parte da ala do Comandante Diogo. Nasce UDD como consequência desta e outras confusões enquanto que Patrice impõe-se no ADI e fortalece a sua posição dentro e fora do partido. O ADI do Patrice aproveita a sua permanência nos Governos do MLSTP para vincar alguma posição junto ao eleitorado enquanto o seu líder depois de tirar do seu caminho alguns incómodos começa a executar uma estratégia, certamente, muito bem desenhada com vistas as legislativas de 2006. Assistiu-se o ADI fazendo ofertas à instituições do Estado, coisas que normalmente as forças políticas praticavam somente durante campanhas eleitorais. Conhecendo as suas fragilidades, o Patrice apostou em muitos “incentivos” aos novos elementos do ADI e melhorias para aqueles que teriam ficado.

Hoje, conhecidos que estão os resultados preliminares das últimas eleições, a estabilidade governativa em S. Tomé passa por Patrice. Se MDFM/PCD quiser governar com alguma estabilidade terá que fazer muitas concessões ao ADI. Se MLSTP quiser fazer oposição com sucesso e “bloquear”a acção governativa terá que contar com Patrice.

Para alguns, os 12 ou 13 mandatos conseguidos por ADI são poucos se comparados com a proporção dos “recursos” e “incentivos” dispensados. Para mim, que não dava ao ADI mais do que 10 mandatos antes das eleições, os números conseguidos são mais do que suficientes e constituem uma grande vitória para o círculo e a estratégia do Patrice.

Finalmente, parece que começa a surgir uma nova categoria de eleitores em S. Tomé e Príncipe a qual Alfonso, el Vasco, a chamou de “os modernistas”. Falando com a malta jovem, principalmente de Água Grande e Mezóchi muitos dizem ser militantes ou simpatizantes do ADI. São pessoas que parecem querer romper com a tradição e de certa forma rebelar-se contra os modos existentes.

Por razões diferentes, Patrice parece ter-se apercebido disto e conseguiu arrastar uma boa parte deste eleitorado. Tanto o MLSTP como o MDFM e PCD não parecem estar preocupados com os “modernistas” porque continuam a confiar nos seus bastiões. Contudo, e tal como andou a Geração Esperança a pregar, o futuro pertence a juventude e contra isso não há nada a fazer.

Considero que para o futuro, a tendência é de crescimento dos “modernistas” e consequentemente de diminuição dos outros grupos do eleitorado.

Nesta jogada, o ADI vai a frente pelo que os outros partidos terão que redefinir, ou mesmo, definir estratégias e discursos, tendo em atenção que para os “modernistas”, muito jovens quase todos, o discurso de que 30 anos já chega e que todos estiveram ou não estiveram e de que no período do partido único fez-se isso ou aquilo, não representa absolutamente nada. Eles não viveram aquela etapa e vão ficando cansados de ouvir sempre o mesmo.

Com alguma intenção não toquei na expressão “banho” nem tão pouco falei de outras forças partidárias. Ficam as minhas felicitações ao Novo Rumo pelo mandato conseguido no Príncipe e felicitações também as outras forças que tomaram parte nestas eleições pela coragem, não obstante o desproporção de meios postos a disposição ou conseguidos.

O futuro parece ser mais incerto que antes. O único pecado, ao meu ver, que a coligação MDFM/PCD cometeu na sua estratégia foi a de não deixar janelas abertas para possíveis coligações pós eleitorais. Esta coligação levou ao extremo a chamada campanha de “boca suja” contra tudo e contra todos, principalmente contra o MLSTP, o ADI e os seus líderes. E agora?

De duas, uma. Ou estavam seguros que teriam maioria absoluta e aqui falharam, ou nunca pensaram que poderiam ganhar estas eleições.

Com a instabilidade já anunciada tendo em conta a falta de consensos e a formação de um possível Governo minoritário, uma vez mais os interesses do país e dos seus habitantes parecem ficar nos planos subalternos

Osvaldo Abreu

S. Tomé 05 de Abril de 2006

Legislativas 2006 – Ganhadores e Perdedores (II)

Após ter feito, no artigo passado, uma abordagem sobre a actuação das três grandes forças partidárias que concorreram e obtiveram resultados relevantes nas últimas eleições é quase uma obrigação falar um pouco das outras forças que também marcaram presença neste embate eleitoral.

Pondo de parte os ditos três grandes, temos então outras 7 forças, a saber, Geração Esperança (GE), Novo Rumo (NR), UDD, Uê Kedaji (UK), PTS, FDC e PLS.

FDC teve tempo e capacidade organizativa para realizar o seu congresso um pouco antes das eleições legislativas, se elegendo o Arlécio Costa seu Presidente. Uma notória ausência fez-se sentir, quando depois de rumores, o histórico Sabino Santos foi visto vestido camisola de uma outra força partidária.

Durante a campanha, FDC mostrou organização e centrou muito as suas acções no dossier petróleo, enquanto que PLS, que surgiu desde as legislativas de 2001, apostou nos aspectos de desenvolvimento e fundamentalmente na educação. A história reclama da FDC uma outra abordagem ou mesmo viragem. FDC é a força política de oposição mais antiga do nosso país. O magro resultado alcançado não poderá ser apenas a consequência de meios para campanha.

UK e PTS não fugiram aos seus tradicionais discursos sobre os 30 anos, tentando explorar os visíveis males deixados pela “desgovernação” da República, como a miséria das populações rurais, falta de água e outros meios básicos. Intervenções de campanha num cemitério ou o discurso de “búzio” deixaram saudades.

No momento de fazer as contas UK aparece como a mais infeliz de todas as forças deste grupo. Com quatro deputados na última legislatura, depois da passagem para independente dos deputados da ADI, ficou com nada nesta e ainda viu a sua coligação desmoronar-se logo após as eleições.

Desconhecendo a estratégia desta coligação, pareceu muito estranho como alguns dos cinco partidos políticos e pessoas de destaque que compunham a mesma, brilhassem pela sua ausência na campanha e nos tempos de antena.

UK merece aplausos e elogios pela forma como bateu e criticou todos órgãos de soberania e não só pelo incumprimento da lei de financiamento de partidos políticos. Deixará igualmente saudades.

GE atacou forte desde muito cedo. Imagens chocantes, sem som, fizeram diferença nos tempos de antena, enquanto que os discursos e intervenções estiveram virados, no início, para tudo e todos que representavam poder desde 1975. GE pareceu mudar ou reorientar a sua estratégia várias vezes e, ao meu ver, exagerou no aspecto de ataques, quando deveria fazer a diferença. Os ataques estiveram virados na sua primeira hora para todos aqueles que integram a “geração da independência”, querendo passar a mensagem de que os nossos problemas seriam “geracionais”, ou seja, que se teria que mudar de geração política para se mudar as coisas. Mais tarde virou as suas críticas também para aqueles mais jovens que estariam próximos dos partidos tradicionais. Ou seja, que não estavam com a GE!

Sendo um conhecedor do processo de formação desta força partidária e embora tenha alguma divergência quanto a forma e conteúdo da intervenção, sinto-me muito perto, politicamente falando, das ideias da GE e tenho que felicitar os meus colegas deste partido político pela ousadia, coragem e esforço despendido, não obstante os resultados terem ficado muito aquém das expectativas.

Pessoalmente nunca acreditei num bom resultado, aquele que daria pelo menos um mandato, mas confesso que esperava números mais elevados de votos, principalmente nos dois maiores distritos do país, Água Grande e Mezóchi. A pergunta lógica que se coloca agora é o que vai ser aqui pra frente. Que discursos, estratégias e alianças a seguir!

Considero que a GE deve ter a mesma coragem de sentar e analisar profundamente os ensinamentos saídos deste processo e não cair no mesmo erro dos nossos progenitores, que conseguiram dividir a nossa sociedade de forma tal que hoje não são capazes de terem um diálogo fraterno, construtivo e nacional, sem que um lado pense permanentemente a que o outro o quer “passar a perna” ou que, de facto, o outro lado não esta “passando a perna” ao outro.

Nós, que pertencemos esta jovem geração, temos a obrigação de parar com tudo isso. Temos o dever e a obrigação de reorientar o modus faciendi da nossa política, desenterrar a esperança, projectar e dar outra face as nossas ruas e localidades nos próximos tempo. Para tanto, a maneira como nós começamos a posicionar-nos, começamos a lidar com outras ideias e com o contrário e as nossas atitudes, vão determinar o quão diferente, ou mesmo, melhores somos. Não importa de que cor partidária sejamos, até porque para que haja real debate democrático e progresso, tem de haver nova geração em todas as outras forças partidárias com vocação a ser poder neste país.

A GE repetiu e muitas vezes; “o futuro nos pertence”. É verdade, mas só se nós, a nova geração, a juventude, soubermos o que é que queremos agora, no presente, servirmos os meios da nossa ambição e congregarmos todos na sua realização.

A UDD, tal como foi referido no artigo passado, surge de uma dissidência da ADI. E, não obstante, contar com alguns dos nomes sonantes e muito bem posicionados na esfera política Santomense, os resultados conseguidos foram muito pobres. UDD teve bastante tempo e contava com alguma base de militância, mas parece ter caído num dilema complicado. Sendo inquestionavelmente da chamada “família da mudança”, foram vistos, nestes últimos tempos, muito próximos dos novos dirigentes do MLSTP! Para além disso, negligenciaram alguns artifícios das campanhas Santomenses e tiveram dificuldades em estabilizar e manter os agentes e eleitores.

Embora tenham deixado claro, nalguns discursos de campanha, que a sua linha de actuação não havia mudado, pois não fizeram cerimónias na hora de criticar os 30 anos de “má governação”, os recados dos outros adversários e principalmente a crónica falta de recursos de que padeceram, minou as aspirações desses filhos da terra. Hoje, mesmo ausentes na futura Assembleia Nacional, certamente terão o seu espaço de intervenção na política Santomense, contrariando todos aqueles que vaticinam o extermínio político dos mesmos. Mas uma coisa é certa, terão de fazer muito bem as contas para o futuro, medir bem os passos seguintes e assumir com realismo as futuras alianças. Sim, porque penso que o futuro da UDD passa por alianças.

Novo Rumo apareceu tarde, muito tarde mesmo e conseguiu quase 5% dos votos expressos. Um pouco mais de 2000 simpatizantes e/ou militantes. É um bom resultado.

Permita-me discordar com aqueles que dizem que NR nasceu da Plataforma. Para mim, NR surge do “Observatório”, que estava a ser constituído, inicialmente, por oito pessoas, tendo o Agapito Mendes Dias como moderador. Eu também fazia parte do grupo. João Gomes e Filinto C. Alegre, dois dos integrantes do “Observatório”, teriam informado e convidado os demais integrantes a tomarem parte num outro projecto muito diferente daquele que havia reunido e unido todas aquelas pessoas. Mesmo não tendo conseguido mais adesões naquele meio, eles conseguem agrupar um número considerável de cidadãos (entre eles as pessoas ligadas à Plataforma), e avançam com o projecto de sociedade civil denominado Novo Rumo.

Tozé Cassandra terá sido a aquisição mais importante. A sua experiência na arena político-partidária e a grande influência do mesmo junto do eleitorado da ilha do Príncipe constituiu o escudo e martelo dessa força partidária. Tozé não defraudou aqueles que acreditaram nele, principalmente o próprio J. Gomes e é o deputado eleito na lista de NR.

Também com fracos recursos, se comparado com os três grandes e num tempo considerado “record”, NR entra para a história do país como a quarta força política e vai poder defender os seus pontos de vista no parlamento e não há dúvidas de que vai estar muito bem representado.

NR pretendia e esperava ter muito mais deputados, mas não teve. Neste momento o seu líder afirma ter melhores ideias e conhecimentos sobre a situação do país no seu todo e consequentemente vai redefinir estratégias no sentido de posicionar-se melhor neste xadrez de partidos políticos. Tal como fiz referência relativamente à UDD, considero que NR deve olhar muito atentamente para a mensagem deixada pelo eleitorado.

Ele, o eleitorado, apesar da desproporção de recursos entre os partidos e o “banho”, deixou um sinal claro a todos os principais líderes políticos, que não querem e nem se revêem nesta proliferação e multiplicação de forças partidárias.

Osvaldo Abreu

S. Tomé 19 de Abril de 2006

35 Comments

35 Comments

  1. Leopardo

    3 de Agosto de 2010 at 16:25

    Meu caro Amigo Osvaldo Abreu…
    Estive presente nas reuniões presididas por ti, acompanhado pelo Gika, Diallo, Americo… e confesso que não votei para o vosso partido MLSTP/PSD. Enquanto não mudarem a Direcção Actual do MLSTP não contem com o meu apoio.

  2. Dasafrica

    3 de Agosto de 2010 at 16:36

    Osvaldo Abreu,
    Na democracia normalmente o Presidente do partido que perde terá que seder lugar….
    O que notei do MLSTP/PS akeles camaradas preferem ver seus problemas pessoais resolvido, e prejudicar o partido.Meu caro jovem Osvaldo Abreu, partido te desse a presidencia confesso, k seria camarada assumido…..

  3. Lima

    3 de Agosto de 2010 at 17:19

    Reservei os meus poucos minutos para lêr este pequeno artigo do grande guerrelheiro. Essas lindas frases so são reconhecidas pelos verdadeiros amigos do MLSTP-PSD. Para aqueles que agarram o poder não gostam nem gostarão delas. Podes crer Osvaldo, com essa lição vão querrer so agora depois de fragilizar o partido irão dar oportunidades aos jovens. Pela idade que t~em nem estarão preocupados com isto. Pensaram que eram dono deste território. A derrota do MLSTP estava desenhada com a figura de Ddinha, Jorge Desanimado ( Embaixador em Taiwan)” cada coisa”, Rafael, Alcino Pinto, Maria das Neves, Guilherme Posser, etc, e fundamentalmente com a saida de Adelino Izildo que essas horas está rindo. Recorde que este ultimo( Jurista) declarou a corrupção no seio do MLSTP-PSD.Seja como for foi menino querido do partido, conhece bem a casa. Foi dai que pude dar por conta que o partido não queria mudança. Logo o ADI soube aproveitar o momento. Nota 20 para Agostinho, Levy e principalmente o Dr. Patrice, não obstante a todos jovens envolvidos. O MLSTP-PSD nunca mais será governo neste país. O tempo de hoje é extremamente diferente do tempos antigos. Mas uma prova para aqueles agarrados as Direcções dos Ministérios, etc. Ninguem pode considerar insubstituivel. O ADI irá demonstrar que a Gestão deste pequeno país so falhou porque o MLSTP-PSD não tinha a vontade de fazer e mais provavelmente não sabem gerir. Não obstante tem-se outra tarefa difícil. Desmantelar a rede no Banco Central. Segundo a sondagem, mais de 80% de funcionários do Banco são militantes carismático do MLSTP-PSD. Posto isto recai uma atitude menos responsável para o desenvolvimento do país. Haver vamos.

    • FC

      4 de Agosto de 2010 at 9:52

      Concordo consigo, Sr. Lima, quando diz que há que “desmantelar a rede do Banco Central”. É um sector que conheço bem e como tal conheço bem esta rede. Mas diga-se em abono da verdade que não é só o MLSTP que está ali representado. Aquilo é algo que se pode chamar de um estaleiro para certas figuras do país.
      Há algum equilíbrio de força se bem que este pende mais para o lado do MLSTP. E esta rede se tem constituído num verdadeiro polvo com ramificações para muitos sectores do país. E com prejuízos muito graves para a nossa economia.
      E digo também, que grande parte desta rede, em termos técnicos, pouco percebem do que estão ali a fazer. Quase tudo que ali se faz, tem que vir com base em recomendações do FMI ou do BM. É um vazio total de ideais, para pessoas que podíamos considerar grandes decisores da nação, e só estão ali pelo cheiro ao dinheiro.

      Cumprimentos

  4. FC

    3 de Agosto de 2010 at 17:50

    Caro Engº,
    Nota-se nas suas palavras um recado. Um recado que a meu ver é muito positivo, e se compreendi bem a sua intenção, é tempo dos partidos políticos e os seus actuais dirigentes começarem a criar espaços para novas figuras aparecerem.
    Esta sua análise de 2006, é ainda, bastante actual. Também sou de opinião que os actuais dirigentes partidários do MLSTP, do PCD, e do MDFM, para falar dos maiores partidos, se têm esquecido de que o futuro é da juventude. E parece-me a mim que é nesta franja da população jovem e modernista que os outros perderam para o ADI. O Sr. Patrice Trovoada soube jogar de forma inteligente e neste momento está a garantir o futuro do ADI com novos quadros e pessoas com nova mentalidade, o que não tem acontecido com os outros partidos.
    Se bem se notar, o MLSTP têm o seu eleitorado de base e na sua maioria são pessoas que se contentam com muito pouco, e não têm problema em viver na pobreza desde que tenham algo para comer. No fundo são provincianas e vislumbram-se facilmente com um simples gesto ou um sorriso fingido.
    Os outros partidos, por questões de mentalidade tacanha dos seus dirigentes também seguem uma linha não muito diferente da do MLSTP. A novidade para mim surge nestas eleições de 2006 quando parte da população jovem e formada aparece e com desejo de mostrar que também pode governar. E este ano quando o Patrice consegue rodear-se de juventude com vontade de mudar.
    Pode dizer-se que esta gente nova representa incógnita. Mas pelo estado actual das coisas, temos que arriscar. Se o ADI conseguir governar e estabelecer novos limites de actuação da vida política e partidária, para mim já será uma vitória.
    É claro que nem todos os jovens têm capacidades claras de liderança e de iniciativa para segurarem os destinos do país. Por isso os partidos políticos devem servir de filtro para fazer a triagem necessária para o bem e o futuro da nação. O que não tem acontecido. Dai a vitória do ADI.
    Tive um prazer enorme em ler este seu artigo de opinião. Para mim dos melhores que já li em São Tomé e no Tela Non.
    Obrigado

  5. sissi

    3 de Agosto de 2010 at 19:42

    Não concordo consigo.Não há estratégia possível para o caso de S.Tomé e Príncipe.O Partido que mais dinheiro distribui ganha a eleição.ESSE PARTIDO FOI O ADI….

    O seu artigo vai ter validez política se algum dia o povo santomense votar CONSCIENTEMENTE E NÃO POR DINHEIRO.

    • Funetica

      4 de Agosto de 2010 at 10:34

      Cara sissi, votei no ADI, sem ter recebido um centavo do mosmo. O meu voto foi de coração, pela vontado de mudança, como muitos que o fizeram.
      Se fosse o contario, teria votado nos Meliantes Livres de SãoTomé e Príncipe/Para Sugar e Destruir o nosso povo, pois deles sim vi a distribuição de dinheiro.
      Me dá sirriso ler as tuas palavras.

  6. Rocky

    4 de Agosto de 2010 at 1:47

    Espero que mudem a Directora da Cultura que lá está há desde que me conheço por gente (ou seja, há muitos anos) e não faz nada. São Tomé e Príncipe não candidatou o TCHILOLI a património imaterial mundial por pura incompetência da senhora Nazaré Ceita, que está completamente convencida que faça ela ou não faça ela o que fizer, o lugar dela está sempre garantido. Está na hora de pôr um jovem com visão e dinâmico no lugar dela. Ninguém é insubstituível!
    Vai para casa Rafael Branco!

    • FC

      4 de Agosto de 2010 at 12:41

      Sr. Rocky,

      Já se apercebeu de qual é o orçamento para a Cultura? A Dir. da Cultura nem uma viatura sequer tem.Num país com tantas prioridades, infelizmente a Cultura nunca será beneficiada, esteja lá quem estiver.
      Neste momento a cultura em STP está entregue as ONG’s e à iniciativas de pessoas e grupos…

    • black lima

      5 de Agosto de 2010 at 8:47

      Mas, mesmo assim, essa Senhora não esta lá a fazer nenhum. Dos poucos apoios financeiros que surgem, ela os delapida e pior de tudo não apresenta obra nenhuma e nem justificações das despesas.
      É uma autêntica arruaceira, e que tem vindo a prejudicar a cultura Santomense em função dos seus benefícios próprios e dos seus comparsas.

  7. Filipe Samba

    4 de Agosto de 2010 at 5:41

    Esta reportagem deveria ser muito interessante, se respeitasse o tempo dos leitores.
    É necessario que sejamos precisos nos nossos conceitos.
    A escrita é o espelho do nosso ego.

    • FC

      4 de Agosto de 2010 at 12:21

      Sr. Filipe,

      Pode sempre copiar e colar para ler mais tarde! Não acha?

  8. Bilá Cabá Fono Pele

    4 de Agosto de 2010 at 9:00

    Osvaldo

    O MLSTP/PSD é um avião cheio de passageiro no pleno voo cujo comandante e a sua tripulação excederam de bebida e o avião está a deriva no ar e os mesmos não entendem que ávida dos passageiros, incluindo as suas próprias vidas estão em perigo. Se não aparecer entre os passageiros um piloto experimentado para comandar o avião e pedir autorização num dos aeroportos mais próximo para efectuar aterragem, todos os ocupantes poderão perder a vida.
    Os ditos generais do MLSTP/PSD devem perceber e entender que não têm soldados. Se Não têm soldados, perdem automaticamente patente de general.
    Rafael Branco é o rosto da derrota do MLSTP/PSD. É o principal culpado da derrota do MLSTP/PSD nas eleições Legislativas.
    Rafael Branco não percebe e nem entende que a maioria dos eleitores de S. Tomé e Príncipe lhe vê como:
    • Não patriótico (Não defende os interesses de S. Tomé e Príncipe)
    • Bandido
    • Ladrão
    • Corrupto da 1ª categoria
    • Sem vergonha
    Ele deve se demitir imediatamente.
    Osvaldo, diga ao Rafael Branco para se demitir da presidência do MLSTP/PSD imediatamente para salvar o Partido.

  9. Emilio Pontes

    4 de Agosto de 2010 at 9:03

    Passei por aqui para deixar um recadinho
    aos “Aguentas” promovam em conjunto uma campanha de limpeza.Olhem para o que fizeram as paredes com cartazes.

  10. guedson das neves de carvalho rompão

    4 de Agosto de 2010 at 9:46

    foi muito fascinate o tenpo que eu tive de ler esse tremendo artigo.
    eu sou joven de 22anos de idade sou de uma familha humilde,e cofesso que durante os 35 anos o São Tomé viveu numaverdadeir a teia de aranha.hoje quando eu oiço alguns currupto de MLSTP/PSD adeser de boca cheia que o problema de pais foi eles que deu a estabilidade ,eu pergunto qual é o mais inportante receber migalhas de quem nos pode dar conforto ,ou receber migalhas de quem so tem migalhas so tem migalas para dar.
    veja so que eles sempre falam de alimentção ,quem são os maiores comerciante do pais?
    do petroleo, quem são so comerciantes?
    entre outros.
    eu sou da opnião que o MLSTP/PSD deveria governar se eles quisesen realmente trabalhar.
    eleja deram prova que oque eles só querem é saber do seus bolsos .
    e desde ja faço um apelo apartido eleito que não seja o mesmo o vosso ideal.pemsem um pouco no pais .

  11. "Nós por cá e a nossa maneira"

    4 de Agosto de 2010 at 10:10

    ……….gostei do que li………..força

  12. GAMA AFONSO

    4 de Agosto de 2010 at 11:35

    Meu caro Engº,

    TENHO UMA RECEITA PARA QUE O MLSTP GANHE AS ELEIÇÕES NOS PROXIMOS TEMPOS, SE CALHAR DENTRO DE 8 ANOS, SE PATRICE FIZER ALGO OU DENTRO DE 4 ANOS SE PATRICE NÃO FIZER ALGO PARA STP, OU DENTRO DE 2 ANOS SE O MLSTP QUISER.

    1-DENTRO DE 8 ANOS. PARA TAL É PRECISO QUE PATRICE FASSE ALGO E O MLSTP E OS OUTROS DEIXEM O ADI FAZER ALGO. COMO STP É DE TODOS OS SANTOMENSES, CADA UM TEM A SUA VEZ. DEIXEM O PATRICE FAZER ALGO MESMO COM A MAIORIA RELATIVEA NA ASSEMBLEIA NACIONAL. SE POSSIVEL AJUDEM-NO, MAS NÃO ENTRANDO COM ELE NO GOVERNO. O MLSTP DENTRO DE 8 ANOS DEVE SE RESTRUTURAR, MUDAR DE NOME. O NOME MLSTP JÁ ESTÁ FORA DE MODA, PORQUE NÓS OS SANTOMENSES NÃO ESTAMOS NA GUERRA E NÃO ESTAMOS NO PERIODO COLONIAL EM QUE SEJA NECESSÁRIO LIBERTAR O STP DE MASSACRE OU COLONIZAÇÃO. O STP JA ESTÁ LIVRE E INDEPENDENTE, SOMENTE FALTA A MASSA CINSENTA PARA TIRAR O PAIS DE “MISERIA”(MISÉRIA PORQUE O PAÍS É MENDIGO E FILHO PRODIGO. NÃO CONHECE O VALOR DAS AJUDAS EXTERNAS,SENÃO FARIA BOA GESTÃO DELAS).O NOME MLSTP É PARA ENGANAR OS INCULTOS, DIZENDO COM ISSO E NAS CAMPANHAS QUE MLSTP É QUE LIBERTOU O STP. SE FOSSE PCD NA ALTURA TAMBÉM SERIA PCD QUE LIBERTOU STP, SE FOSSE ADI TAMBÉM SERIA O ADI QUE LIBERTOU, PORQUE STP ESTAVA NUM MOMENTO HISTÓRICO PROPRIO E COMUM COM TODOS OS COUTROS PAISES COLONIZADOS PELOS PORTUGUESES, ENTÃO SAIAM DAQUI COM CONVERSAS ENGANADORAS, NÃO QUERO ESCREVER MAIS DO QUE ISSO.
    MUDAR DE NOME E MUDAR DE CARA. MOSTRAR QUE É UM PARTIDO NOVO DE FACTO E DE FACE. PARA ISSO É PRECISO QUE NO PROXIMO CONGRESSO, OS ANTIGOS DO PARTIDO SE ABSTENHAM DE CONCORRER PARA A LIDERANÇA DO PARTIDO. OS ANTIGOS DO PARTIDO DEVEM PROCURAR OUTRA FONTE DE RENDIMENTO. SE TÊM DINHEIRO DEVEM VER SE CRIAM EMPRESAS AQUI EM STP OU VAO DAR AULAS,FAÇAM QUALQUER COISA INTERESSANTE PARA O PAIS E TIREM A IDEIA DA CABEÇA DE QUE SOMENTE NA POLITICA PODEM TER UM PÃO DE CADA DIA E ALIMENTAR A SUA FAMILIA, MAS CONTINUEM A DAR CONTRIBUIÇÃO NO PARTIDO. SEJAM MAIS INDEPENDENTES DA POLITICA, SEJAM MAIS PROFISSIONAIS, OUTROS JA NÃO SABEM NADA SOBRE A FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA QUE FIZERAM.

    2-DENTRO DE 4 ANOS, SE O MLSTP E OS OUTROS DEIXAREM O ADI GOVERNAR OU FAZER ALGO. SE MESMO DEIXANDO, O ADI NÃO TERÁ NADA FEITO E O POVO TERÁ SENTIDO QUE NEM O ADI NEM OS OUTROS SÃO UMA CORJA DE “FALA-BARATO, DE PAPO-SECO, DE ENGANADORES OU DE INCOMPETENTES” QUE NÃO CONHECEM O PAIS E QUEREM GOVERNA-LO. POIS, PARA PODER GOVERNAR BEM O PAIS É PRECISO CONHECÊ-LO BEM.MAS TAMBÉM CONHECE-LO E NÃO GOVERNAR BEM É SER MALANDRO, USURPADOR, CORRUPTO OU INCOMPETENTE, O QUE TEM SIDO REALIDADE EM STP.

    3-DENTRO DE 2 ANOS, SE NÃO DEIXAREM O ADI GOVERNAR, PROMOVENDO CRITICAS DURAS SEGUNDO AS QUAIS O ADI EM 2 ANOS NÃO FEZ CRESCER O STP, COMO FIZEREM CONTRA O MDFM/PCD, PROMOVENDO A INSTABILIDADE POLITICA ETC.

    4-MESMO QUE O ADI NÃO FAÇA ALGO DENTRO DE 4 ANOS, A ESTABILIDADE GOVERNATIVA JÁ É ALGO FEITO PARA O PAIS, PORQUE EVITA CUSTOS DE NOVAS ELEIÇÕES, FAVORECE O PAIS EM TERMOS DE IMAGEM AO NIVEL INTERNACIONAL, DÁ MAIS CONFIANÇA AOS INVESTIDORES ESTRANGEIROS ETC.NÃO QUERO ESCREVER MUITO.

    É MUITO IMPORTANTE QUE O MLSTP ASSIM COMO OS OUTROS SEJAM INTELIGENTES NO SENTIDO DE AJUDAR O ADI E O POVO A GOVERNAR O PAIS.PORQUE SE O POVO ESTIVER BEM, OS PARTIDOS POLITICOS TAMBÉM O ESTARÃO. SE O MEU VISINHO ESTÁ BEM, EU NÃO CORRO O RISCO DE SER ASSALTADO OU ROUBADO.

    NÃO VALE A PENA UM POLITICO PENSAR QUE TEM TUDO EM CASA, VIAJA QUANDO QUER E VIVE A BOA VIDA, ENQUANTO ANDA EM BONS CARROS NAS ESTRADAS EMBURACADAS E INTRANSITAVEIS, QUE SEJA DIGNO, MAS SIM UMA VERGONHA PARA SI, OS SEUS FAMILIARES, E O POVO EM GERAL.

    SE O POVO ESTÁ SATISFEITO, O POLITICO QUE ESTÁ A FRENTE DO PAÍS, REINA ETERNAMENTE.

    ENTÃO PODEM FAZER TODAS AS POLITIQUICES DE INSTABILIDADES POLITICAS E ECOMONOMICAS PARA O PAIS, MAS OS VOSSOS GOVERNOS SOMENTE TERÃO UMA DURAÇÃO DE MENOS DE 2 ANOS.

    ESTA MENSAGEM VAI PARA TODOS OS OUTROS PARTIDOS SE FOSSE UM DELES A GANHAR AS ELEIÇÕES, MAS SOMENTE O MLSTP TERÁ QUE SE RESTRUTURAR MUDANDO DE NOME.

    ESTA É SOMENTE UMA OPINIÃO. QUEM QUISER COMPREENDER QUE COMPREENDA.

    • black lima

      5 de Agosto de 2010 at 9:09

      Caríssimo Gama Afonso,
      Faço minhas as suas palavras! Subscrevo-me total e incondicionalmente às suas opiniões. E francamente, admiro-o pelo facto de partilhar as mesmas ideias que tenho vindo a defender. Meus parabéns!!

  13. Faustão

    4 de Agosto de 2010 at 13:33

    Sabem de uma coisa, escrever assim, muitos no MLSTP fazem. Não tenho a menor dúvida, mas logo que chegam ao poder mudam de emediato. Fazem logo borradas. Então, lá vão anos que estamos a ver a mesma coisa. Caro Osvaldo, vais me dar razão, pois o mal está de tal maneira enraizado que mudar, vai ser muito defícil.
    Vamos ver, qualquer jovem que chega ao poder no MLSTP age sempre da mesma maneira, pois criou nesse meio, fazendo borradas. STP precisa de uma outra liderança, cabeça diferente. Quanta malta jovem que foi promovida no MLSTP, e que chegaram a altos cargos do País? Sabemos todos qual foi o resultado….Vamos ver o que vai dar agora, pois o MLSTP/PSD continua a ser uma grande força.
    Aquele abraço

  14. Rei Amador

    4 de Agosto de 2010 at 14:50

    Neste momento sou Santo Tomé: “ver para acreditar”. Não votei pq não estou no Pais e de certeza que nesta vida não votaria no MLSTP. Todos jovens cultos sabemos que MLSTP e´um partido que com grupo de gente que leva na sua cabeçeira o país nunca mudará. nao mudará pq muitos deles em condição geral deviam tar na cadeia. Falei com um amigo e ele disse MLSTP vive da desordem q esta em sao tome..no momento q o PAIS organizar MLSTP vai deixar de existir. A minha pergunta para o colega osvaldo e´a seguinte qual e´o criterio q usaste para pertencer a MLSTP? Sei que muitos sao de um partido pq a familia e´..si este for o teu caso, acho melhor reconsiderar isto. Boa sorte ADI … Façam algo. Roubem!!!mas tb façam algo

  15. Zovirax

    4 de Agosto de 2010 at 20:36

    O MLSTP é um partido histórico que no passado marcou o caminho para a independência de STP, com força de muitos jovens quadros activos que acreditavam na liberdade do povo santomense, no bem comum, no progresso e no desenvolvimento de uma nova nação. Perto das multidões, gritavam palavras de ordem “unidos venceremos”, e “pelo povo e pela nação lutaremos”. Anos volvidos, os jovens quadros do MLSTP tornaram-se em adultos preguiçosos e crentes na exploração dos mais fracos, na desgraça comum, no subdesenvolvimento e retrocesso de STP. Actualmente, estes entoam gritos de ordem “pelos nossos bolsos lutaremos” e “pelas nossas famílias lutaremos” . Nós que lutamos pela independência, temos que tirar o proveito das nossas lutas. É de lamentar os novos lemas dos dirigentes do partido histórico.

  16. Fé zâua lêgado..

    4 de Agosto de 2010 at 23:11

    Concordo com senhor, por isso que sou muito a favor da juventude e o jovem “kiney”, que verificou antecipadamente que neste partido os jovens não têm oportunidades, mas sabemos que muitos de vos, contrariaram a ideia do jovem, mas hoje eis a verdade.
    Abraços…
    Viva a juventude, viva ADI..

  17. O.Costa

    5 de Agosto de 2010 at 9:56

    O importante agora é convocar o congresso extraordinário e analisar as eleições e tirar as devidas conclusões.
    Se o presidente do partido não se demite, deve haver mecanismos internos que façam com que se demita.
    É preciso reorganizar o partido de forma a tornar uma oposição responsavel. Fiscalizar, criticar o que estiver de errado e apresentar soluções para resolver inúmeros problemas do País, mas, sem pressa de chegar ao poder.

  18. Edgar Faustino

    5 de Agosto de 2010 at 10:22

    “Não foi por falta de aviso! Não há Império que dure para sempre!”Gostei do que li.É uma análize consciente,com uma carga que diria,quase universal,porque é o que se constacta em quase todo mundo democrático.Após ocuparem o poder, os políticos esqueçem-se facilmente daqueles que os elegeram e orientam toda a sua política para proveito próprio.Aos eleitores, cabe alterarem esse estado de coisas quando exercem o seu direito de voto.Quando o Povo descobrir o Poder desse acto estou certo que então muitas coisas mudarão em todo o Mundo.

  19. CT

    5 de Agosto de 2010 at 13:27

    Sou jovem de 21 anos e assumo que sou apoiante do MLSTP.
    Gostaria que o MLSTP e o PCD triding, deixassem o Patrice Governar com o seu ADIou da forma que ele quisesse, para ver o que o Homem pode fazer, ele foi o vencedor legitimo nessas eleições e sou da opinião que quem ganah deve governar. Ao MLSTP e PCD Triding peço que apoiam o Patrice na governação pk o povo de STP quer ver desenvolvimento.
    Quanto a Ti Osvaldo Abreu gostei da tua verdade, só tenho medo que não fique penalizado no seio do partido.

  20. Honorio

    5 de Agosto de 2010 at 16:12

    hi osvaaldo, i just read what you wrote, and I truly appreciated that. I also agree with you about the senior members of that party, in which the majority of them should be scraped and placed on the backstage. If they don’t have confidence on the youth, maybe coz they think you guys are not capable of make a difference, tell them the following: “YES WE CAN” as response to their lack of confidence on you and other juniors members of the party. I believe that for the sake of our country all the new generation gather together and make d difference, and that is it!! Cheers!!

  21. Santomense 100%

    5 de Agosto de 2010 at 17:05

    Caro colega Osvaldo

    Gostei imenso da tua crónica . Esta derrota clara do nosso glorioso MLSTP/PSD foi um aviso bem claro a todos esses caducos e corruptos do MLSTP que criaram uma barreira de aço impenetrável a jovens com novas ideias. Só aceitavam entrada daqueles engraxabotas, incopetentes e famintos de tachos. É hora de dizer basta a esses caducos que estão no poder desde os anos 75. O partido precisa nova estratégia, novos líderes, temos que salvar o MLSTP que continua sendo o maior partido de STP, mas que pode afundar-se se medidas urgentes não sejam tomadas. Mas será que esses meus antigos camaradas não estão a dar conta que a imagem desgastada e corrupta deles estão a prejudicar sériamente o partido ? Por favor senhores, Rafael, Alcino Pinto,Dionísio Dias,Posser, e mais outros … (até tenho nojo de lembrar os nomes)o MLSTP não é a vossa casa . Querem ser líderes vitalícios ? Já é momento de estarem na retaguarda, porque já não têm tesão para aguentar novos desafios modernos da política. Já viveram da política que chega.

  22. Barrata

    5 de Agosto de 2010 at 17:44

    A diáspora esta com o Osvaldo.

    • Aerton

      6 de Agosto de 2010 at 9:02

      A diáspora devia estar com o trabalho. Se Osvaldo é do Trabalho logo a diáspora está com ele…

  23. Barrata

    5 de Agosto de 2010 at 17:46

    O Osvaldo fez uma formação superior não precisa de viver de favores como muitos que não trabalham em STP.

    • Aerton

      6 de Agosto de 2010 at 8:59

      Os outros também têm formação superior, mais vivem de favores, não basta ter formação superior é preciso não ser-mos preguiçosos, temos que bulir. Muitos depois de saírem de cargo ministerial não querem fazer mais nada na vida, convertem-se em intriguista com objectivo de voltarem ao cargo sem pensarem nas consequências que pode advir dos seus actos em termos nacionais.
      Porque cada um quer safar as suas vidas e saber das suas fezadas em prol do bem-estar dos seus familiares.
      No caso do Osvaldo tenho informação que é um jovem trabalhador mesmo estando a trabalhar nas fezadas do petróleo de STP, tira um pouco de seu tempo para dar aulas e consequentemente transmitir os seus conhecimentos aos outros, é disso que nós precisamos.

      Viva o trabalho.
      Viva STP….
      Abaixo a preguiça…
      Abaixo a intriga….

  24. blak &white

    5 de Agosto de 2010 at 19:25

    Meu caro Abreu!
    A radiografia está feita e o q falta é a terapia para esta enfernidade!O médico q estava a gerir o hospital n conseguiu obetr medicamentos p a tratar. Como o hospital é público é sempre bom experimentar outros médicos com outra terapias.Quem sabe!?
    Se durante os próximos 4 anos n se conseguir remedios pelo menos p aliviar a dor, meu caro, voltamos a mudar de médico.
    Em suma, o país está precisando de sangue novo para uma vida nova.
    tenho dito.

  25. da cu ligui

    5 de Agosto de 2010 at 19:44

    de acordo

  26. niquita almeida

    6 de Agosto de 2010 at 12:15

    de acordo. Tudo tem que mudar nesse país.

  27. pascoal de carvalho

    17 de Outubro de 2014 at 23:44

    foram avisos indícios e indicadores.

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