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“Mudança climática não tem passaporte e não conhece fronteiras nacionais”

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Secretário-geral fez declaração em evento de alto nível sobre o tema nesta quarta-feira; Ban afirmou que um acordo significativo sobre a questão deve ser “universal e justo”; Conferência das Nações Unidas sobre o clima, conhecida como COP 21, começa em 30 novembro, em Paris.

 

Foto: Pnuma Arendal/Lawrence Hislop

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

Em evento de alto nível na sede das Nações Unidas, em Nova York, nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou que a “mudança climática não tem passaporte e não conhece fronteiras nacionais”.

Ele afirmou ainda que um “acordo significativo” sobre a questão deve ser “universal e justo”.

COP 21

A expectativa é de que um acordo seja alcançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, conhecida como COP 21, que ocorre em Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro.

O chefe da ONU afirmou que o “mundo estabeleceu um prazo para a conclusão de um acordo climático universal” e que este prazo está “a apenas 4 semanas de distância”.

Ban disse que está “otimista” com a possibilidade de os governos firmarem  o acordo em Paris e que “há pedidos de todos os setores da sociedade para que façam isso”.

Contribuições Nacionais

Ele afirmou que até o fim de outubro, 155 países submeteram seus planos climáticos, conhecidos como Contribuições Voluntárias Nacionais, Indcs, que cobrem cerca de 90% das emissões globais.

O chefe da ONU elogiou os governos que enviaram os documentos e apelou aos restantes que compartilhem suas contribuições o mais rápido possível, antes da conferência em Paris.

Para o secretário-geral, estes planos fornecem um “ponto de partida” para o “destino final”: um mundo com o aumento da temperatura global limitado a menos de 2º Celsius.

Negociações

No entanto, apesar de meses de negociações, “assuntos chave” permanecem em jogo.

Ban disse que vai fazer um apelo a líderes mundiais para que digam a seus negociadores que este é o momento de consenso e acordo.

Para o secretário-geral, “os países devem trabalham em direção ao interesse comum, além de interesses nacionais”.

Acordo

O chefe da ONU apontou aspectos que acredita serem necessários para que o acordo em Paris seja bem sucedido.

Segundo Ban, o acordo deve ser “durável e flexível” e deve demonstrar “solidariedade com os países mais pobres e vulneráveis”.

Ele afirmou que o tratado também deve ser “credível em sua resposta à urgência da mudança climática”, inclusive fornecendo meios financeiros, entre outros, para apoiar esta resposta.

Para o secretário-geral da ONU, o acordo deve “encontrar um equilíbrio entre o papel de liderança dos países desenvolvidos e a crescente responsabilidade dos países em desenvolvimento de agir de acordo com suas capacidades e respectivos níveis de desenvolvimento”.

Ele disse ainda que Paris deve incluir mecanismos “claros e confiáveis” para medir, monitorar e relatar progressos de forma transparente.

Recursos

Ban destacou que um acordo deve também prever meios de implementação, incluindo o financiamento climático.

Entre outros pontos, o chefe da ONU disse que os países desenvolvidos devem manter sua promessa de fornecer US$ 100 bilhões por ano até 2020.

Ele pediu que estas nações façam promessas financeiras públicas, antes do encontro em Paris e que equilibrem tanto necessidades de adaptação quanto de mitigação.

Para Ban, isto é essencial para a construção da confiança necessária para assegurar um “acordo universal e significativo”.

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