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OMS chama atenção para relação entre saúde e estabilidade em África

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU

Em entrevista à ONU News responsável da área de doenças contagiosas na região falou de doenças e ações para melhorar cuidados; expectativa é que melhore a situação de epidemias atuais e prolongadas em países em transição.

OMS celebra sucesso de Angola no combate à febre amarela. Foto: Irin

Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Escritório da Organização Mundial da Saúde, OMS, em África defende que sem conflitos e com maior equilíbrio político pode ser acelerado o fim de epidemias na região.

Magda Robalo pediu mais ação dos governos países no continente na saúde em entrevista concedida recentemente à ONU News, de Bissau. Em países e instituições em transição em 2017, a expectativa é que situação de epidemias melhore.

Problema 

“A saúde é também uma vertente política. Senão houver paz, não há saúde. Se não houver estabilidade, não haverá saúde. Se não houver desenvolvimento, não há saúde. Há muitos exemplos no âmbito da saúde que não dependem dos Ministérios do setor. A cólera é um exemplo flagrante. Onde não houver ações eficazes, um departamento que se ocupa de água e saneamento, haverá cólera e isso acabará sempre por ser um problema de saúde.”

Robalo afirmou que o combate a doenças como a cólera poderia ser mais rápido se não fosse acompanhado por conflitos em países como Nigéria, Sudão do Sul e República Centro-Africana.

Tuberculose e HIV

A responsável destacou ainda o combate à tuberculose, uma doença que considera “estar em nível preocupante e mais profundo do que se pensava”. Em 2015, a região africana teve 26% dos novos casos do mundo, ocupando o segundo lugar entre as regiões globais depois da Ásia.

África regista mais de 70% dos 1,2 milhões de novos casos da doença associada ao HIV.

“É preciso uma melhor coordenação da ação governativa. É verdade que é preciso reforçar os sistemas de saúde. E é preciso reforçar o acesso aos sistemas de saúde para que nós possamos reforçar a vigilância epidemiológica e uma rápida resposta às epidemias mas também não podemos esquecer as epidemias de sida, da tuberculose que continua a matar.”

Para Robalo, a situação da tuberculose agrava-se com resistência aos medicamentos para tratar a doença.

Em relação ao HIV/Sida, a representante afirmou que “é preciso continuar a trabalhar para que a doença deixe de ser uma epidemia até 2030”.

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