São Tomé e Príncipe caminha para a eliminação do paludismo, mas ainda tem um longo cami8nho a percorrer. Segundo o programa de luta contra a doença em cada 1000 pessoas que procuram os serviços nacionais regista-se cerca de 4 casos de paludismo.
Com a realização da quarta fase de pulverização das casas, actualmente em curso, esta técnica de combate contra o mosquito causador do paludismo, será suspensa. Segundo Chien Ji(na foto), o médico especialista taiwanês que em 2003 indicou a pulverização das casas como uma das melhores estratégias para combate ao paludismo em São Tomé e Príncipe, a continuidade do processo após a realização da quarta pulverização em curso, os mosquitos poderão ganhar resistência ao insecticida Alfacipermitrim.
Daí a decisão estratégica de introdução do bio-insecticida, bacilo togerense. Um produto que visa aniquilar as larvas do mosquito. É aplicado directamente nos pântanos e charcos. «Só alteramos o material químico para matar as larvas. Essa estratégia foi utilizada na Malásia para combater a Dengue. Pensamos que utilizando esse químico ele fica em cima da água e mata mais rapidamente as larvas», explicou o especialista taiwanês.
O insecticida solúvel, actua de forma rápida e eficaz na eliminação de apenas as larvas do mosquito causador do paludismo, evitando assim o aumento da população do mosquito. Não afecta qualquer outra forma de vida aquática.
A pulverização das casas, que tem como alvo principal a eliminação do mosquito causador do paludismo, teve impacto forte na redução do paludismo. Começou a ser realizada na ilha do Príncipe, onde actualmente não se regista um único caso do paludismo. Aliás as autoridades regionais já estão a cerrar fileiras com vista a eliminação do paludismo na ilha.
No entanto em São Tomé, onde algumas comunidades resistem a pulverização das casas, o paludismo ainda continua a fazer das suas, apesar de o índice ser muito baixo. «Temos uma prevalência de 4,7%. Isto é em cada 100 pessoas que procuram o serviço de saúde 4 têm paludismo. No ano 2008 passado estávamos a volta de 2,7. Em 2009 houve uma subida de casos por causa do atraso no processo de pulverização, o que contribuiu para alterar os resultados», explicou Herodes Rompão, director do programa de luta contra o paludismo.
Segundo ainda Herodes Rompão, para chegar a fase de pré-eliminação da doença, o índice de prevalência tem que baixar mais. «Para que o país entre na fase de pré eliminação, segundo a OMS, o país tem que ter uma média de 1 caso por cada 1000 pessoas que procuram os serviços de saúde. Portanto estamos a caminhar para esse objectivo», reforçou.
Com a introdução do bio – insecticida, que vai atacar as larvas dos mosquitos, nos charcos, pântanos e outras formas de água parada abundante no país na estação das chuvas, o programa nacional de luta contra a doença, espera cortar pela raiz a cadeia de gestação do mosquito causador do paludismo.
Abel Veiga
hugo lima
30 de Agosto de 2010 at 9:32
Caros compatriotas.
Vocês ainda registem a pulverizarem as vossas casas?
Quantas vidas cessaram por causa do paludismo. adultos, jovens e principalmente crianças,
Será que esse grupo de pessoas não acompanhou a sensibilização efectuada no país de Norte a Sul?
A saúde é primordial, também é um factor indispensável para desenvolvimento do nosso país . Aproveitem a oportunidade.
Pundá Taiwam cá bé dé, anté octló cá bi. águéde´.
desculpe-me pelo dialecto mas sá védê.
Boca do Mundo
30 de Agosto de 2010 at 12:05
Boa Noticia.
Bom trabalho de equipa.
Há muito que não adoeço o paludismo. Com essa política de erradicação de mosquito causador de paludismo, tudo indica que as pessoas estarão livre dessa doença.
Contudo, a preocupação dos são-tomenses será mesmo andar pelas localidades fora, com medo de não serem atropeladas ou mortas por motorizadas.
Sou de opinião que se deve atacar tanto os corruptos e os motoqueiros que andam impunes, causando danos ao povo são-tomense.
DILDO SANTA MARTA
30 de Agosto de 2010 at 13:47
PRA FRENTE SAO TOMÉ.
Carlos Ceita
30 de Agosto de 2010 at 14:26
Acho que o governo central em articulação com as autarquias locais deveriam ter um plano nacional para o saneamento básico. Porque enquanto houver agua maltratada e estagnada os mosquitos encontrarão refúgio para produzir os seus ovos. O combate ao paludismo faz-se também nesta perspectiva. Temos de lutar contra este obstáculo e resolver esta problemática de uma vez por todas para começarmos a ganhar dinheiro com o turismo.
Parabéns ao Herodes Rompão um grande general que com as sua tropas tem combatido este inimigo (mosquito) que dizimou muitos compatriotas nossos. Força rapazes
António Veiga Costa
31 de Agosto de 2010 at 20:17
Sm desmerecer o Herodes Rompão, para mim o General é de Taiwan.
Digno de Respeito
30 de Agosto de 2010 at 15:06
Para quando a erradicação da “febre amarela” digo: motoqueiradas e veículos de 4 rodas (muitos deles apenas esqueletos)que afetam a nossa praça pondo em risco a saúde pública incluindo ambiental?!!!
Domingos Boa Morte
31 de Agosto de 2010 at 19:43
Meu amigo e colega(…)”Herodes”..termina o trabalho do nosso ídolo(…)Dr.Guadalupe de Ceita… sei que és capaz…