São muitos os edifícios que desmoronam no país logo após a sua construção. O muro de protecção da estrada que dá acesso o hospital central, dominou o debate de terça-feira na TVS. Não restaram quaisquer dúvidas de que as Obra Públicas são uma das grandes vergonhas do país.
A Direcção das Obras Públicas e Urbanismo, deixou claro no programa Cartas na Mesa, que a instituição fulcral na fiscalização e execução de todas as obras no território nacional, não é tida nem achada na execução de muitas obras, como aconteceu com o muro de protecção da estrada que liga o centro da cidade de São Tomé ao Hospital Ayres de Menezes.
O Director Juscelino Ten Jua, confirmou que a sua direcção ficou à margem. «As obras públicas em momento algum têm algo a ver com essa obra. Nem na sua adjudicação, nem na sua empreitada, nem na sua fiscalização , não tem nada a ver», frisou.
Única entidade nacional vocacionada para seguir a execução de todas as obras públicas, não sabe nada que se passou na subida do hospital.
O Director denunciou que a obra em causa tem carácter POLÍTICO. A sua execução foi decidida em conselho de ministros. O Instituto Nacional de Estradas, acabou por ser a dona da obra, cabendo a mesma garantir a sua fiscalização.
O mais estranho ainda é que o projecto para construção do muro de protecção, foi elaborado pelo próprio empreiteiro. Nazaré Tiny, Directora do INAE, visivelmente nervosa, atribui toda culpa a empresa de construção civil. Segundo a Directora do INAE, a equipa de fiscalização acompanhou todos os trabalhos, e emitiu um relatório apontando as falhas, mas « muitas vezes dá-se orientação precisa aos empreiteiros e eles não cumprem», declarou.
A Directora do INAE, acredita na competência da equipa de fiscalização do seu gabinete, e acrescentou que « se o empreiteiro seguisse as orientações técnicas da fiscalização acho que ele(o muro) estaria ainda de pé», pontuou.
Mas, o muro cai e pela segunda vez consecutiva. Neste momento estão a ser realizados trabalhos de remoção de toda a estrutura em betão que foi erguida na encosta da estrada que dá acesso ao Hospital Ayres de Menezes, como o Téla Nón registou na terça – feira. Segundo o INAE, a obra que desmoronou custou ao Estado são-tomense 250 mil euros.
O mesmo Estado que desde o ano 2007, tem procurado uma solução para a degradação da estrada que dá acesso ao hospital. Nazaré Tiny, explicou que o concurso lançado no ano 2007 fracassou, por falta de propostas, o mesmo voltou a acontecer no ano 2010. A terceira tentativa de adjudicar a obra não falhou.
Optou-se por uma adjudicação directa, como sendo obra de emergência tendo em conta o perigo que ameaça a estrada para o hospital. A terceira tentativa resultou numa calamidade para os cofres do Estado, e para a imagem das obras públicas nacionais.
Abel Veiga .
osvaldo pereira
1 de Maio de 2014 at 10:24
alguém terá coragem de punir a empresa? alguém terá coragem de demitir os responsáveis do INAE? senhora diretora do INAE; o fiscais de qualquer obra do mundo não pedem mas sim exigem aos empreiteiros que façam corretamente os trabalhos pois havendo problemas de ma execução os fiscais serão sempre responsabilizados, alias em SÃO TOMÉ não tem assim tantas obras que os seus fiscais não possam acompanhar de perto este murro da vergonha. E agora so lhe resta ir pra casa…
Me Zemé
1 de Maio de 2014 at 11:17
Só com Cristo! Até quando teremos pessoas certas nos locais certos? Até quando teremos decisões importantes para o país não politizadas? Até quando…
mosssad
1 de Maio de 2014 at 19:15
Será que os fiscais estao ou sao pessoas com capacidades para fazerem fiscalização de uma obra de Engenharia como este murro?
catia
1 de Maio de 2014 at 21:02
Me Zeme, stp apesar de ter um nome santo e amaldecoado acredita.
rostov
2 de Maio de 2014 at 12:00
Esta muito bonito. O Povo é que paga sempre sem reclamações e os senhores de colarinho recebendo comissões e os dirigentes estão sempre a cortar fitas com reportagem e muito mais…
Enfim.
descontente
2 de Maio de 2014 at 17:19
É inadmissível como 3 setores que aparentemente possuem gente que diz conhecer a área em questão ( duas engenheiras, 1 meio arquiteto), não conseguem nem falar com classe e defender o que de errado tem essa obra. Bandos de técnicos perdedores, defasado. O mais cumulo é Sr. Ministro OP mante-los nos cargos.
sofredor
2 de Maio de 2014 at 17:43
Será que são engenheiros?
Numa Nação de Lei todos estes diretores podiam estar na rua ou no campo a colher café. Que vergonha minha gente, o pais precisa de pessoas competentes e qualificada.
Zé da Treta
3 de Maio de 2014 at 1:31
uhum! esse nosso pequeno país tem vindo a sofrer por incompetência durante muito tempo. Todo e qualquer sector do país está afectado, e admira-me ver inquérito online mostranto muito interesse em resolver a situação das Forças Armadas como único sector precisando de uma redimensão profunda. hahahahahaha, ate da vontade de rir. procurem realizar um exaustivo inquérito para o país e não apenas para as Forças Armadas, e parem de ver casos isolados.
arelitex
4 de Maio de 2014 at 16:16
neste caso é uma empresa .que construiu o muro . á partida esta empresa têm que ser responsabilizada pelo sucedido . mas independentemente deste acontecimento em STP existe um fenómeno muito estranho . que abrange todos os sectores .tudo o que se mande fazer têm que ser fiscalizado diariamente , ( pior do que isso quase minuto a minuto ) caso contrario sai asneira pela certa . se os directores nâo conhecem este fenómeno . então podem arrumar as botas e irem para casa .
Original
17 de Junho de 2014 at 8:39
Este Gabinete de engenharia e fiscalização,deveria ser fechado e lacrado porque é uma vergonha nacional e Internacional.