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Plantas nacionais testadas com sucesso para tratar o Alzheimer

Maria do Céu Madureira, quadro da Universidade de Medicina de Coimbra-Portugal, investiga há vários anos o valor curativo das plantas de São Tomé e Príncipe, em parceria com os curandeiros nacionais.

Na última semana, uma publicação científica norte americana deu conta que uma das plantas de São Tomé e Príncipe, testada nos laboratórios do Salk Institute da Califónia-EUA, deu mostras de ter compostos que podem revolucionar o tratamento das doenças neuro degenerativas, caso do Alzheimer.

A Investigação do instituto norte-americano da Califórnia, foi realizada em parceria com a Universidade de Medicina de Coimbra. Antes, Maria do Céu Madureira e os curandeiros são-tomenses selecionaram 5 tipos de plantas que tradicionalmente são utilizadas no país para o tratamento de distúrbios mentais e doenças inflamatórias. «Fizemos uma parceria com o Salk Institute da Califórnia – Estados Unidos, porque têm um grupo que faz pesquisas em compostos para doenças neuro degenerativas e nos interessa explorar as potencialidades da flora de São Tomé e Príncipe», afirmou Maria do Céu Madureira.

Os estratos das 5 plantas, foram enviados ao instituto norte-americano. Uma se destacou de forma potencial para o tratamento das doenças neuro degenerativas, a Cata Kiô, cientificamente conhecida por Voacanga Africana.  «Neste momento o que se fez, é uma série de ensaios em linhas celulares que tivessem relação com o mecanismo de acção que desencadeassem o Alzheimer. Em 5 ou 6 ensaios e em todos eles o estrato bruto da Voacanga africana foi o mais poderoso», explicou a investigadora.

O teste ao composto da Cata Kiô, comprovou que a planta abundante no arquipélago de São Tomé e Príncipe, é mais potente do que os compostos actualmente em uso para tratar o Alzheimer. «O composto já é conhecido. É um alcaloide que se chama Voacamina.  A ideia agora é pegar na molécula e eventualmente transforma-la de maneira a podermos chegar a um novo medicamento, para tratar o Alzheimer, que como se sabe é uma doença que afecta as populações mais idosas do mundo inteiro», referiu Maria do Céu Madureira.

O valor curativo de dezenas de plantas são-tomenses, alguma até endémicas, já foi confirmado cientificamente através do trabalho conjunto entre a investigadora da Universidade de Medicina de Coimbra e os curandeiros de São Tomé e Príncipe.

Agora é a vez da Cata Kiô, por sinal menos utilizada na medicina tradicional são-tomense, do que a Cata Grande e a Cata Pequena.

Os dados estão lançados para que a Cata Kiô, ou Voacanga Africana, venha a revolucionar o tratamento de uma das doenças que tira qualidade de vida a muitas pessoas em todo o mundo, sobretudo idosos.

Abel Veiga

 

 

 

4 Comments

4 Comments

  1. Claudino Faro (Claudinense)

    11 de Agosto de 2014 at 7:29

    A minha questão é simples. Após a pesquisa, qual o segundo passo? Exportar? A natureza nos ofereceu algo que nem imaginamos nesta terra. Mas, não sabemos valorar. Que o Ministério da Saúde e as entidades governamentais tentem criar pelo menos um laboratório.

  2. Roberta

    12 de Agosto de 2014 at 18:05

    Os nossos governantes devem promover ações a fim de levar os nossos formados químicos a um estudo nas nossas ilhas dar-lhes apoio financeiro ou técnicos para fazerem pesquisas. Criar incentivos para dar-lhes oportunidades de conhecerem os grandes centros laboratoriais para mais estudos. Criar mais laboratórios no país.
    Acionar medidas para o pagamento do centro de investigação durante a estada dos mesmos em S.Tomé enquanto pesquisam;
    Fazer com que estas universidades que têm se aproveitado das nossas riquezas a financiar estudos neste campo; Dar capacitação aos técnicos;Construção de um espaço de pesquisa com todas as condições favoráveis para estudo – ex( estufas para plantas, museu de plantas etc.

  3. Maria de Fatima Lomba do Amaral

    13 de Agosto de 2016 at 12:45

    Gostaria de saber se depois destas investigacoes festas qual foi o interesse dos governantes de Stome em criar laboratorios e quadros nationals para trabalhar em parceria com os quadros estrangeiros para continuar com as pesquisas sendo um assunto de interesse mundial e neste caso para o desenvolvimento do proprio pais. Gostaria de receber um feedback acer da do assunto. Pois pareceu -me muito interessada este assunto

  4. Adelino Loureiro

    6 de Outubro de 2018 at 19:54

    Seja vem vinda os resoltados dsta investigação trará fortes benefícios par esta
    doênça demolidora que se chama Alzheimer

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