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6 milhões de dólares mudam cenário das roças em 2 anos

A garantia é do Ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural António Dias, com base num estudo feito sobre a situação de degradação das infraestruturas das roças.

António Dias, que lançou no ano 2013 um programa de construção de casas sociais nas comunidades agrícolas, e reabilitação das senzalas que conservam arquitecturas de grande valor, define o programa como sendo um instrumento de luta contra o êxodo rural, e de promoção da produtividade no meio rural.

casas novas guegueApesar dos poucos recursos financeiros, condicionados pela conjuntura internacional marcada pela crise financeira, o Ministério da Agricultura, construiu e reabilitou as moradias que devolveram dignidade a vida de cerca de 200 famílias que habitam as roças de São Tomé e Príncipe.

Nas comunidades de Guegue, Praia das Conchas, Pinheira e Queluz, os agricultores começam a acreditar, recuperaram a confiança perdida nos dirigentes do país.

As novas residências, com casas de banho e cozinha ajudaram a limpar a insalubridade que dominava as respectivas roças. «Tendo em conta a nossa entrega, a nossa dinâmica, o nosso empenho, estamos a fazer isso. Porque não se admite que em pleno século XXI haja famílias de 7 a 8 elementos que convivem num espaço de 6 metros quadrados. Não é possível», sublinhou o Ministro da Agricultura.

António Dias, considera que a juventude que habita o meio rural, é o principal alvo do programa de construção de casas sociais nas roças, acompanhado pela electrificação das mesmas. «A nossa preocupação está mais virada para a juventude. Vendo as condições que os pais têm de certeza que quererão abandonar as roças e irem para as cidades. Logo a nossa política é estancar isso. Evitar o êxodo rural», pontuou o ministro.

O Ministro da Agricultura, garante que o programa em curso, pretende levar para as roças as mesmas condições que as populações procuram nas zonas urbanas. Casas condignas, energia eléctrica, e água potável. «E assim se possível influenciar as pessoas que já abandonaram as roças a regressarem», acrescentou.

ObrasNeste momento o programa de construção de casas nas roças, está a mudar o cenário das roças Lembá localizada no norte da ilha de São Tomé, a roça Canavial no distrito de Lobata, roças Vista Alegre e Benfica no distrito de Mé-Zochi, e a roça Bela Vista na ilha do Príncipe. As obras em curso devem estar concluídas nas próximas semanas.

Na roça Benfica, o Téla Nón registou o avanço dos trabalhos, que está a renovar a esperança dos habitantes. Brevemente vão abandonar as senzalas, onde pequenos quartos de 6 metros quadrados, albergam famílias numerosas.

senzalaComo é o caso da jovem Delita Catarino. Mãe de 5 filhos, que partilha o pequeno espaço da senzala da roça Benfica com os filhos e o marido. «Eu tenho muitos filhos e vivemos apertados. Tenho 5 filhos entre rapazes e meninas partilhando o mesmo espaço. O bloco de apartamento que está a ser construído é maior, vamos ficar mais a vontade. Estou satisfeita por isso, ainda mais com casa de banho e cozinha», afirmou sorridente.

Octávio Carvalho, outro habitante da roça Benfica, manifesta confiança e crença no futuro. As acções do Ministério da Agricultura, estimulam o agricultor, a confiar no seu trabalho, e a produzir mais . «É de agradecer ao ministro da agricultura senhor António Dias, que tem nos ajudado em termos de estruturação das comunidades agrícolas, em termos de casas, e energia eléctrica. Agradeço por esses apartamentos, que é algo muito valioso. Vivemos apertados aqui. Isso vai nos ajudar a aumentar a produção, traz motivação», declarou Octávio.

Aos poucos com o financiamento de Taiwan, as infra-estruturas das roças e a vida dos moradores, renascem dos escombros e da insalubridade.

O Ministro António Dias, garante que o programa não vai parar. Já fez as contas, e sabe quanto é necessário em termos financeiros, para recuperar o património arquitectónico de enorme valor histórico, que dá nome as roças de São Tomé e Príncipe. «Nós já vimos fazendo o levantamento da situação, e sabemos que precisamos de 6 à 8 milhões de dólares para em 2 anos mudarmos por completo o cenário das roças», frisou.

As roças de São Tomé e Príncipe, foram e poderão vir a ser as principais fontes de emprego no país. Podem ser um dos principais pontos de atracção turística, porque cada uma delas conservam muitas histórias, gentes com histórias, produções que puseram no nome do país no mundo, e arquitecturas também singulares. Mais ainda, as Roças estão na génese da história das ilhas de São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

19 Comments

19 Comments

  1. Arnaldo (santola)

    14 de Agosto de 2014 at 13:25

    Muito bem é de louvar ministro da agricultura senhor António Dias, quem planta o bem colhe o bem, se ministro da agricultura não fizer nada ninguém vai fazer nada, cada um só quer saber do seu bolso, o homem merece com todo respeito.

  2. Chiquinho Cabral

    14 de Agosto de 2014 at 14:12

    boa boa

  3. Carlos Manteigas

    14 de Agosto de 2014 at 16:03

    Resta saber a que custo unitário?
    Tem havido transparência no concurso publico.
    As empresas de construção civil aproveitam a mão de obra local? Quantos Homens, Quantas Mulheres?
    Se houvesse um programa formação profissional de:
    Canalizador, pedreiro, ladrilho, etc nas roças não seriam melhor e mais bem aproveitados, ou na melhor das hipóteses as cooperativas de construção civil nas roças. Deixem de tretas. Tudo Truque!!!!!

    • Pu no

      16 de Agosto de 2014 at 4:00

      Carissimo Carlos voce me parece ser um dos tantos pseudo-burrocratas destas Ilhas. António Dias tem sido pragmático e resultativo.

  4. Eu também sou filho da terra

    14 de Agosto de 2014 at 16:27

    É pena que esses valores das roças tenham sido só agora reconhecidos, mas mais vale tarde do que nunca. Esperemos que o novo governo que sairá das próximas eleições dará continuidade a essa boa iniciativa para o bem-estar dos santomenses particularmente os que residem nas roças.

  5. ANCA

    14 de Agosto de 2014 at 17:08

    Muito bem.

    Gostaria ver também projectos estruturantes na Economia do Mar, Pesca, Investigação/Transformação(pescado, algas, medicamentos, conservas, etc…), Desportos Nauticos, Construção Naval, Portos, Cais, Lotas, etc….

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  6. Lupuye

    14 de Agosto de 2014 at 17:30

    Bom trabalho. Espero que aqueles que recebam as unidades saibam conserva-las. Limpeza, pintura, etc, etc. Nota-se que as casas depois de construidas nao sao mantidas e ficam muito sujas e feias com o andar do tempo. Depois ter-se-a que fazer todo o trabalho novamente.

  7. Manuel Jorge de carvalho do rio

    14 de Agosto de 2014 at 17:42

    Muito bom trabalho do senhor Ministro António Dias. Os meus sinceros louvores pelo trabalho feito no mundo rural. Entretanto gostaria que a sua dinâmica abarcaria também as comunidades piscatórias que clamam também por uma intervenção séria. As casas consideradas de “palafitas” de muitos pescadores da vila de Santa Catarina, Malanza, etc, onde quando chove a noite ninguém dorme, com problemas do saneamento, um quarto de 2,5 metros x 2,5 metros com mais de cinco pessoas que dormem no interior, sem casas de banho, amontoadas umas sobre outras com paredes sem uma verdadeira proteção. Essas pessoas também são pobres desprotegidos e contribuem também para o desenvolvimento deste nosso Santo País. Creio que, se não houvesse pescadores na nossa cena, o que seria de nós todos com a questão da proteína animal?.
    Senhor Ministro esse grupo alvo que também estão debaixo da tutela do Ministério que o senhor muito sabiamente dirige clama também por uma intervenção com relação as suas moradias e qualidade de vida. Neste artigo não revela apoio as comunidades piscatorias.
    Sei que as coisas vão pouco a pouco. Por isso, creio que ainda vamos a tempo de pelo menos no mundo rural colocarmos o nível de vida das pessoas em patamares semelhantes com a colaboração de todos. O mundo rural é um todo e muito complexo.
    Somente escrevi porque este artigo sobre casas sociais e modernização das eis empresas me suscitou muito interesse.
    Louvo mais uma vez pela dinâmica do senhor Ministro.
    Obrigado
    Jorge Carvalho
    Presidente ONG MARAPA
    Mestre Actor Desenvolvimento Rural

  8. Madalena

    14 de Agosto de 2014 at 22:31

    Em nome d podreza s pretende por isso simplesmente enriquecer importador , cimento , ferro e chapas,. Um política honesta, os beneficiários também comparticipam, entram com pedras, cancelamento da mão de obra. Fazer casas ou reabilitação sem envolvimento é criar um elefante branco, assim não valorizam o esforço.. Não é só fazer Casa! Boa zona envolvente, espaço d lazer, lojas, creche, acesso. Uma casa tem que ter vida, . Não pó ser feliz lógica colonial sem acesso, um portal! Boa janela, sem cozinha, sem casca de banho, como d animal de Tratasse!
    estamos com período pré eleitoral , não enganem o pessoal. Casa, Minha casa, casa nova, etc é só para enganar o Povo! Que não deseja um casa?

  9. Madalena

    14 de Agosto de 2014 at 22:50

    Que mi minimamente ente de urbanização reprova por completo esse modalidade. Implantar casa sem um plano de urbanização. É assim que aprendeu?
    arruamento, estacionamento, o que esgoto? Ou pó , tratar d podre não t direito, quando é a opção? E o ponto de vista. Investir n Saúde e educação. Emprego condigno, assim cada um constrói s casa. Será que na sa gerir dinheiro?
    Isso é Humilhação! Boa V casa é Estado qu fez?
    querem mamar e o da podreza.
    Retificação ninguém pode faltar, queremos ser o é q o mestre no enganou.

  10. Barão de Água Izé

    15 de Agosto de 2014 at 9:15

    Todas as pessoas têm que ter dignidade e isso
    passa por ter casa, especialmente quando se é trabalhador agrícola e se vive praticamente isolado. Estas casas vão ser dos próprios ou é uma concessão por X anos? Isto é, vão ter escritura de compra (simbólica) e venda por parte do Estado, com registo na Conservatória?

  11. Pantufas ( Nova Geraçao)

    15 de Agosto de 2014 at 9:39

    Meus aplausos,pois accoes como estas é o pais precisa. A que continuar e dando mais e mais apois. Com vontade politica poderemos chegar la.

  12. Pantufas ( Nova Geraçao)

    15 de Agosto de 2014 at 9:40

    Meus aplausos,pois accoes como estas é que o pais precisa. A que continuar e dando mais e mais apois. Com vontade politica poderemos chegar la.

  13. Eterno Madiba

    15 de Agosto de 2014 at 11:28

    Só que no meu prato, a quantidade de comida não aumentou!

  14. Madalena

    15 de Agosto de 2014 at 18:48

    Questões pertinentes colocadas pó Barão!
    Boa casa é pertence a quem?
    Podi servir como garantia, pr Hipoteca!
    Tudo truque. Só pensam e soluções Fáceis!

  15. Jerónimo Xavier de Sousa Pontes

    16 de Agosto de 2014 at 18:31

    Finalmente, meu caro jovem e entusiasta Ministro. Acho muito bem essa forma de fazer política. Há anos que venho gritando a sete ventos sobre a situaçao das pessoas e das roças, antes tarde que nunca.
    Agora fica a pergunta: Estão a referir-se uma verba de 5 a 6 milhões de dólares para fazer face a despesa total da obra : Que é feito do apoio do Governo Luxemburguês a São Tomé e Príncipe, através de Cabo Verde para apoiar os cidadãos caboverdianos os respectivos descendentes e a franja debilitada da população em geral?

  16. cadacoisaquesobe

    17 de Agosto de 2014 at 20:45

    O António Dias anda a distribuir peixe aos habitantes das roças, ao invés de lhes ensinar a pescar.

    Se o António Dias lhes ensinasse a pescar de uma forma estrutural e duradoira, de modo que fossem tirar o seu rendimento com o seu trabalho diário como qualquer um cidadão deve fazer?

    Se António Dias lhes ensinasse a trabalhar pelo menos 5 horas por dia de uma forma objectiva e orientada para resultado concreto?

    Isso não lhes garantiria um rendimento permanente, com o qual poderiam construir as suas casas de seu jeito, enviar os seus filhos para escola como qualquer cidadão trabalhador faz?

    Eu acho que o essencial para retirar essas pessoas da pobreza não é dar-lhes a casa de comboio. Mas sim, dar-lhes conhecimentos e técnicas suficientes que lhes permitam ser o senhor dos seus próprios destinos, hoje e para sempre.

    O António Dias dá-lhes a casa. A casa tira-lhes da pobreza?

    Ou o trabalho sério, com acompanhamento do ministério de agricultura, com a garantia de mercado para que possam vender sempre os seus produtos e a preço justo é que lhes retira da pobreza?

  17. Constancio Pires

    25 de Agosto de 2014 at 9:51

    Caro Ministro,minhas felicitaçoes.
    Em casa onde nao ha pao, todos choram mas ninguem tem razao.
    Se cada ministerio fizesse um pouco desde a independencia como o senhor esta fazendo,hoje, actualmente Sao Tome e Principe deixaria de ser uma sombra de si mesmo.
    Se o inimigo se levanta contra nos e porque estamos no caminho certo.
    Peço-vos que nao esqueça de espaços de lazer,lojas e de recreaçao nestes lugares.
    Bem haja.

  18. arelitex

    7 de Setembro de 2014 at 18:54

    senhor ministro o seu trabalho está a ter uma classificação bastante elevada . o país como está nós sabemos ,que o senhor têm de começar pelas prioridades . é impossível resolver todos os assuntos ao mesmo tempo . mas parabéns pelas suas iniciativas e pelo seu trabalho e esforço em ir resolvendo os problemas . o nosso STP necessita de mais ministros como o senhor . deixe as e os tristes falarem porque coitados nâo sabem fazer mais nada .

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