O Centro Paroquial de Lembá, na cidade de Neves, acolheu na passada sexta-feira, 26 de Junho, pelas 15h00, um debate sobre o direito e o acesso à informação e a participação dos cidadãos no desenvolvimento de São Tomé e Príncipe. Cerca de 2 dezenas de líderes associativos e comunitários, e membros do poder local analisaram também a actual situação do distrito de Lembá no que diz respeito ao acesso à informação e participação nas decisões de âmbito local.
Lúcia Cândido, Irmã Franciscana de Lembá, desafiou o Presidente da Câmara de Lembá, presente no evento, a desencadear mecanismos que facilitem levar informações às pessoas para que se sintam valorizadas e incluídas nas decisões de âmbito local. Lúcia Cândido entende que “sem a informação não há desenvolvimento. Se a informação não chega às pessoas, elas não vão poder contribuir. É preciso informar as pessoas para que elas sejam responsáveis e responsabilizadas”. A Irmã Franciscana de Lembá acrescenta ainda que “há pessoas em Lembá que para elas o desenvolvimento não lhes pertence. Pensam que é coisa para o Pres. da Câmara, para os governantes e para as pessoas da capital. Isto acontece porque não damos devida importância às pessoas, porque não as incluímos nos assuntos e nas decisões. Precisamos caminhar com as pessoas”, concluiu.
Mário Pires, professor na Escola Básica de Santa Genny, falou da situação da sua comunidade de Santa Catarina onde o acesso à informação é deficitário. “Temos uma rádio comunitária que podia ajudar, mas não funciona. A informação local passa de boca-a-boca. As nossas crianças não têm acesso a nada, nem sabem quem é o nosso Primeiro-ministro”.
Para Idalécio dos Santos, representante da Cooperativa de Cacau Biológico, “em Lembá, há muitas comunidades sem energia e por isso estão isoladas da informação. Todas as actividades de informação e sensibilização acontecem só aqui em Neves. É preciso levar essas palestras para as comunidades. Há pessoas perdidas nas comunidades rurais que não sabem nada sobre o país. Há situação em que as pessoas nem sabem o que é violência doméstica. Podem sofrer de violência doméstica, mas não sabem se podem queixar ou não, porque também não têm conhecimento sobre os seus direitos”, reclamou.
Isalkia de Ceita, funcionária no Tribunal de Lembá, reclamou dizendo que a Rádio Comunitária de Neves funciona bem mas não passa informações necessárias e completas. Afirmou que o facto das pessoas em Lembá terem pouco acesso à informação “há casos que devem chegar ao Tribunal, mas vão para Polícia que não tem competência para os resolver. As pessoas não estão informadas e não sabem como e quando recorrer a um tribunal”.
Esta é uma acção da Federação das ONG em São Tomé e Príncipe no âmbito da Campanha Mais Informação, Mais Participação, Melhor Desenvolvimento.
Para mais informações: www.sociedadecivilstp.blogspot.com
Fonte : FONG – STP
FONG
Claudino Monteiro Tavares
1 de Julho de 2015 at 14:05
Boa iniciativa dessa ONG, mas é preciso ter corragem , porque por vezes os politicos querem que o povo não terem conhecimento nem informção para eles bem manapularem , porque na terra dos cegos o rei são aqueles que são viló, está na hora dos santomenses acordarem e levantarem e andarem a busca da informação porque neste mundo agora a informação é poder povo , despertam de cauê a lemba. Tenho muita simpatia com aquela terra é lá que me viu crescer até os 21 anoa , sou aquele cabo verdiano que foi com meus pais nos anos 70, que até então tenho grandes laços com aquela terra , é lá que estão tdas as minhas familias de 1º grau (mãe, irmâes, sobrinhos , primos e mais , sou Santomense do curacao e Caboverdiano de Sangue . Tenho fé k um dia S.tomé e Principe saira desta , haja esperança,S.Tomé não merece esses sucessivos governantes com tdo respeito………….