PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU
Segundo a OMS, até o meio da semana haviam sido registadas 277 mortes no país; 70% dos pacientes são de Luanda; três nações tem casos de febre-amarela “exportados” de Angola: China, Quénia e RD Congo.
Criança recebe vacina contra febre-amarela. Foto: ONU/Marie Frechon (arquivo)
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Num período de cinco meses, o Ministério da Saúde de Angola reportou mais de 2,1 mil casos suspeitos de febre-amarela. A Organização Mundial da Saúde, OMS, apresentou o balanço esta sexta-feira.
Desde o início de dezembro, 277 pacientes morreram e foram confirmados em laboratório mais de 600 casos. A OMS destaca que 70% das pessoas com a doença são da província de Luanda, mas existe a suspeita de febre-amarela em todas as províncias do país.
Transmissão
Apesar das campanhas de vacinação, que já beneficiaram 6 milhões de angolanos, o vírus continua a circular em Luanda e noutras províncias. A OMS revela também que três países confirmaram casos de febre amarela “exportados” de Angola: China (11), Quénia (2) e República Democrática do Congo (37).
Além de Angola, o governo da RD Congo também declarou o surto de febre amarela. Uganda e Namíbia são outros países que registaram casos.
Riscos
Segundo a OMS, o vírus em Angola e na RD Congo está concentrado nas principais cidades e chegou às zonas urbanas após uma enorme circulação entre macacos nas florestas.
A OMS continua a considerar a situação em Angola como motivo de forte preocupação, uma vez que os casos estão a aumentar, mesmo com as campanhas de vacinação. O risco da febre-amarela se espalhar para mais países é avaliado como alto.
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