O Rio Água Grande que atravessa a cidade capital – São Tomé-, inspirou a poetisa Alda Graça do Espírito Santo, que antes de morrer escreveu versos que reflectem a morte lenta de uma nação que não pára de perder os seus valores identitários. «Mataram o Rio da Minha Cidade», é o título da obra poética que Alda Graça deixou para despertar a nação são-tomense.
O Rio que inspirou a poesia de Alda Graça está a despedir-se . As autoridades governamentais continuam inspiradas em más práticas ambientais na ilha de São Tomé. Práticas que matam aos poucos o Rio da cidade e os seres vivos que Água Grande gerou ao longo dos anos.
Várias espécies de peixes de água doce desapareceram do Rio Água Grande. Crustáceos também foram dizimados. No passado crianças e adultos debruçavam sobre a varanda do Rio para contemplarem tais espécies de peixes que a natureza dava vida no centro da capital.
Hoje, os milhares de alunos das escolas secundárias e primárias vizinhas ao Rio Água Grande, só podem observar um manto escuro que cobre o leito do rio. A empresa de electricidade, EMAE, gerida pelo Governo está localizada na margem do rio.
A central eléctrica poluente passou a despejar diariamente, centenas de litros de gasóleo no Água Grande.
Cidadãos que guardam as recordações da água límpida que o rio fazia circular no centro da capital, perguntam pelos peixes (papês, charrocos), e também pelos caranguejos e camarão que abundavam em Água Grande.
Contestam o assassinato público e oficial do Rio. As suas vozes não encontram eco, numa sociedade em que a poesia de Alda Graça, já tinha anunciado estar desprovida de valores éticos e identitários.
O gasóleo vaza todos os dias e passou a ser um rio. Alguns são-tomenses inconfornados, ou indignados, insistem em fotografar o manto escuro que agora é o Rio da Nossa Cidade.
O gasóleo não para de vazar, matando o Rio da Cidade.
Téla Nòn
Nuno Migue Menezes
10 de Fevereiro de 2018 at 13:32
O Titulo:“Matando o Rio da Cidade de São Tomé”
A camera Municipal de Sao Tome and Principe,o papel da mesma ‘e ter varios funcionarios de Limpeza e outras coisas mais,para assim efectuar limpezas na cidade e no rio como esse.
No meu ponto de vista nesta situacao a camera Municipal neste sentido ‘e enviar pessoas para limpar esse rio.
E o proximo passo ficarem atentos nas pessoas que assim andam a fazer isso enviar o lixo para o rio, e ao identificar os mesmos chamar a policia e abrir um processo criminal no tribunal.
E os juizes por la uma multa e 1 mes de trabalho comunitario e esse trabalho comunitario a pessoa continua a limpar o rio que andou a sujar,e se o rio estiver limpo enviar o mesmo a limpar as ruas da cidade para a proxima aprenderem que nao se deve sujar ou enviar lixo para o rio.
uma taxa extra necessario tambem a camera municipal de Sao tome and Principe assim aplicar para ajuda de limpeza da cidade dos rios que assim apresenta na imagem dessa noticia e um Pais desenvolvido ‘e assim.
Nao ‘e complicado gerir essa situacao a infraestretura ja esta feita que se chama camera municipal de Sao Tome and Principe necessario os funcionarios da mesma camera estarem atentos a situacao em causa e ligarem logo para a policia ou chamar a policia para a pessoa ser apanhada e aplicar o que escrevi.
O papel da camera municipal ‘e manter tambem a cidade limpa e controlar a cidade nao ‘e apenas ficarem a frente da facebook ou de um computador sem nada para fazer no leve leve que ‘e o nosso dito de Sao Tome and Principe.
Nuno Menezes
Reino Unido ,Lincoln,England
José Mamede da Costa
10 de Fevereiro de 2018 at 16:00
Obrigado, Téla Non.
Tem que ser esse o papel da Comunicação Social!
Recordo, com saudade, a enorme Alda Graça de Espirito Santo.Que tive a felicidade de conhecer pessoalmente.
Mamede da Costa. Amigo,grande, de São Tomé e Príncipe!
Adis
10 de Fevereiro de 2018 at 18:35
Vamos pedir ao patrão da TESLA par desenhar um plano para alimentar a DSTP com energias renováveis.
Lupuyé
11 de Fevereiro de 2018 at 12:51
Realmente é muito triste. E o pior é que ainda vejo gente do dito “povo pequeno” pescando ali e sacando do rio papês e charrocos contaminados para a sua alimentação. Para além destes que já estão desaparendo, já não se vê no rio os “cucumbas”, animal anfíbio que entrava e saía nos seus buracos de lama.
A verdade é que a EMAE já não devia estar no centro da cidade. A noite o barulho que aquilo faz é insuportável. Talvez se o governo movesse aquilo para bem mais longe, a água da nossa baía também estaria muito mais limpa. Realmente é muita pena.
Capitao andala
12 de Fevereiro de 2018 at 7:36
Bem haja, Tela Non! Serviço publico!
É importante esta reflexao porque actos como este tem um efeito enorme na nossa saude, na saude das nossas crianças e ecossistemas marinhos!
Um pensamento…..palácio presidencial: interior faustoso, carros de alta gama e seguranças no seus pátios, banquetes sumptuosos no seu interior. Exterior….estradas esburacadas a 20 metros da vedaçao, rio toxico a 100 metros, oxigenio irrespirável no ar por conta da lixeira da cidade.
Somos nos a servir a eles ou eles a servir a nós?
Basta, exige-se profissionalismo!
Alligator
12 de Fevereiro de 2018 at 10:23
Infelizmente os nossos “governantes”, disto não vêem ou fingem que não….estão mais virados para as politiquices, com unico intuito de atirar areia aos olhos do povo, e assim encherem os seus bolsos, em detrimento deste povo martirizado!!!
ANCA
12 de Fevereiro de 2018 at 11:00
Esta situação advém de vários anos, vários governos.
Hoje a problemática da proteção do ambiente, dos recursos naturais, está no mundo desenvolvido no cerne das questões essenciais para o bem estar dos Territórios/Populações bem como da própria administração.
Precisamos urgentemente de um plano de ordenamento de Território, Planos Direção Municipal, ou planos diretores municipais, bem como planos de pormenor, onde dentre a delimitação das ações funções agrícolas, urbanísticas, de solo, do subsolo, do ar, impõe-se a questão da gestão das aguas, quer a nível dos lençóis freáticos, como de aguas superficiais, mar etc, etc,… questões ambientais.
Temos assistido ao longo dos anos a poluição dos rios em São Tomé e Príncipe como algo natural, normal, sem nenhuma preocupação de gestão administração desde recurso, hoje se fala muito das alterações climáticas, mas continua-se a assistir, o abate indiscriminado das arvores no Território, deposição dos lixos ou RSU, resíduos sólidos urbanos de qualquer maneira continuamos, continuamos a assitir más praticas agrícolas, sem controlo algum, a utilização de pesticidas na agricultura, assistir pessoas a lavar no rio, pois sabão provoca contaminação destruição dos ecossistemas, animais dentro dos rios, porcos cães, galinhas, patos, cabras, etc…, pessoas a fazer necessidades nos rios, contaminação destruição pela EMAE, instituição pública, do solo e subsolo com gasóleo, e neste caso em particular do rio água grande como demonstra bem a imagem.
A bem pouco tempo foi aprovada a lei gestão das aguas, mas a sua ação pratica jamais se faz sentir efeitos, necessário termos consciência que somos um Território/População/Administração, pequeno onde a população, cresce mais depressa que o crescimento ou desenvolvimento econômico, onde a pressão sobre os limitados recursos naturais sofrem uma pressão enorme, gera impõe-nos gestão das questões ambientais, é deveras preocupantes quanto vemos a própria administração, instituição nacional com estas praticas ao longo dos anos, como é o caso da EMAE, das más praticas agrícolas, por ações comportamentos dos cidadãs nacionais, de recordar que para além da nossa pequenez temos a questão da dupla insularidade que já de si nos impõe enormes desafios a suprir, se se jamais sabemos tirar o melhor partidos da gestão dos no Território/População/Administração, a nível social, cultural, ambiental, desportivo, político, econômico e financeiro, pois teremos vários problemas de viabilidade sustentabilidade econômica financeira, alias como já temos, já é de conhecimento de todos ou assim deveria ser, somos um Estado País, Frágil, isolado, estamos na periferia, nada conservamos, nada produzimos, dependemos das ajudas dos outros para levar a cabo os nossos objetivos de existência de desenvolvimentos, ainda assim quem pense(partidos políticos) em somente fazer política, nos seus interesses políticos, convocando megamanifestação, em vez de unir esforços d organização do Território/População/Administração mediante dialogo franco e sério.
Impõe a inversão correção urgente da descarga do gasóleo no rio, agua grande, limpeza e conservação dos rios.
Perante o quadro das alterações climáticas, a pressão sobre os recursos naturais ambientais, temos assistidos passivamente o desaparecimento dos rios, secas, desaparecimentos das espécies, flora e fauna, juntando a pobreza, a fome a miséria, tudo terá implicação ainda mais severa sobre questões de viabilidade local, regional nacional econômica financeira no presente no futuro, quer a nível social, cultural, ambiental, desportivo, político.
A aposta na educação de excelência faz-se sentir, a sensibilização, para tomada de consciência
Pratiquemos o bem
Pois o bem
Fica-nos bem
Deus abençoe São Tomé e Príncipe
És Sãotomense acredita, és capaz organiza-te
Manuel Jorge de Carvalho do Rio
12 de Fevereiro de 2018 at 14:04
Este caso de poluição do rio Água Grande é mesmo muito polémico. Recordamos que o mesmo atravessa os dois distritos mais populosos de São Tomé e Príncipe (Agua Grande e Mê -Zóche), onde as pessoas que vivem no corredor do leito depositam todo tipo de líxo no rio como se este fosse o deposito de líxo. Até ratos mortos com insecticidas são deitados no mesmo. Animais mortos deitados no rio, enfim este rio tornou-se numa autentica lixeira. Logo este líxo é conduzido até a baía de Ana chaves e pelo mar dentro deixando a nossa costa cheia de resíduos maus para o ambiente e para a saúde de todos nós. A EMAE é um outro problema. Os resíduos de gasóleo e óleo deixados pela central são também grandes riscos para a saude do nosso rio e mar. Assim torna-se necessário que haja um trabalho muito grande de sensibilização e de aplicação das normas de modo a evitarmos riscos graves com a poluição do nosso meio ambiente.
Ralph
8 de Março de 2018 at 5:07
A solução é simples – mais e melhor regulamentação das coisas que sejam permitidas entrar no rio. E talvez mais importante ainda é mais recursos para fazer cumprir as regulações, além de sensibilização para educar pessoas sobre a importância de manter o rio num estado saudável pelo benefício de toda a comunidade. Tudo isto requer um compromisso pelo governo para tratar o assunto a sério e implementar mudanças de forma rápida. Sem estas medidas, será demasiado fácil permitir o rio morrer por causa de poluição e negligência. E isso será uma tragédia.