Sociedade

Portugal diz que língua facilita partilha de práticas contra desigualdade

Parceria Téla Nón / Rádio ONU

Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade de Portugal defende que combate à violência contra mulher “é uma batalha que nunca está ganha”; Rosa Monteiro diz que país quer intensificar cooperação a nível da Cplp.

A secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade de Portugal, Rosa Monteiro, acredita que a língua portuguesa ajuda os países lusófonos a partilharem projetos e iniciativas na área da igualdade e combate à violência a meninas e mulheres.

A secretária de Estado esteve na sede da ONU, em Nova Iorque, para participar na 62ª Sessão da Comissão sobre o Estatuto da Mulher, e concedeu uma entrevista à ONU News.

Partilha

“Este é um problema que partilhamos, com especificidades locais, evidentemente. As formas de violência contra as mulheres e meninas são diversas, temos de atender a essa diversidade, na linha daquilo que indica a Convenção de Istambul. Mas a língua é uma fator facilitador, até na apropriação e partilha de instrumentos, que é o que pretendemos fazer e intensificar.”

Rosa Monteiro acredita que “a questão da promoção dos direitos humanos das mulheres e das raparigas não pode deixar ninguém para trás, tem de envolver todas e todos.”

“Ainda é uma batalha. É uma batalha que nunca está ganha, porque vamos despertar para a necessidade de uma intervenção permanente. É uma batalha na qual precisamos de muitas guerreiras e muitos guerreiros, aproveitando isso para reforçar aquilo que nos une e liga enquanto espaço comum de língua e de alguma construção identitária.”

União

A secretária de Estado diz que vão acontecer várias visitas entre Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, durante o ano de 2018.  Rosa Monteiro explica que o objetivo “é articular uma ação conjunta, partilhando aquilo que de melhor tem cada país.”

A nível de cooperação, a responsável lembrou o trabalho com a Guiné-Bissau para combate e prevenção da mutilação genital feminina, desenvolvido entre uma organização portuguesa e o Comitê da Guiné-Bissau para a Eliminação das Práticas Nefastas.

“Um trabalho sublinhando esta ideia de que não existem barreiras, mas sim pontes de ligação muito fortes que nos unem para além da língua. Também uma intenção de materializar políticas de igualdade entre mulheres e homens e de combate e prevenção da violência contra as mulheres.”

Até 23 de março, a CSW destaca desafios e oportunidades para alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas rurais no mundo.

*Apresentação: Alexandre Soares.

 

 

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