Parceria – Téla Nón / Rádio ONU
Homem que vivia com o vírus em Londres parece estar livre da doença há 18 meses; Nações Unidas estimam que 37 milhões de pessoas viviam com este vírus em 2017; cerca de 1,8 milhões de novos casos foram registados esse ano.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids está encorajado com a notícia de que um um homem em Londres, no Reino Unido, foi curado do vírus.
Investigadores dizem que o vírus está indetectável no homem desde que ele parou de tomar remédios antirretrovirais há 18 meses. O resultado foi anunciado na Conferência sobre Retrovírus e Infecções em Seattle, nos Estados Unidos.
Tratamento
Em 2016, o paciente foi tratado a um linfoma de Hodgkin no University College e Imperial College de Londres, recebendo um transplante de medula de um doador com uma mutação genética rara.
Em nota, o diretor executivo da Onusida, tambem conhecida como Unaids, disse que “encontrar uma cura é o maior sonho.”
Michel Sidibé explicou que “este avanço é complicado e ainda é necessário muito mais trabalho, mas dá uma grande esperança para o futuro de que é possível acabar com a Aids usando a ciência, por meio de uma vacina ou de uma cura.”
O representante acrescentou que a notícia “também mostra a que distância estamos desse ponto e a absoluta importância de continuar a concentrar os esforços de prevenção e tratamento.”
A agência lembra que os transplantes são procedimentos altamente complexos, intensivos e caros, com efeitos colaterais substanciais e que, por isso, não são uma maneira viável de tratar um grande número de pessoas.
Apesar disso, os resultados oferecem novas perspetivas para os pesquisadores desta área e destacam a importância contínua de investir em pesquisa científica e inovação.
Este é apenas o segundo caso conhecido de uma cura. O primeiro foi o caso de Timothy Ray Brown, que recebeu tratamento semelhante em 2007 em Berlim.
Atualmente não há cura para o HIV. O Unaids está a trabalhar para garantir que todas as pessoas que vivem com o vírus e são afectadas por ele tenham acesso a serviços de prevenção, tratamento, cuidados e apoio.
Em 2017, estima-se que 37 milhões de pessoas viviam com este vírus e 1,8 milhões de novos casos foram registados.
Nesse ano, quase 1 milhão de pessoas morreram de doenças relacionadas à Aids. Cerca de 21,7 milhões de pessoas tiveram acesso ao tratamento