Cerca de 53 % do Deserto de Kubuqi na Província de Inner Mongólia na China foi reflorestada através do projeto de Restruturação Ecológica e Indústria Verde desenvolvido pelo governo Chines em colaboração com a Empresa Ellion Cooperation que começou em 1986.
Inner Mongólia é uma das áreas mais afetadas pela desertificação na China. Através da Iniciativa de Restauração Ecológica e Indústria Verde do Governo chinês em colaboração com a empresa Elion Cooperation, o Deserto Kubuqi está se transformando aos poucos numa zona florestal com grandes infraestruturas, com melhor tempo e melhor clima.
O deserto Kubuqi tem uma área de 18, 600 Km2, constitui uma ameaça as grandes cidades perto de Inner Mongólia como no caso de Beijing, e que por isso foi chamado de bacia de areia pendurada acima da capital. As tempestades de areia provenientes de Dunas móveis que medem de 20 á 100 metros de altura, invadem o Rio Amarelo com cerca de 80 milhões de toneladas de Areia.
A 100 séculos atrás Kubuqi era uma região florestal exuberante, com lagos e rios, mas a desflorestação descontrolada, prática agrícola e criação de gados deixou o terreno arenoso e facilitou a deslocação de areia e transformou esta região em deserto que se expandiu ao longo do milénio.
O projeto de Restauração Ecológica e Industria Verde começou há 30 anos, os governos locais, comunidade empresarial, agricultores e pastores bem como pessoas de outros sectores da sociedade fizeram esforços para que hoje 53% do deserto Kubuqi tivesse árvores de diferentes espécies e mais de 530 espécies de animais.
A empresa “Elion Cooperation” é a responsável pelos diferentes projetos desenvolvidos na região inclusive o de restauração vegetal e ambiental.
Para facilitar a plantação das árvores na areis, a Ellion inventou duas tecnologias diferentes. Uma delas é a utilização de um berbequim que faz um buraco facilitando a introdução de galhos que em três anos atingem uma altura de dois metros. Nos locais onde a areia é abundante é usado uma espécie de erva para diminuir a movimentação de areia e reduzir as dunas, para depois serem introduzidas as árvores.
Através destas tecnologias milhares de quilómetros têm plantação, o que facilitou a criação de um ambiente mais harmonioso para a sobrevivência humana e de animais. Ellion Cooperation no âmbito do Projeto, construiu infraestruturas hoteleiras e turísticas como hotéis de cinco e sete estrelas, pousadas, galerias e criou atividades que atraem turistas e impulsionam a economia local.
Os funcionários são residentes locais em bairros construídos pela Ellion Cooperation no sentido de melhorar as condições de vida e habitabilidade da população. Todas as condições de sobrevivência foram criadas em vários quilómetros no meio do deserto, foram construídos vários quilómetros de estradas, foi colocado energia elétrica e água canalizada. Elion Cooperation desenvolveu também projetos na área agrícola como a Plataforma inteligente de gestão agrícola.
São produzidas toneladas de frutas e produtos hortícolas que abastecem o mercado chinês. A produção é feita em estufas com o sistema de rega gota á gota, num lugar que a dez anos era deserto.
Os investimentos feitos pelo governo e pela Ellion Cooperation vem tirando muitas famílias da pobreza extrema, fornecendo emprego e melhores condições de habitabilidade.
A Energia limpa também está sendo desenvolvida em grande escala. 3.350 Hectares foram colocados painéis solares com uma produção anual de 450 milhões de kilowats de energia introduzida a rede. Um investimento feito no valor de 13 bilhões de dólares.
O Projeto estende – se 242 quilômetros ao Longo do Rio Amarelo para proteger os rios, a agricultura e a pecuária da bacia de Areia e para ajudar a restauração ecológica e redução da pobreza noutras partes da China. Este bom exemplo do sucesso de Kubuqi no combate à desertificação foi partilhado em várias Grandes conferências e as tecnologias implementadas em vários outros países.
Jornalista Euclydes Amadeu destacado na China / Serviço Especial para o Téla Nón
Clemilson brasileiro
27 de Setembro de 2019 at 2:00
Eu acho essa reportagem uma tremenda mentira
Joaquim
8 de Outubro de 2019 at 9:51
Mano, estive lá na china no ano passado e agora sei que chineses estão a sofrer muito, eles todos os dias trabalham sem descança e todavia ganham menos de 1 dólar por dia.