Sociedade

Transição na STP-Aiways – EuroAtlantic vai sair e a CEIBA vai entrar

O Ministro Osvaldo Abreu que tutela o sector dos transporte aéreos, prometeu em Julho passado que a partir do mês de Outubro, a companhia de bandeira nacional, a STP-Airways, deixaria de voar para Lisboa, pelas asas da companhia aérea portuguesa EuroAtlantic.

O assunto gerou polémica, mas segundo o ministro, desnecessariamente. «Viveu-se um momento de intoxicação. Foram ditas muitas coisas, e atribuídas a nós. Felizmente as últimas declarações do dono da companhia Euroatlantic veio esclarecer tudo».

O dono da Euroatlantic Tomaz Metello, em entrevista a imprensa portuguesa, anunciou que a sua empresa, chegou a acordo com o Governo são-tomense. A Euroatlantic propôs ao Governo a venda dos 40% da sua participação na STP-Airways.

Uma proposta que segundo o Governo são-tomense, é antiga. Vem do mês de Fevereiro passado. O Ministro Osvaldo Abreu(na foto acima ), disse que foi por causa desta proposta apresentada pela Euroatlantic, manifestando a intenção de abandonar a STP-Airways, que o Estado são-tomense decidiu agir, na busca de outros parceiros para manter operacional a companhia de bandeira nacional.

«O governo são-tomense decidiu separar os serviços de apoio aos passageiros e aeronaves em terra, chamado handling do negócio da aviação como tal. A Euroatlantic manteve o serviço handling durante 10 anos. O contrato de Handling terminou, e o governo decidiu separar os serviços. E eles dizem na carta com data de 1 de Fevereiro de 2019, que caso o governo insista em separar o Handling, nós não estamos interessados em continuar no projecto e estamos disponíveis para vender a nossa participação na STP-Airways», explicou o Ministro Osvaldo Abreu.

De imediato o Governo agiu, «a partir daí o governo deu início a contactos com outros parceiros, e foi positivo com o Governo da Guiné Equatorial, e a companhia CEIBA, mais a White que se associou ao projecto», frisou o ministro.

A parceria com a CEIBA da Guiné Equatorial que é operada pela portuguesa White, provocou gritos e polémicas. O ministro considera que os gritos já se arrefeceram, e que a razão prevaleceu. O processo de transição na STP-Airways, já está em andamento. «Foi criada uma equipa com missão de preparar a transição. O operador actual será substituído por um outro operador, e há várias situações a serem acauteladas», precisou.

Enquanto isso o Governo pediu um inquérito internacional para avaliar a STP-Airways. Uma auditoria, solicitada após a decisão da Euroatlantic enquanto accionista maioritária da companhia de bandeira nacional,  de vender a sua participação na empresa, 40%. «Queremos saber quanto vale a empresa STP-Airways. Não temos nenhum relatório de auditoria feita a empresa. Com a avaliação feita, vamos poder discutir. E o que é devido paga-se», sublinhou.

Ainda sem a realização do negócio de compra das acções da Euroatlantic na STP-Airways, os voos entre São Tomé-Lisboa e vice versa, em nome da companhia de bandeira nacional, continuam a ser garantidos pelo aparelho da Euroatlantic. «Podemos ter dificuldade, em concluir o processo no final de Outubro, porque a auditoria ainda não começou. Mas tanto o Governo como a Euroatlantic estão disponíveis para de forma flexível levarmos o processo até a sua conclusão, sem prejudicar o mercado nem os passageiros», concluiu Osvaldo Abreu.

Na comunicação do ministro das obras públicas, Osvaldo Abreu, foi anunciado que o Governo vai lançar ainda neste mês de Outubro, um concurso público internacional para contratação de uma empresa de Handling para prestar este serviço no aeroporto de São Tomé.

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. antonio

    9 de Outubro de 2019 at 10:01

    Continua a não ser bem explicado pelo governo:

    Porque mudar uma das poucas coisas que funcionava em São Tomé e Príncipe? O governo não tinha outras coisas mais importantes a fazer do que mexer numa empresa de handling que funcionava durante 10 anos?

  2. joao eduardo cruz

    9 de Outubro de 2019 at 10:01

    Já era esperado.
    Ainda durou muito tempo.

  3. Lupuyé

    9 de Outubro de 2019 at 15:16

    Se sai a Euroatlantic da STP-Airways mas continua voando solo pra STP e a white junta-se a STP-Airways, isso significaria que teremos três companhias aéreas conectando STP à Europa? Teremos a TAP, a STP-Airways e a Euroatlantic. Tudo leva a crer que será assim. A pergunta que faço é a seguinte: será que o preço do bilhete pra PORTUGAL vai baixar?

  4. VAI TU

    9 de Outubro de 2019 at 15:21

    A Administração da CEIBA, foi demitida por Despacho Presidencial, no dia 5 do corrente mês.
    O Boeing 767, está ainda em nome da ETHIPION AIR LINES.
    O concurso para o Handling, foi lançado com qual tempo de execução?
    Penso que mais uma vez,as coisas não foram ponderadas.
    Não há dúvida, que o Handling está a cair de podre, mas senão houver uma intervenção nas próximas semanas, ainda teremos passageiros a sair pelas mangas de emergência e a carga ser descarregada à mão

  5. semedo

    9 de Outubro de 2019 at 15:55

    Ground Handling Services, abreviadamente Handling, é uma designação inglesa que abrange todos os serviços prestados em terra para apoio às aeronaves, passageiros, bagagem, carga e correio. Estes serviços podem ser prestados pelos próprios aeroportos ou por empresas externas. Caso este serviço seja prestado pelas companhias aéreas aos seus próprios aviões, e passageiros, designa-se por self-handling.

  6. semedo

    9 de Outubro de 2019 at 16:09

    OPERAÇÃO CHARTER

    Série
    Conjunto de voos efetuados com regularidade para o mesmo destino. Por norma solicitados por Operadores Turísticos, com o objetivo de promover determinado destino turístico e responder à procura do mercado.

    Pontual
    Voo efetuado em data especifica, para destino solicitado pelo cliente. Estes voos podem ter como objetivo levar passageiros a assistir a eventos desportivos, culturais, etc. Ou podem ser voos de incentivo (empresas que levam clientes ou colaboradores). Voos efetuados à medida do cliente, onde desde os horários, menus, o dressing do avião, tudo pode ser selecionado e escolhido pelo cliente.

    A.C.M.I. – Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance
    Fornecimento ao Cliente (the Lessee) do avião e da tripulação, para operar na base e rotas pretendidas por períodos curtos, incluindo custos de Manutenção necessários para manter a aeronave em perfeito estado operacional, bem como o custo da apólice de seguro da aeronave (limitada ao casco).

    WETLEASE
    Fornecimento ao Cliente (the Lessee) do avião e da tripulação, para operar na base e rotas pretendidas por períodos longos, incluindo custos de Manutenção necessários para manter a aeronave em perfeito estado operacional, bem como o custo da apólice de seguro da aeronave (limitada ao casco).

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