Sociedade

Obras de 31 milhões de dólares na central do Contador iniciam em Maio de 2020

A central hidroeléctrica sobre o Rio Contador foi construída há 60 anos. É a única central hidroeléctrica do país, e está localizada no centro de um do parque natural da ilha de São Tomé.

A infraestrutura colonial, vai ser reabilitada e ampliada para aumentar a produção de energia de uma potência actual de 1,2 para 3 megawatts.

Os estudos sobre o impacto ambiental, de uma obra que vai aumentar as capacidades das infra-estruturas coloniais, foram apresentados ao público.

«Estamos a falar de um projecto que se localiza numa área protegida. Num parque natural, numa área que tem vários endemismos. Mas não é um projecto a construir de raiz. As intervenções que vão ser feitas serão de ampliação, mas não serão de grande monta», explicou Sofia Antunes.

Enquanto consultora do projecto financiado pelo Banco Mundial, Sofia Antunes, acrescentou que o projecto tinha propostas para soluções que previam a desmatação. «Mas para evitar os damos ambientais, tais soluções foram rejeitadas».

O projecto de reabilitação da central hidroeléctrica do Contador, é financiado pelo Banco Mundial com 19 milhões de dólares e pelo Banco Europeu de Investimentos com 12 milhões de dólares.

Para além do impacto ambiental, a consultora do projecto, destacou o impacto social. Pois, é também nas margens do rio Contador, que alimenta a central hidroeléctrica, onde os habitantes de várias roças buscam alimentos e rendimentos para a família. «O projecto tem impactos sociais. Estamos a falar de um projecto de construção que vai demorar 3 anos. Isso pode afectar a vida das comunidades que usam aquela área para obter os seus meios de subsistência. Há impactos na biodiversidade e também impactos na vida social», pontuou Sofia Antunes.

Para atenuar tais impactos sociais, a Agência Fiduciária e de Administração de Projectos(AFAP), disse na apresentação do Estudo de impacto ambiental, que antes mesmo do início das obras, as comunidades locais, estão a ser sensibilizadas e envolvidas em pequenas actividades geradoras de rendimento.

Adilson Carneiro, engenheiro da AFAP, exibiu fotografias dos trabalhos de limpeza e protecção dos canais de água que alimentam a central de Contador. Trabalhos que foram executados por cerca de 200 pessoas, que auferiram rendimentos ao longo de vários meses.
A apresentação do Estudo de impacto ambiental, permitiu as forças vivas do país, darem a sua contribuição no sentido de melhorar o documento. A Direcção das Florestas de São Tomé e Príncipe, foi muita activa no debate que decorreu nas instalações da CACAU em São Tomé.

O representante da Direcção das Florestas, manifestou preocupação pelo facto da instituição, estar à margem dos processos de abate de árvores que ocorrem nos parques naturais e não só, e principalmente quando tais abates são executados pela Empresa de Electricidade, a EMAE.

A Direcção da Floresta e as outras instituições de segurança envolvidas no processo de protecção e preservação da floresta posicionaram-se no sentido de forjar consenso, para que toda a actividade nas margens do Rio Contador, com vista ao aumento da produção de energia hidroeléctrica decorra em sincronia e no respeito pela legislação ambiental do país.

Por outro lado, em declarações a imprensa Adilson Carneiro, engenheiro da AFAP, garantiu que já está em curso o processo de selecção da empresa internacional para executar a obra de reabilitação da central hidroeléctrica do Contador. «Já seleccionamos 4 empresas internacionais, que vão receber os cadernos de encargos dentro de 4 à 5 semanas para apresentarem as suas propostas técnica e financeira. Esperamos ter as propostas técnica e financeira das empresas no mês de Janeiro. Penso que o mais tardar entre Abril e Maio do próximo ano teremos o início das obras», assegurou o engenheiro da AFAP.

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. Púmbú

    15 de Dezembro de 2019 at 18:32

    Viva JBJ!!! Viva este passo do governo!!!
    Agora fico anciosamente esperando por artigos do Adelino Cardoso: desta vez que KÓ-KÓ é que ele vai vo-mitar a propósito desta notícia???

  2. Martins

    15 de Dezembro de 2019 at 20:15

    Boa tarde
    Tanto milhão quem vai ficar com o dinheiro
    E tudo roubo descarado
    Assim como a potência e treta
    Gostava de saber como e possível algum técnico no seu perfeito juízo assinar um roubo destes e mentira estes valores nem para construção de todo aproveitamento novo
    Mas e São Tomé alguém vai ficar como milhoes no bolso
    E só roubo a descarada
    Por isso são Tomé não tem credibilidade
    E só vigarices
    Vou saber que aprovou um disparate
    destes

  3. Antonio Danqua

    16 de Dezembro de 2019 at 16:34

    Muito bem…..
    Viva S.Tomé e Principe, viva todos nós santomenses que sempre acreditados que um dia o bem iria chegar para o bem de todos.
    Devagar se vai a longe. Com ajuda de Santo Tomé e Santo António o nosso país de certeza que vai conhecer dias melhores.
    Vamos todos ajudar para o bem do nosso país. O bem nos faz bem e estaremos sempre bem.
    O Governo é de todos e todos querem o bem de S.Tomé e Principe.
    Ja sofremos que chega agora é hora de acreditar e teremos que ter uma corrente positiva de fé. Com Deus no comando e com a vontade dos homens honestos e transparentes iremos longe, o nosso país vai mudar.

  4. Joni de ca

    16 de Dezembro de 2019 at 18:42

    ONG a ganhar dinheiro….
    Sei que já houve uma recuperação da central hídrica… roubaram o senhor que recuperou, agora vão ser roubados pelas ong.

    Até podem por a funcionar, depois é preciso manter e tudo cai.

    Vergonha entregar a ong, o pseudo País não sabe fazer nada

  5. José palhares de sousa

    16 de Dezembro de 2019 at 19:02

    E a central de GUEGUE, de Rio de Ouro, não saõ centrais hideroelectricas?

  6. Ralph

    18 de Dezembro de 2019 at 1:25

    Isto ilustra um conflito entre dois objetivos quase igualmente importantes – a proteção de florestas e o fornecimento de eletricidade sustentável e renovável a todos. Enquanto é importante proteger as florestas por causa da biodiversidade e outras razões, é também importante desenvolver fontes de produção e fornecimento de energia sustentável. Espero que este projeto corra bem e entregue muita energia sustentável ao povo.

  7. Mepoçon

    4 de Fevereiro de 2020 at 18:24

    Quando construiu o actual central de contador, a obra começou em 1957 e só acabou em 1967,dada a sua complexidade, a Roça Pontafigo tinha aí grande fazenda de plantação e exploração de cacau e nunca houve o problema de impacto ambiental. Tuda esta versão é para elogiar o trabalho e confundir o povo…

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