Sociedade

Empresa Pública mais contestada de STP criou Provedor

EMAE – Empresa de Água e Electricidade, é reconhecida em todo São Tomé e Príncipe, como sendo a empresa pública, mais contestada pela população.

Os serviços de fornecimento de Luz e água acontecem muitas vezes a conta-gotas. No entanto as facturas emitidas pela EMAE, acabam segundo os clientes por reflectir valores astronómicos, e insuportáveis.

Muitas vezes a secção de reclamações da EMAE, no edifício sede no centro da capital São Tomé, parece um campo de batalha. Tudo por causa da manifestação dos clientes irritados com as facturas da EMAE, ou também devido a danificação dos seus electrodomésticos por conta dos cortes cíclicos da energia fornecida pela EMAE.

Clima permanentemente tenso entre os clientes e a empresa de água e electricidade, que levou a administração da empresa a requisitar segurança policial.

As equipas técnicas da EMAE, que fazem o corte de energia ou de fornecimento de água nos bairros da capital ou nas localidades do interior do país, são escoltadas pela Polícia de Intervenção Rápida ou pela Polícia Militar.

Na tentativa de melhorar a imagem da empresa no seio do povo de São Tomé e Príncipe, a administração da EMAE, decidiu criar um Provedor.

Romão Pereira de Couto, antigo Juiz, e ex-governante de São Tomé e Príncipe, foi nomeado como primeiro provedor da Empresa de Água e Electricidade.

«Essa instituição é para mediar os conflitos existentes entre a EMAE e os clientes», declarou o Provedor.

Em caso de litígio com a EMAE, o cliente que não for bem atendido pela administração da empresa, deve recorrer ao provedor. «Se a EMAE tiver oposição à uma decisão do provedor, o provedor comunica ao cliente. Neste caso o cliente tem uma decisão do Provedor que pode ajuda-lo a recorrer as instâncias judiciais e de forma sustentada, e resolver o diferendo a seu favor», pontuou Romão Pereira de Couto.

Os clientes da EMAE apoiam a iniciativa, de criação do Provedor. Uma iniciativa que deverá evitar protestos e até confrontos físicos, que muitas vezes marcam o relacionamento entre a EMAE enquanto empresa pública, e os seus clientes, frustrados por causa do mau serviço que lhes são prestados.

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. Pau de fogo

    16 de Janeiro de 2020 at 0:41

    Se foi a EMAE quem decidiu criar e escolher seu provedor, é mesma coisa que estamos de marcha a ré. O provedor tinha que ser escolhido por outra entidade ou autoridade, na minha plena opinião que não tivesse algo a ver com a empresa. O tal provedor é pra remediar o problema ou fazer calar a boca do cliente, pergunto?????

  2. Gregório

    16 de Janeiro de 2020 at 8:14

    A minha pergunta é, quem vai pagar o provedor? mais uma instituição de fazer boi dormir, mais impossível que pareça EMAE me enviou uma única factura com valor de 6.000,00 , meus senhores como pode ser isso não tenho divida com EMAE onde aparece esse valor todo? sinceramente

  3. João Ramos

    16 de Janeiro de 2020 at 8:42

    Se o provedor for pago pela EMAE, neste caso deixa de ser provedor para passar a ser um advogado da EMAE. Nenhum interesse dos clientes será defendido, mas sim interesse da EMAE.
    Se o provedor for algo independente, pago com meios que não dependem da EMAE, assim sim teremos um provedor independente, neutro e imparcial.
    Haver Vamos
    Deus abençoe STP
    JR

  4. Dogmar Ayres

    16 de Janeiro de 2020 at 9:14

    A pura verdade é que a EMAE é considerada a mais contestada devido a culpa dos sucessivos governos que transformaram-na num verdadeiro centro de enriquecimento de alguns meninos ligados aos partidos políticos.
    Nos anos 1990/95, os Franceses organizaram a EMAE, informatizaram os serviços, disciplinaram o pessoal, cujo objectivo era de rendibilizar a Empresa e consequentemente modernizar e fazê-la crescer e torná-la credível a sociedade santomense. Essa mudança foi bastante notória. Terminada a missão dos Franceses, houve uma continuidade durante algum tempo por parte de alguns técnicos nacionais que eram os colaboradores directos dos Franceses. Esses indivíduos conseguiram manter a disciplina técnica e deontológica.
    Naquela altura já se tinha começado a comprar combustível, operação essa que caso continuasse, jamais cresceria a dívida que o país contraiu hoje com ENCO/Angola. Alguns gestores aventureiros sim, estes é que deram cabo da EMAE, esses enriqueceram enquanto a empresa foi-se regredindo/ empobrecendo até ao ponto em que chegou., uma tristeza.
    Segundo informações de alguns funcionários da casa, houve um Director Geral na EMAE, (HIGINO WILL) que em plena reunião de apresentação da sua equipa, fez a seguinte Declaração, Cito:” Agora é a minha vez de roubar, porque o fulano que me antecedeu roubou tanto e eu agora vou tratar da minha vida, inclusive já liguei para minha esposa e os filhos que estão em Portugal que agora é nossa vez.”
    De facto esse indivíduo fez a sua vida, reactivou todo o seu comércio que já tinha falido, inclusive, expandiu muito mais o seu leque de negócios. Mas segundo o ditado português, má fé tem pernas curtas, mais não digo… Esta atitude de desgovernar e desnortear a empresa técnica e financeiramente não se limitou a aquele indivíduo, ouve muito mais…
    O pior de tudo é que essa gente toda fizeram o que fizeram, delapidaram a empresa e nada foi feito, a impunidade foi total, e assim vão as coisas no nosso país.
    Como tal a EMAE tornou-se uma empresa sem credibilidade, os clientes não acreditam nela, pensam que o que se passa nela é só roubalheira, porque deixou de prestar um serviço sério aos olhos dos clientes.
    É verdade também que a maioria de clientes não são coerentes, pois uma franja considerada da classe Média/Alta roubam luz, e alguns têm sido apanhados. O pior de tudo são pessoas que têm condições, como Empresários, Comerciantes, fulano e tal, porque são elas que têm o melhor rendimento no país, outros até constroem casas com fraude desde inicio, só dizer que há pessoas com roubo de energia à mais de vinte anos, exibem grandes carros, boas casas, viagem todos os anos com família e na rua vão enganando e gozando com o povo, inclusive muitos deles quando está em grupo falam muito mal da EMAE.
    Um dos grandes problemas da EMAE, é roubo de energia, “ A CHAMADA ELITE DE S.TOMÉ, QUASE TODOS ROUBAM LUZ.
    O POVO QUE ABRA OS OLHOS…

  5. Adeliana Nascimento

    16 de Janeiro de 2020 at 9:39

    Isto não dá em nada. Romão quer ganhar o seu dinheiro. Não vai resolver nada que o povo quer

  6. José Gonçalves

    17 de Janeiro de 2020 at 8:37

    Senhor Provedor
    Fazer o favor de investigar o carro do atual Diretor que se encontra alugada para a empresa por 100 euros diários. Falo em nome de um dos responsáveis da empresa indignado com esta situação. Não é possível que uma empresa com tantas viaturas esteja a alugar uma viatura do Diretor no valor de 3000 euros por mês, para além do salário chorudo que ele usufrui. Um hiace alugado para fazer o inglês ver. Não pode ser
    Espero que provedor analise a situação independentemente de ser ou não pago pela EMAE.
    José Gonçalves

  7. Martins

    17 de Janeiro de 2020 at 13:01

    Boa tarde
    A emae e assim
    A mim nao paga a 6 anos
    Todos os diretores que conheco ao sairem da emae nao tiveram problemas
    Eu aguardo

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