Sociedade

CAMÕES lança novo projecto para educação e diz que a cooperação com STP é completa

Camões Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa, avaliou na última semana o estádio actual da cooperação com São Tomé e Príncipe.

Luís Faro Ramos, Presidente do Camões, participou no lançamento do programa integrado de apoio ao sector da educação. Um projecto com duração de 3 anos, e financiado pelo Camões Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa, na ordem de 3 milhões de euros.

No anfiteatro da Universidade de São Tomé e Príncipe, destacou o novo projecto que vai ser estruturante para o sector da educação.

«É um projecto ambicioso, porque é integrado, não abrange só o ensino secundário mas também o ensino superior», precisou o Presidente do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa.

Luís Faro Ramos acrescentou que o projecto integrado de apoio ao sector da educação, vai ter também suporte técnico de Portugal. «…..Paralelamente estamos a trabalhar com a Direcção Geral do Ensino Superior aqui de São Tomé e Príncipe para colocar uma assessoria portuguesa. Muito em breve será colocada aqui, uma docente portuguesa para fazer essa assessoria».

Educação de qualidade, é a meta a atingir. « projecto visa no fim da linha uma educação de qualidade, uma educação que possa beneficiar a população de São Tomé e Príncipe», frisou.

Julieta Izisdro, Ministra da Educação e do Ensino Superior de São Tomé e Príncipe, esteve presente na cerimónia de lançamento do projecto. A Ministra deu detalhes sobre os alvos da intervenção do projecto.

«Vai ajudar a universidade de São Tomé na sua organização, na revisão curricular, em termos dos cursos, a nível da didáctica e a nível da prática pedagógica é o que estamos a precisar, e também precisamos da formação contínua e em exercício», afirmou a ministra da educação e do ensino superior.

Camões, financia o projecto integrado de apoio ao sector da educação, mas delegou a execução para o Instituto Marquês de Valle Flor, e as universidades portuguesas de Aveiro e de Évora.

«Vamos com esse programa reforçar a componente das disciplinas no ensino secundário, nomeadamente a língua portuguesa, matemática e biologia», pontuou a ministra Julieta Izidro.

Na mesma ocasião, o Presidente do Camões, assinou com Peregrino Costa reitor da Universidade de São Tomé e Príncipe, um protocolo que vai permitir a melhoria do ensino da língua portuguesa na Universidade Pública.

Camões, Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa, deu nota positiva a cooperação com São Tomé e Príncipe no sector da educação.

«Ao longo dos últimos 10 anos, Camões Instituto da Cooperação e da Língua, investiu aqui em São Tomé e Príncipe, na área da educação cerca de 40 milhões de euros», destacou Luís Faro Ramos.

No sector da saúde, a parceria com São Tomé e Príncipe, continua a tratar de doenças e a salvar vidas. O projecto Saúde para Todos, lançado no ano 2005, é co-financiado pelo Camões, e faz parte do programa estratégico de cooperação entre São Tomé e Príncipe e Portugal.

Camões, diz que já investiu 15 milhões de euros no projecto Saúde para Todos, que dentre outras valências, coloca ao serviço da população são-tomense, equipas médicas portuguesas, em várias especialidades.

O actual ciclo do projecto Saúde para Todos, enquadrado no programa estratégico de cooperação bilateral, termina nos finais do ano 2020.

A visita do Presidente do Camões, Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa, permitiu a avaliação das acções desenvolvidas nos últimos anos, e a projecção das acções futuras no domínio da saúde.

No entanto, a cooperação do Camões com São Tomé e Príncipe, extravasa os sectores da educação e da saúde. Por isso, é que Luís Faro Ramos definiu-a como sendo COMPLETA.
Completa porque segundo ele, para além das acções bilaterais e multilaterais(projectos em vários domínios, financiados pela União Europeia e co-financiados pelo Camões), existe também a cooperação triangular.

«E ainda temos aqui em São Tomé a cooperação triangular. Há um projecto muito interessante com a Colômbia para beneficiar São Tomé e Príncipe na área do agro-turismo e da plantação do cacau. ….É um projecto que vai ter desenvolvimento em breve, e onde o Camões está em colaboração com a Agência de Cooperação colombiana que vai fazer deslocar peritos aqui a São Tomé e Príncipe, para ajudarem nesta área de agro-turismo e do cacau, área em que a Colômbia tem créditos reconhecidos». concluiu.

Balanço completo, sobre a avaliação de uma cooperação, que Camões diz ser completa com São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

2 Comments

2 Comments

  1. sem assunto

    6 de Fevereiro de 2020 at 18:28

    Em primeiro lugar acredito ser surreal esta Senhora bem como a da Cultura ainda estarem nos postos que estão, provas da incapacidade essas figuras já deram de sobra.
    Em segundo lugar quero aproveitar o ensejo para reforçar aqui e já as minhas dúvidas sobre este projeto. A escola +, que retardou em milénios o nosso ensino também afirmava ser que era o que não é. Hoje vemos alunos que terminam sem saberem ler e escrever, alunos no 10º ano que não sabem ortografar corretamente os seus nomes entre muitas e outras aberações, a retirada da disciplina de Psicologia, fazendo-a de opcional, cadeira fundamental parra um individuo entender a si própio, que retrocesso no ensino!
    Em que difere este projeto do suparcitado ?
    O tempo dira. Os nossos dirigentes gentes mediocres e mesquinhas que não olham para além dos seus umbigos na ansia de ganharem algum por fora vendem o país a um prato de lentilhas. Haveis de pagar ainda aqui na terra todo o mal que vem sendo feito à este povo. Amém!

  2. Zé de Neves

    7 de Fevereiro de 2020 at 11:42

    Conto-vos um episódio real para quem quiser avaliar a qualidade dos dirigentes da Educação em STP.

    No passado dia 12 de Julho 2019, irónicamente no dia das comemorações da Independência, quis o acaso, estava eu num conhecido restaurante do Sul de STP sentado muito perto de uma mesa com a fina flor do Ministério da Educação e, julgo, alguns directores de distrito.
    Era perfeitamente possível ouvir a boçalidade que saia daquelas bocas e o que diziam que me recuso a reproduzir aqui porque tenho vergonha. Queria partilhar o exemplo que davam publicamente. Toda a demonstração de prepotência com o staff do restaurante foi inqualificável. A humilhação, rebaixamento e bulliyng verdadeiramente inaceitáveis de quem tem poder, quer projectá-lo e faz questão que todos ouçam e saibam. O staff do restaurante fazia o que podia, mas face à tremenda falta de educação ficaram muito nervosos e os erros sucediam-se em catadupa. Nós na mesa ao lado a assitir a tudo e a ser servidos pelo mesmo staff a quem pedíamos calma e que não se preocupassem connosco que tínhamos tempo e que não levassem as provocações daquela mesa a sério porque eles estavam a trabalhar muito bem (não é condescendência, estavam mesmo a trabalhar bem). Logo logo aqueles senhores iam embora e o pesadelo terminaria não só para nós mas para eles também. Fomos os últimos clientes a saír do restaurante, mas antes disso, ainda trocamos umas impressões com o proprietário sobre o que tinha acontecido ali. Imaginem o que ele disse? “Os nossos piores clientes são os pretos. Estes do Ministério da Educação são importantes e vêm aqui muitas vezes e nem o nosso nome sabem, não marcam mesa só exigem ser servidos. Muitas vezes levantam-se da mesa e saem sem pagar ou então pagam o que querem que é sempre muito pouco.. Nós temos de aceitar tudo porque senão a vida começa-nos a correr muito mal… entende..há represálias… os empregados gostam de servir brancos, trabalham com mais alegria, branco respeita e nós trabalhamos ainda mais porque se gostarem ainda dão gorjetas… Preto com poder são os piores”.

    A moral da história parece-me simples de retirar….

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