Sociedade

Vacina contra malária imuniza 650 mil crianças em três países africanos

Piloto de dois anos já distribuiu 1,7 milhão de doses em Gana, Quênia e Malauí; primeira imunização desse tipo também oferece proteção adicional contra a doença; testes foram feitos em áreas endêmicas com 60% de pacientes infantis.

Dois anos após o lançamento de um programa piloto na África mais de 650 mil crianças estão imunizadas contra a malária.
A vacina RTS,S, a primeira do mundo contra a doença, que também é conhecida como paludismo, foi distribuída em quatro doses para crianças de até dois anos.

OMS/ Mark Nieuwenhof
Todos os anos, o número global de novos casos de malária ultrapassa os 200 milhões, sendo que a cada dois minutos, uma criança morre desta doença tratável.

Pandemia

O piloto foi executado em três países: Quênia, Gana e Malauí como parte do programa com um total de 1,7 milhão de doses.

A médica da Organização Mundial da Saúde, OMS, Kate O’Brien, lembra que num momento em que o mundo enfrenta a pandemia da Covid-19, observa-se que o controle global da malária está estagnado.

Por isso, a proteção da vacina aliada a outras medidas de combate à doença tem o potencial de salvar dezenas de milhares de vidas todos os anos.

Mosquiteiros

A médica da OMS acredita que os três países africanos mostraram que as campanhas atuais de vacinação infantil podem ajudar a levar o imunizante contra a malária a crianças em muitas partes do mundo, onde elas não têm acesso ao inseticida aplicado em mosquiteiros e outras formas de prevenção da infecção.

Nas últimas duas décadas, a OMS e seus parceiros ajudaram a evitar mais de 7 milhões de mortes por malária e 1,5 bilhão de casos da doença.

O médico Pedro Alonso, diretor do Programa Global de Malária, afirma que mesmo com os avanços, as metas globais de combate à doença continuam atrasadas.

Segundo ele, somente novas ferramentas poderão ajudar a correr contra o tempo e por isso a vacina contra a malária é tão importante.

Dados

O sucesso do projeto piloto será informado em relatórios para a OMS com recomendações para um uso mais alargado da vacina em outros países da África Subsaariana.

Os órgãos consultivos globais para imunização e malária devem se reunir em outubro para decidir se ela deve ser recomendada no futuro.

O recente relatório sobre a doença revela que 400 mil pessoas morreram de malária em 2019. Deste total, 90% dos óbitos ocorreram na África, e a maioria ou mais de 265 mil mortes foram de crianças pequenas.

Unicef/Bagla
Um trabalhador borrifa inseticida nas superfícies de um abrigo para controlar a propagação de mosquitos e diminuir o risco de malária

Europa

O projeto piloto que começou em 2019 será encerrado neste 25 de abril. Os testes indicaram que a vacina reduz, de forma significativa, a doença em crianças incluindo casos de malária severa.

Após ser autorizado por autoridades sanitárias em Gana, no Quênia e no Malauí, a vacina também recebeu opinião favorável da Agência Europeia de Medicamentos, EMA.

A imunização é coordenada pela OMS e outros parceiros internacionais.

PARCERIA – Téla Nón / Rádio ONU 

1 Comment

1 Comment

  1. H. Mendes

    22 de Abril de 2021 at 11:09

    Apelo,

    Apela-se as autoridades nacionais, particularmente o ministério da saúde e a toda populaçāo em geral para que tomen todas as medidas e precauçōes necessarias, afim de evitar a entrada no país de uma nova variante do COVID 19 que foi detectado entre os três passageiros infectados que chegaram a Angola apartir da Tanzania.

    Esta Nova variante do COVID 19 esta a preocupar os cientistas por ser a mais perigosa e mortífera.

    Tomem nota:
    As vacinas actuais sāo ineficazes para essa nova variante do corona virus.

    Quêm avisa amigo é

    Um bem aja,

    Heleno Mendes

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