São Tomé e Príncipe recebeu recentemente mais 24 mil doses de vacinas AstraZeneca. Vacinas fornecidas no quadro da iniciativa Covax.
Desta vez os Taxistas, os Moto-taxis mais conhecidos no país por motoqueiros, fazem parte do grupo alvo a ser vacinado.
O processo de vacinação que começou em Março passado, foi suspenso após a administração das primeiras 24 mil doses. A COVAX manifestou dificuldades em fornecer ao país, as 96 mil doses de vacinas que estavam previstas para chegar ao país Maio último.
Em Junho São Tomé e Príncipe recebeu mais um lote de 24 mil doses de vacinas. A imunização dos taxistas e motoqueiros, começou no dia 23 de Junho. O Ministério da saúde fixou dois postos de vacinação diante do edifício do mercado municipal.
À semelhança da primeira campanha, o ministério da saúde pretende vacinar mais 12 mil pessoas com este novo lote de 24 mil doses da AstraZeneca.
Megafones da equipa de sensibilização alertaram os taxistas e motoqueiros para a necessidade de vacinar contra a Covid-19.
Plácido Paulo, Presidente da Associação dos Taxistas liderou a marcha da sua classe rumo aos postos de vacinação. Foi um dos primeiros a vacinar. «O processo está a decorrer bem. Já apanhei a dose, e os outros colegas estão também a aderir», afirmou o Presidente da Associação dos Taxistas.
Os motoqueiros, também são chamados a receber a primeira dose da vacina Astrazeneca. No entanto a equipa de sensibilização do ministério da saúde, confrontou-se com alguma resistência. Um grupo de motoqueiros rejeitou o convite para vacinação.
Nelson Silva Barbosa, é um dos motoqueiros que mais protestava contra a vacinação. «Eu não vou vacinar. Não vou vacinar porque São Tomé não tem coronavirus», declarou o motoqueiro.
Florentina Rafael, consultora da OMS disse ao Téla Nón que esse tipo de resistência, e de declarações, são fruto do choque natural que uma Pandemia provoca na sociedade. Garantiu que a equipa de sensibilização e informação do ministério da saúde está a trabalhar no terreno para eliminar as incertezas, dúvidas, e a circulação de notícias falsas sobre o coronavirus no seio da população.
Paulino Monteiro, é outro motoqueiro que se manifestava ruidosamente contra a vacinação em curso. Segundo ele, o coronavirus não existe em São Tomé e Príncipe. Dinheiro, é outro problema que instiga o protesto de alguns santomenses contra a vacinação. Condicionam a toma da vacina, com a recepção de dinheiro.
«Muito dinheiro de coronavirus entrou no país. Eu não recebi.» Declarou o motoqueiro Nelson Silva Barbosa.
Paulino Monteiro, também reclamou pela não recepção de dinheiro que chegou ao país no âmbito do combate à Covid-19. «Distribuíram dinheiro para algumas pessoas. Nós não recebemos. Não vamos vacinar», frisou o motoqueiro.
Genoveva Bastos, enfermeira e coordenadora do posto de vacinação, rejeitou o protesto dos motoqueiros. Segundo a técnica de saúde, a população de São Tomé e Príncipe, beneficia de uma importante oferta da comunidade internacional em vacinas para evitar a propagação da Covid-19. «A população deve aproveitar esta oportunidade e proteger-se contra a doença. Não se vacina as pessoas a troco de dinheiro», pontuou a enfermeira Genoveva Bastos.
A equipa de sensibilização do ministério da saúde, tem pela frente um grande desafio. Combater os boatos em torno da Covid-19 em São Tomé e Príncipe, e provocar uma mudança de mentalidade e de atitude de alguns populares em relação ao processo de vacinação em curso.
Abel Veiga
Sotavento
28 de Junho de 2021 at 9:26
“Eu não vou vacinar.Não vou vacinar porque S.Tomé não tem coronavirus”
Que ignorante, burro ,inculto…por isso estamos como estamos.Que sabe um tonto deste,que base tem para dizer semelhante barbaridade?
Mal agradecidos