Parceria – Téla Nón / Rádio ONU
Aposta do continente é inocular 10% da população mais vulnerável à Covid-19 até o final de setembro; OMS vê esperança e inspiração com queda semanal de 1,7% em novos casos do novo coronavírus.
A África teve uma queda de 1,7% de novos casos da Covid-19 na última semana. O continente reportou quase 282 mil pacientes durante o período, revelou a diretora regional da Organização Mundial da Saúde, OMS, para África.
Nesta quinta-feira, Matshidiso Moeti disse a jornalistas, em Brazzaville, que “não se deve ter ilusões porque a terceira onda não chegou ao fim na região”.
Inspiração
Para Moeti, os recentes dados são “um pequeno passo em adiante que oferece esperança e inspiração, mas não devem mascarar o panorama geral do continente”.
A chefe regional da agência explicou que muitos países ainda estão em risco de alcançar o pico da terceira onda, com as celebrações, esta semana, da festa muçulmana do Eid.
A queda de casos acontece após oito semanas consecutivas de aumento rápido. Até o momento, a região notificou pelo menos 109,7 mil mortes entre os 4.634.617 infectados.
Uma das razões para a desaceleração semanal é a queda acentuada registrada na África do Sul. Mas há receios de que no país, concentrando a maior parte dos casos do continente, tenha ocorrido “um desenvolvimento de curta duração”.
Vacinas
Entre os maiores desafios apontados pela OMS está a distribuição de vacinas. O aumento deve ser entre cinco a seis vezes mais rápido que o atual, para cumprir a meta de imunizar 10% dos mais vulneráveis na população até o final de setembro.
Moeti lembrou que os países de alta renda administraram 62 vezes mais doses por pessoa do que as economias de baixo rendimento.
Estimativas do Banco Mundial indicam que US$ 9,5 bilhões seriam necessários para comprar vacinas suficientes para garantir uma proteção adequada na região. Outros US$ 3 bilhões devem ser investidos para financiar as operações associadas ao processo.
População
Para ilustrar o atraso do continente na imunização, Moeti disse que apenas 20 milhões de africanos estão totalmente vacinados. O número corresponde a 1,5% da população africana.
Apenas 1,7% dos 3,7 bilhões de doses administradas globalmente foram para a África. A região deve receber meio bilhão de doses ainda este ano através do mecanismo Covax, liderado pela OMS e parceiros.
Moeti disse que para responder a este fluxo de imunizantes, os países da região devem melhorar sua prestação com esforços para aumentar a aceitação, expandir as operações, investir em custos operacionais e lidar com a confiança nas vacinas.
Povinho
25 de Julho de 2021 at 10:40
A OMS anda desnorteada. África não precisa de acelerar vacinação para atingir metas. Afinal, querem vacinação ou competição? Melhor não acelerar porque os dirigentes africanos com inclinação para o autoritarismo, pensam que devem aplicar as medidas ditador do presidente Emanuel Macron nas obrigatoriedade do certificado de vacina para àqueles que vão aos eventos. Muitos têm já as doses completas, no entanto são obrigados a fazerem testes se viajar. Onde estão as eficacias das vacinas? Não vêem cá me dizer que levam tempo para que as pessoas fiquem imunizadas. Isto é mais negócios para enriquecimento das indústrias farmacêuticas. Há muita gente que não compreende isso, e só estão para julgar àqueles que ainda não receberam ou não querem. Mas o tempo dirá se as coisas correrem mal, não quero dramatizar ninguém, mas esperam que isto ainda pode ser pior que a pandemia.
Um bem haja.
Fui