Termina no dia 1 de Outubro, um Atelier de reavaliação participativa das Áreas Chave para a Biodiversidade (KBAs) de São Tomé e Príncipe.
O evento aberto no passado dia 27 de Setembro, foi organizado pelo ponto focal nacional da Convenção para a Diversidade Biológica (CBD), em parceria com o Secretariado das Áreas Chave da Biodiversidade e a BirdLifeInternational, bem como os seus parceiros, o Missouri BotanicalGarden (MBG), WildlifeConservationSociety (WCS), a Fundação Príncipe e o projeto Flora Ameaçada, no âmbito do projeto ECOFAC6, financiado pela União Europeia, e o CEPF.
Segundo a organização do evento técnico-científico teve grande relevância para o país, «pois contou com a participação de peritos científicos e técnicos, locais e internacionais, bem como de representantes de organismos públicos e privados com interesse na matéria da biodiversidade».
A organização do evento explicou para o Téla Nón que as Áreas Chave para Biodiversidade (KBA) «são sítios que contribuem significativamente para a persistência global da biodiversidade em sistemas terrestres, de água doce, marinhos e subterrâneos».
Mais ainda «representam os sítios mais importantes para a conservação da biodiversidade a nível mundial, e são identificados a nível nacional utilizando o Padrão Global da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)».
No atelier ficou provado que a definição das áreas chave para a biodiversidade é uma ferramenta crítica para a conservação, acionável a nível local, nacional e global, uma vez que pode ser utilizada pelo Governo local ou agências de financiamento para orientar ou investir na conservação.
Em 2016, o Conselho da União Internacional para a Conservação da Natureza reviu o Padrão Global das Áreas Chaves para a Biodiversidade e criou a Parceria das Áreas Chaves para a Biodiversidade, incluindo 13 organizações líderes em conservação, para implementar este novo Padrão Global.
Todos os sítios, Áreas Chaves para a Biodiversidade anteriormente identificados, incluindo os sete (7) sítios existentes em São Tomé e Príncipe, bem como outros potenciais sítios críticos para a conservação a nível nacional, devem assim ser reavaliados face aos novos critérios científicos, para atualizar a base de dados mundial de Áreas Chaves para a Biodiversidade. – (keybiodiversityareas.org),link: WDKBA
«Os critérios incluem, em particular, o critério A1: Espécies ameaçadas, critério A2: Ecossistemas ameaçados e o critério B1: Espécies restritas geograficamente», explicou a organização do evento.
A reavaliação das Áreas Chaves para a Biodiversidade(KBAs) para São Tomé e Príncipe teve uma primeira parte de formação e capacitação e uma segunda parte de avaliação à partir dos dados mais recentes disponíveis de fauna e flora.
Durante a semana de trabalho intenso, o grupo reavaliou com sucesso as áreas protegidas de São Tomé e Príncipe (o PNOST, o PNP e os ilhéus Tinhosas) consoante os novos Padrões Globais da União Internacional para a Conservação da Natureza e formulou recomendações para outras áreas de interesse crítico para a conservação, a serem reavaliadas numa segunda fase.
Segundo a organização uma restituição pública deste trabalho será proposta, com data a ser comunicada ulteriormente.
Téla Nón : Parceria com a BirdLifeInternational
