Sociedade

Ministra da educação garantiu aos professores que não vão ser despedidos

870 professores contratados durante a pandemia da Covid-19, dizem que tiveram a garantia da Ministra da Educação Isabel Abreu, de que não vão ser despedidos no quadro das medidas de austeridade anunciadas pelo Ministro das Finanças.

No quadro da política de saneamento financeiro, o Ministro das Finanças, Genésio da Mata, apresentou como uma das medidas a redução do número de funcionários na função Pública.

O ministro das finanças descreveu a massa salarial na função pública como sendo pesada, envolve 5 milhões de euros por mês.

O pagamento dos salários na função pública consome 83% das receitas arrecadadas pelo Estado. Genésio da Mata, disse que o setor da educação é um dos alvos da redução do número de funcionários.

«Tivemos nos últimos tempos um aumento significativo dos efectivos na administração pública. Grande parte do incremento do pessoal terá ocorrido no período da pandemia, sobretudos nos sectores da saúde e educação. No sector da educação passou-se do regime duplo para o triplo, e houve necessidade de contratar mais professores. Agora é preciso verificar se aqueles professores que foram contratados a título transitório já foram dispensados do Sistema», afirmou o ministro das Finanças em Dezembro de 2022.

Preocupados, os 870 professores contratados no quadro da pandemia da covid – 19 para reforçar o sistema nacional de ensino, reuniram-se com a ministra da educação, cultura e ciência Isabel Abreu, na segunda feira 9 de Janeiro de 2023.

«Na sequência da conferência dada pelo ministro das finanças Genésio da Mata, viemos saber com a ministra da educação se haveria ou não o despedimento do pessoal. Depois do encontro com a ministra ficou garantido que realmente os professores não serão despedidos», declarou Adilson Esperança, porta voz da Associação Nacional dos Professores Novos.

Para que não restem dúvidas, o porta voz dos 870 professores reforçou que «queremos deixar claro que não haverá despedimento do pessoal docente, mais concretamente os professores contratados no período da Covid-19», frisou.

No entanto desde o mês de outubro do ano passado que os professores novos, não recebem o salário. Segundo Adilson Esperança a ministra da educação explicou que o processo para o pagamento dos salários já está avançado.

«Infelizmente temos vindo a trabalhar sem qualquer salário nas nossas contas bancárias. E isso é muito penoso», reclamou. .

Antes mesmo de serem implementadas, as possíveis medidas de austeridade já começam a provocar agitação social em São Tomé e Príncipe.

Abel Veiga

3 Comments

3 Comments

  1. Ralph

    11 de Janeiro de 2023 at 6:09

    Isto parece ser nada bom! Por um lado, gastar 83% de todos os fundos arrecadados pelo governo na função pública realmente parece ser uma proporção excessiva. Para mim, isso não parece estar sustentável e essa proporção deveria ser reduzida até qualquer nível mais sustentável. Por outro lado, ninguem quer perder o seu posto de emprego. Porém, se os professores não estão a ser pagos, isso parece equivaler-se a um despedimento efetivo, mesmo se permaneçam empregados. Como já disse, uma situação deplorável.

  2. wilson veiga

    12 de Janeiro de 2023 at 18:29

    A decisão de reduzir o número de funcionários na função pública, especificamente no setor da educação, pode ter um impacto negativo na qualidade do ensino e na estabilidade dos professores e suas famílias.

    É importante lembrar que os professores contratados durante a pandemia já tiveram a garantia da Ministra da Educação de que não seriam despedidos, e essa mudança de posição pode gerar insegurança e desconfiança entre os professores e a comunidade.

    Além disso, o atraso no pagamento dos salários dos professores novos é uma situação inaceitável e pode causar dificuldades financeiras e angústia a esses profissionais.

    É importante que o governo de São Tomé e Príncipe considere as consequências sociais e educacionais desta medida.

  3. Clemilson brasileiro

    13 de Janeiro de 2023 at 20:29

    Lógico que não vão mandar os professores embora porque não estão doando gastos , porque não estão recebendo salários.

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