Sociedade

Grupo de médicos voluntários portugueses dá consultas e faz cirurgias em STP

Missão Humanitária decorre entre 19 e 26 de fevereiro

Um grupo de sete médicos portugueses parte no próximo domingo, 19 de fevereiro, para São Tomé e Príncipe numa missão humanitária organizada pela A.N.D.A.R. – Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatoide. Durante uma semana será prestado apoio médico à população, de acordo com as necessidades identificadas pelas instituições locais, ao abrigo de vários projetos elaborados pela Santa Casa da Misericórdia de São Tomé e da Congregação das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição. Integram a equipa médicos das especialidades de Ortopedia, Reumatologia, Pediatria e Dermatologia, bem como uma Médica Dentista e uma Farmacêutica, que se ofereceram para participar no projeto, num gesto solidário e altruísta.

Além das consultas diárias das diversas especialidades médicas, entre os dias 19 e 26 de fevereiro a missão humanitária prevê também realizar cirurgias ortopédicas de forma gratuita aos doentes mais carenciados. Estas cirurgias, serão realizadas no Hospital Aires Meneses.

Ao longo da semana será possível, com o apoio da Associação das Farmácias de Portugal, organizar e informatizar uma farmácia em são Tomé, de modo a melhorar o apoio prestado à população.

A A.N.D.A.R. reuniu ainda mais de 40 toneladas de bens. No âmbito dessa missão, serão entregues a instituições de São Tomé e Príncipe cerca de 500 livros infantis, mais de 10.000 lápis, 2.500 canetas, cadernos, blocos, 800 mochilas, entre outros materiais didáticos. Seguem, também, bens alimentares não perecíveis (arroz, esparguete, massa, leguminosas e papas infantis).

Esta missão humanitária, que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da Assembleia da República, junta o Estado Português e a sociedade civil na garantia dos direitos sociais, políticos, civis e culturais centrados no fortalecimento dos sistemas de saúde locais, tal como reiterado na “Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável”, da Organização das Nações Unidas. De acordo com o “Objetivo 3”, pretende-se “atingir a cobertura universal de saúde, incluindo a proteção do risco financeiro, o acesso a serviços de saúde essenciais de qualidade e o acesso a medicamentos e vacinas essenciais para todos de forma segura, eficaz, de qualidade e a preços acessíveis”.

A comitiva que seguirá para São Tomé e Príncipe integra António Lacerda Sales (Ortopedista), António Vilar e Patrícia Pinto (Reumatologistas), Maria do Céu Machado (Pediatra), Paulo Ferreira (Dermatologista), Rita Pereira (Dentista), Manuela Pacheco (Farmacêutica), José Eduardo Fonseca (Informático) e Arsisete Saraiva de Almeida (Presidente da A.ND.A.R.).

A partida está marcada para 19 de fevereiro, pelas 9h, e o regresso para dia 26.

Os OCS que queiram acompanhar as iniciativas desta missão deverão entrar em contacto antecipadamente.

4 Comments

4 Comments

  1. Antonio Nilson

    14 de Fevereiro de 2023 at 10:09

    Este é para publicar

    Agradeço Téla Nón por publicar este artigo online sobre o “Grupo de médicos voluntários portugueses dá consultas e faz cirurgias em STP.”
    
Como alguns de nós estamos fora do país, não temos o total conhecimento do que se passando dentro das ilhas.
    Ha dias pensei muito neste assunto até porque o meu pai trabalhou no Hospital Aires Meneses antes de falecer recentemente. Ele também foi um voluntário ativo na Cruz Vermelha em São Tomé e Príncipe. Meu pai foi voluntário em Angola durante a Guerra Civil para ajudar a curar os feridos. Isso é algo para elogiar. Ser um humanitário e ajudar os necessitados é uma coisa honrosa de se fazer. Também demonstra que a pessoa se importa com os outros.

    Achei essas duas linhas bem interessantes:
    a) Um grupo de sete médicos portugueses parte no próximo domingo, 19 de fevereiro, para São Tomé e Príncipe numa missão humanitária organizada pela A.N.D.A.R. – Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide. Durante uma semana será prestado apoio médico à população…”
    b) Além das consultas das diversas especialidades médicas, entre os dias 19 e 26 de fevereiro, a missão prevê também a realização de cirurgias ortopédicas de forma gratuita aos doentes mais carenciados. Estas cirurgias, serão realizadas no Hospital Aires Meneses.”

    Estou curioso para ver a próxima informação
sobre o progresso no relacionamento entre Portugal e STP.

    A maioria de nós, provavelmente, para
surpresa de alguns, não estamos completamente ou totalmente contra Portugal. Algumas pessoas podem estar lendo ou interpretando os nossos comentários incorretamente e possivelmente tirando conclusões precipitadas sem nos pedir para esclarecer as nossas posições ou pontos de vista de opiniões.

    Pessoalmente, sou 100% contra o neocolonialismo ou escravatura.
    
Nada mal estarmos abertos a negociar com Portugal como um parceiro igual, sem noções preconcebidas ou qualquer reserva. Portugal deve dar a STP e ao seu governo total autonomia para tomar as suas decisões de forma independente, sem interferências indevidas. STP é agora um país adulto, livre, democrático e independente.

    Apoiarei a cooperação mútua entre STP e Portugal com a condição de, “desde que uma mão lave a outra, para que todos ganhem; ambos, Portugal e STP podem vencer juntos.”

    O que a maioria das pessoas de consciência justa concorda é que STP, o seu povo e governo ou Estado Dantomense não podem de maneira alguma estarem sujeitos a receber ordens de Portugal.

    Percebes os limites?

    O mundo mudou.

    Vamos cooperar com Portugal e outros paises com igual respeito; igualmente em termos de direitos e responsabilidades. As decisões devem ser tomadas com sabedoria e legalidade enquanto todos nós mantemos respeitosos e vigilantes.

    Obrigado Téla Nón por compartilhar esta informação com a gente. Realmente deu me o prazer de ler esta notícia.

    Verdadeiramente seu,

    Antonio Nilson

    • VAI TU

      14 de Fevereiro de 2023 at 22:03

      Não percebo o que pretende dizer. Mas se é aquilo que percebi, gostaria de lembrar, que S.Tomé vive desde a INDEPENDÊNCIA das ajudas externas.
      Não há dúvida que determinadas organizações (e individuos), tiram proveito dos donativos.
      Mas desta vez não tem nenhuma razão o seu raciocínio, pois não é nenhum protocolo de cooperação, mas pura e simplesmente um grupo que decide ajudar os santomense.
      Que todas as ajudas fossem como esta que não é contabilizada nos acordos de Cooperação
      Bem haja

  2. Leonild Cassandre

    15 de Fevereiro de 2023 at 10:50

    Senhor Nilson, eu entendo a sua preocupação, embora esteja numa ordem um pouco sem grande jeito ou margem de compreensão. A ideia sua de preservar os valores da ” Independência ou Soberania”e”Democracia”, por assim dizer, é extremamente importante e louvável em todos os quadrantes do rácio lógico, penso eu. Eu, há dias, fiz algumas críticas sobre a saúde da nossa ‘independência técnica’ no ramo das forças militares e paramilitares. Por ai,sim, se observa quase que ordens e não aquela aplaudida cooperação. Fala-se de formações em curso aos militares e paramilitares, mas sempre temos gentes estrangeiras a presidir tudo. Não é que eu seja contra os estrangeiros, defendo-os do mesmo jeito que a nossa Constituição os defende. E mais, porque somos todos ocupantes deste planeta. Também porque não sei ver apenas homem, vejo ser humano. Deixando isso e tocar na ideia que me faz juntar a vocês nessa luta ou processo do desenvolvimento, quero dizer que precisamos esforçar um pouco mais, ter mais atitude, buscando estar em pé de igualdade, abandonando de verdade a sombra do colonialismo. Por terem mais dinheiro e experiência, não significa serem nosso chefe, instrutores e ajudadores para eternidade em diversas áreas de cooperação. Vamos usar a nossa faculdade mental com mais precisão, deixando de lado as coisas inúteis. Vamos estudar de verdade, ao ponto de sermos criativos e não mero canal de repetição dos outros. Deixo uma questão: Até quando vamos parar de importar conhecimento mais básicos que já devíamos ter? Temos tantos médicos como que não temos. Temos tantos oficiais das forças militares e paramilitares como que não temos. Temos tantos engenheiros como que não temos. Temos a Ordem dos Advogados como que não temos.
    Está quase toda gente olhando para o Estado como concorrente desleal. Buscando de toda maneira aumentar os seus patrimônios em detrimento do Estado e dos que nada têm e nem entendem facilmente das coisas.
    Aproveitando aqui a oportunidade, coloco uma questão em torno da bem vinda medida que o atual governo tomou contra o uso inadequado dos transportes do Estado. Esta medida não é extensiva às autoridades camarárias? Porque as viaturas do “Estado” nas mãos dessas individualidades não têm paragem. Eu sei que, administrativamente, podem achar que não. Mas estou falando do Estado no seu maior sentido. Que fique bem claro. Eu acho que esse povo não tem tanto assim para pagar tantos luxos dos seus injustos dirigentes. Essa medida não pode apenas contar com ‘energia da EMAI’ para andar. Arranjem, por favor, ‘um gerador’ para auxiliar o seu caminhar. Porque isto é parte do processo.

  3. Nilza Quaresma

    15 de Fevereiro de 2023 at 19:41

    Olá chamo-me Anilza Quaresma, dirijo uma ONG para crianças, menos desfavorecido das seguintes distrito de São Tomé e Príncipe, Lembá, Água- Grande, Mé- zochi, Cantagalo, são no total 367 crianças que estão sendo beneficiado pela ONG, e um dos maiores desafio que enfrentamos no campo, são materiais didáticos para que as crianças possam desenvolver suas atividades. Por o meu apelo é o seguinte,caso deseje nos apoiar por favor entre em contato. E caso deseje obter mais informações seria um prazer da- las.

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