Sociedade

Obras de reabilitação da marginal vão iniciar sem a Baía da Praia Lagarto

O Instituto Nacional de Estradas apresentou aos órgãos de comunicação social o plano de lançamento das obras de reabilitação e modernização da marginal 12 de Julho.

Obras que segundo o plano deverão iniciar-se em Março próximo. Protecção costeira, reabilitação da estrada que contorna a marginal, e a reconstrução da paisagem urbana que constitui a porta de entrada da cidade de São Tomé são as três acções que serão executadas em simultâneo.

Acções de engenharia civil consideradas pelo governo como estruturantes. Para além de potencializar o turismo, as obras avaliadas em mais de 25 milhões de euros vão criar dezenas de postos de trabalho e consequentemente mexe com a economia nacional.

Hélder Paquete, director do Instituto Nacional de Estradas confirmou que as obras públicas implicam a absorvam de importante mão-de-obra qualificada, nomeadamente pedreiros.

Questionado pelo Téla Nón sobre o facto de quase toda mão-de-obra qualificada santomense ter-se emigrado, Hélder Paquete, manifestou confiante de que alguns operários de construção civil poderão regressar ao país, e dar o seu concurso na reconstrução e modernização da marginal.

Os pedreiros, canalizadores, electricistas e outros ajudam a movimentar a economia e promovem a circulação de dinheiro nos sectores comerciais. O êxodo massivo desses operários ajuda a estagnar a actividade económica.

A marginal 12 de Julho estende-se por cerca de 10 quilómetros, entre a Vila de Pantufo e o aeroporto internacional de São Tomé. Foi dividida em três lotes.

O financiamento do governo dos Países Baixos (Holanda) e do Banco Europeu de Investimentos, em mais de 25 milhões de euros, só garante a execução da obra em dois lotes. O lote 1, que liga o aeroporto internacional e a subida do hospital Ayres de Menezes, e envolve a Baía da Praia Lagarto ficou de fora.

Hélder Paquete explicou que o valor do financiamento foi definido desde o ano 2016. O tempo necessário para a mobilização do capital, não permitiu que as obras começassem naquele ano. O Surgimento da COVID-19 e outras alterações económicas registadas no mundo provocaram a inflação dos preços dos materiais de construção e não só. Por isso, o fundo inicial tornou-se incapaz para reabilitar toda a marginal.

Segundo o director, o governo já está a negociar com o Banco Mundial, a atracção de investimentos para o lote 1.

Segundo o plano de obras, o financiamento para modernizar os mais de 2 quilómetros do lote 1 atinge mais de 12 milhões de euros.

No entanto as obras de modernização dos lotes 2 e 3, que se estendem da Baía de Ana Chaves até a Praia da Vila de Pantufo vão demorar cerca de 2 anos.

Abel Veiga

2 Comments

2 Comments

  1. Sem assunto

    31 de Janeiro de 2024 at 10:50

    Está gente , é falsa, simulada deveriam todos estar no banco de réu por arquitectar contra a nação e pela formação de quadrilha.
    Reparem que há um tempinho atrás estava tudo aposte para o início da obra, hoje, ficamos a saber de que a mesma foi dívida em blocos e apenas está garantida 2 dos 10 kms.
    12 milhões de euros não é exagero pará 2 kms de estrada num país de rastros como é o nosso? Precisamos de obras tão cara,quando mal alimentamos, não temos hospital, habitações dignas para jovens e idosos, água potável, remédios etc?
    Isto é imoral isto é gestão danosa!
    Está na hora para este povo deixar de ser covarde, bêbado, festeiro, traidor, passar a unir e sair em massa para rua exigindo medidas e planos que dê rumo às coisas, do contrário este país nunca mais arrancará.
    Este apelo é extensivo a todos mesmo aqueles, egoístas e arrogantes da nossa praça que acreditam estarem bem e salvos porque têm um empreguinho bom(?) e novo tacho, deste modo as brincadeiras e anarquia governamental não os atinge, engano total pois todos somos afetados quando as coisas são mal conduzidas, basta ver que por aqui ficamos vida numa miséria sem fim, uma vida de esperança e sonho adiado.

  2. Sabino Gumão

    1 de Fevereiro de 2024 at 10:32

    Eu como santomense não aceito essas mentiras. Primeiro dizem que já há financiamento total para obra. Depois aparecem três empresas que me parece que o acionista principal é o mesmo dono das três. O dinheiro já começar a diminuir. Agora só tem valor para lote 2 e 3. Patrice Trovoada tenha vergonha na cara, pelo menos desta vez. Onde anda Ministério Público? Onde anda Tribunal de Contas? Os partidos Políticos devem pedir explicações ao Governo para observarem os contratos desta obra.
    Para bem de todos.

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