As técnicas da medicina tradicional chinesa no tratamento das doenças prenderam as atenções doa alunos do Instituto Superior de Educação e Comunicação.
Ficaram a saber que a Acupuntura é o principal pilar da medicina tradicional da China. Um tratamento para todas as dores do corpo, que desintoxica o organismo, e que alivia as doenças respiratórias como asma, rinite e a sinusite.
Agulhas finas são implantadas através da pele, activam os nervos e músculos e facilitam uma melhor circulação sanguínea. A ventosa, um nome conhecido em São Tomé e Príncipe, no entanto praticada de forma diferente, é outra técnica da medicina tradicional chinesa, que foi apresentada aos estudantes de comunicação.
«Os alunos de comunicação são mais sensíveis e curiosos em descobrir algo diferente», foi a justificação dada por Xu Yingzhen embaixadora da China em São Tomé e Príncipe por ter escolhido o Instituto Superior de Educação e Comunicação para a apresentar da medica tradicional chinesa.
É também tradição em São Tomé e Príncipe, o uso da medicina tradicional. Nas ilhas verdes do golfo da Guiné, há vários séculos que cascas, raízes e folhas são utilizadas para tratar de doenças. «É uma terra ideal para a medicina tradicional chinesa, porque é mais fácil as populações locais aceitarem este tipo de tratamento», precisou a embaixadora Xu Yingzhen.
A diplomata chinesa que definiu o ano 2024 como o ano de promoção e divulgação da cultura da China em São Tomé e Príncipe, considera a apresentação das técnicas da acupuntura, uma cultura milenar, como mais uma acção da campanha de intercâmbio cultural entre os dois países.
«A medicina tradicional chinesa é um componente muito importante da nossa cultura. É um tratamento milenar utilizado até os dias de hoje. Muitos chineses quando estão doentes, a medicina tradicional é ainda a primeira opção de tratamento e cura, porque é um tratamento muito seguro», frisou.
O Ministério da Saúde representado pelo médico Bonifácio Sousa, corroborou com o projecto da China de levar o ensinamento da medicina tradicional aos centro de formação de São Tomé e Príncipe.
«Face aos custos elevados que são impostos pela medicina convencional, sendo um país de baixa renda e atendendo a conjunta global, marcada por ameaças nomeadamente as alterações climáticas, torna se necessário a adopção de políticas que visam a integração da medicina tradicional chinesa como alternativa ou complemento da medicina convencional», pontuou o médico que é também director do centro nacional de endemias.
Na cerimónia o Instituto Confúcio de São Tomé e Príncipe, recebeu tem agora o desafio de para além de ensinar a língua chinesa, promover também o ensino da acupuntura e de outras marcas culturais da China.
Para Agostinho de Sousa, Presidente do Instituto Superior de Educação e Comunicação de São Tomé e Príncipe, os alunos tiveram a oportunidade de se inspirarem nos valores da medicina tradicional chinesa para reflectirem sobre o que é a medicina tradicional no arquipélago santomense.
A ser aplicada há mais de 2000 mil anos na China, e com bastante sucesso, a acupuntura pode abrir caminho para a nova geração de santomenses resgatar os valores da medicina tradicional, que no passado tratou e salvou muitas vidas santomenses que não tinham acesso aos centros de saúde convencionais.
Abel Veiga