O novo acordo ortográfico para a língua portuguesa esteve em debate em São Tomé e Príncipe.
Docentes, investigadores, agentes educativos e individualidades ligadas à língua portuguesa. Todos numa sala repleta para discutir e refletir sobre a norma ortográfica a utilizar na revisão e atualização dos livros didáticos do ensino básico e secundário em São Tomé e Príncipe.
Inês Cardoso, professora da Escola portuguesa de Santarém, considera que “o acordo ortográfico só diz respeito a ortografia. Não diz respeito à variação, às variedades, às variantes. Às variedades ganham muito mais conhecendo-se, enriquecendo-se reciprocamente”.
Para Madalena Teixeira da Universidade de Aveiro “é natural que haja mudança, que haja variação”.
Manuel Neto, da Universidade de São Tomé e Príncipe, considera que não há outro caminho senão adotar o novo acordo ortográfico.
«Hoje em dia, o computador nos corrige. Quando estamos a escrever uma palavra que tenha dupla consoante, aquela não pronunciável, o computador logo nos marca o erro. Isso não é imposição, é a necessidade de acompanharmos o evoluir da própria dinâmica da língua».
Os professores e alunos têm instrumentos que ajudam a lidar com uma eventual transição entre as normas ortográficas.
«Há muitas ferramentas. Há conversores ortográficos, softwares simples e relativamente ligeiros que podem ser descarregados para o efeito. Até de ponto de vista daquilo que se pode fazer com os alunos para trabalhar, há recursos disponíveis» – assegurou Paulo Costa, docente da Universidade de Évora.
O novo acordo ortográfico foi ratificado por São Tomé e Príncipe em 2006. Passados 18 anos, continua sem ser aplicado no país.
José Bouças
Edson Neves
19 de Maio de 2024 at 17:01
Não fica claro se nessa discussão estevam representantes do Ministério da Educação e a Presidente da Assembleia Nacional. Se esses agentes não estiveram presentes, a discussão se torna mais uma vez improdutiva como tudo em São Tomé, país de paralisia. É preciso pressionar o Governo e a Assembleia Nacional para tomarem providencias afim de que o citado Acordo entre em vigor. Será que o Primeiro Ministro Patrice Trovoada e a senhora Presidente da Assembleia Nacional conseguem explicar à sociedade por quê esse documento normativo ainda não entrou em vigor? Por quê os documentos oficiais do Estado ainda utilizam a ortografia superada? Apenas, afim de comparação, apesar de ter lá seus problemas também, seus desafios como qualquer nação, no Brasil o Acordo Ortográfico entrou em vigor desde 2009 e pode ser consultado em sites oficiais a exemplo
Por quê em São Tomé o sitio oficial do Governo ou Assembleia Nacional não disponibiliza o citado documento normativo? Será que é falta de interesse? Por quê o país assume compromissos internacionais (acordos, tratados, convenções, atos, etc…) se não os cumpre?
Dos países que fazem parte da CPLP São Tomé e a Guiné Bissau são os piores, seus representantes sempre deixam a desejar na postura.
Só tem habilidades para mentir, ludibriar, desviar recursos públicos e reprimir o povo.
Até quando essa situação?
Celio Afonso
20 de Maio de 2024 at 9:11
Esta é uma das razões que contribuem para o insucesso escolar dos alunos são-tomenses nas universidades Portuguesas.
Qual é o problema de Sao Tomé em aplicar o acordo ??
santomé cu plinxipe
20 de Maio de 2024 at 16:27
Um idioma em via de extinção, se próprio portugueses não sabem nem gostam de expressar em português, aprender português é dar um passo atrás na vida..
Joao Batepa
21 de Maio de 2024 at 8:21
Quero ver se conseguem implementar alguma coisa! Roubar e baiar só que vocês sabem!