S. Tomé e Príncipe é dos poucos países da comunidade de língua portuguesa que não dispõe de um instituto nacional de saúde pública.
«Em 2019 quando houve a pandemia da covid-19, o país viveu à braços porque não dispunha de um instituto de saúde pública que pudesse responder com a componente de investigação de surtos. Também viveu à braços com a falta de técnicos capacitados para enfrentar esses eventos e é necessário que S. Tomé e Príncipe tenha esse instituto para que o país possa caminhar com os seus próprios pés» – disse Bonifácio Sousa, Diretor do Centro Nacional de Endemias.
O decreto-lei que cria o instituto, o plano estratégico bem como o estatuto já foram elaborados e submetidos ao governo para a aprovação.
O Diretor do centro nacional de endemias destaca a urgência na sua instalação tendo em conta os vários perigos que ameaçam a saúde pública mundial e que S. Tomé e Príncipe não pode ficar indiferente.
O responsável alertou sobretudo para os perigos à solta na sub-região africana.
«Aí na nossa costa africana há sempre o reaparecimento de surtos de ébola: Estamos a viver nesse momento surtos de febre amarela, da dengue, da chikungunya e não esquecendo também do vírus da varíola. Temos que estar preparados».
Para a criação do instituto nacional de saúde pública, S. Tomé e Príncipe conta com o apoio técnico da rede do instituto de saúde pública da CPLP.
José Bouças
