Sociedade

Palaiês estão a ser formadas para fabricar conservas de peixe

O Projeto Tatô da Associação MARAPA, uma ONG exclusivamente santomense, está a formar as palaiês (vendedoras de peixe) na transformação e conservação do pescado.

Manuel Mendes, consultor internacional contratado pela Associação MARAPA, já está a formar as mulheres que comercializam o peixe em São Tomé e Príncipe. Pelo menos 20 delas.

«A formação é sobre as técnicas de conservação do peixe, os cuidados higiénicos e alimentar», afirmou o consultor.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, financiou a aquisição dos equipamentos para a transformação do pescado, e paga o consultor para a formação das palaiês.

«Vão perceber de início ao fim como se processa o fabrico de uma conserva», frisou Manuel Mendes.

A formação termina no dia 22 de setembro. O consultor prometeu regressar a São Tomé para garantir o acompanhamento das palaiês na transformação do peixe em conservas.

Arminda Bom Jesus, Presidente da Associação MARAPA, descreveu o impacto que iniciativas como essas podem ter no crescimento do rendimento das famílias e na economia nacional.

 «Compramos latas de sardinha a um balúrdio. Se as palaiês começarem a produzir localmente, vai ser excelente para o país e para elas. É uma maneira de empoderar as palaiês», afirmou.

As palaiês já começaram a trabalhar na transformação do peixe. Alguns exemplares de conservas já foram saboreados.

A conserva do peixe de São Tomé e Príncipe é feita com óleo de palma. A folha de micocó também entra como ingrediente. «É um espectáculo. São essas coisas pequenas que ajudam o povo», desabafou a Presidente da Associação MARAPA.

O mar de São Tomé e Príncipe tem dezenas de variedades de peixe. O atum é uma das variedades abundantes, mas o arquipélago não tem nenhuma unidade de transformação do pescado para consumo interno, ou para a exportação.

Enquanto isso anualmente, as embarcações estrangeiras capturam largas centenas de toneladas de pescado no mar de São Tomé e Príncipe para alimentar a indústria de conservas além fronteiras.

Abel Veiga

1 Comment

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  1. ANCA

    12 de Setembro de 2024 at 14:58

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