A Comissão Intersindical de educadores e professores de São Tomé e Príncipe, denunciou esta quarta-feira o governo por falta de compromisso para o cumprimento do memorando de entendimento assinado com o executivo anterior que prevê medidas para melhorar a situação dos docentes, sobretudo o aumento salarial.
Segundo a Comissão Intersindical “dos 22 pontos que constituem o referido compromisso”, assinado com o governo, liderado pelo ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, que pôs fim a greve geral na educação somente uma pequena parte está a ser cumprida.
«Quanto ao subsídio de transporte, não tem havido um cumprimento integral (…) o processo para (a) mudança de categoria está bastante moroso, e ainda não se tem nenhuma informação relativamente a promoção de professores com largos anos de serviço», denunciou o porta-voz da Intersindical, Emerson Ferreira.

A comissão reclama ainda a falta de informação sobre o processo do reajuste salarial já anunciado pelo governo para este ano.«Até a presente data a comissão [intersindical] ainda não foi convidada pela comissão multissetorial criada pelo governo conforme o prometido de modo a estar devidamente informada e desta forma tranquilizar os professores», disse o porta-voz na leitura do comunicado.

A Intersindical lamentou ainda o a falta de abertura por parte de vários membros do governo, incluindo o primeiro-ministro para a analisar a situação.
«Até agora ele (primeiro-ministro) não nos recebeu (…) também o ministro das finanças não nos recebeu (…) já neste governo a senhora ministra da educação também não nos recebeu”, lamentou outro membro da intersindical, Clementino Boa Morte.
“Está em aberto que haverá uma reação dos professores”, avisou Clementino Boa Morte.
O aumento do salário base constitui a principal exigência da classe docente que apela ao diálogo para o cumprimento de memorando assinado com o governo há cerca de um ano para a melhoria das condições salariais dos docentes.
Odjay Ceita