Sociedade

40 meninas desfavorecidas recebem ajuda financeira da parceria entre as fundações Vida Nova e Merck

A iniciativa da Fundação internacional Merck, em parceria com a Fundação santomense “Vida Nova” atende as crianças mais desfavorecidas, com destaque para as que são vítimas ou fazem parte de famílias onde reinam a violência doméstica e o consumo de álcool.

Em todo o território nacional, a Fundação Vida Nova, liderada pela primeira Dama Fátima Vila Nova seleccionou com o apoio do ministério da educação, um total de 40 crianças. Cada uma delas recebeu através dos seus pais ou encarregados de educação, um total de 5510 dobras, equivalentes a 220 euros.

O financiamento tem um único objectivo, garantir a educação das crianças. «É um apoio para as crianças não desistirem da escola, uma vez que sabemos que há pais com carências», afirmou a primeira-dama de São Tomé e Príncipe.

Fátima Vila Nova aproveitou a entrega do apoio financeiro às famílias beneficiárias para sensibilizar as mulheres, a assumirem com determinação a sua emancipação. Aliás, a maior parte das crianças que receberam ajuda financeira está sob tutela das mães.

A iniciativa das Fundações Merck e Vida Nova nasceu no Fórum das primeiras-damas de África. Segundo Fátima Vila Nova, nesta primeira fase apenas as meninas são contempladas com a ajuda financeira. Uma decisão que se enquadra no programa definido pelas primeiras-damas de África de promover o empoderamento das mulheres.

A continuidade do apoio financeiro a cada família beneficiária depende do desempenho escolar da menina. «As que não tiverem aproveitamento escolar, será retirado o apoio, e entregue a outra criança, a ser selecionada pelo ministério da educação», explicou a primeira-dama de São Tomé e Príncipe.

O apoio financeiro para aquisição de materiais didácticos, uniformes e outros equipamentos escolares, é anual. Os cálculos feitos pelas famílias indicam que 5510 dobras (220 euros), são mais do que suficientes para financiar as despesas com a educação de uma menina durante um ano lectivo.

A iniciativa solidária abarca as meninas da quinta ao décimo segundo ano. Investir na educação das crianças é para a Igreja Católica uma arma para combater a pobreza. Presente na cerimónia de lançamento do apoio financeiro às meninas mais carenciadas, o padre Fausto Matos, disse que a pobreza que flagela São Tomé e Príncipe não é só financeira, mas sobretudo mental.

«Pode-se organizar a vida com pouco. Às vezes podemos ter muito, e não sabemos organizar a vida. Não só uma questão financeira, mas também ensinar, educar as pessoas, a gerirem o pouco que elas vão tendo, saber potencializar os meios que elas têm», declarou o Padre.

Segundo o padre, a educação é o instrumento para combater a pobreza mental.   

Jamila Rocha, mãe e chefe de família residente em Porto Alegre, prometeu investir o dinheiro que recebeu para garantir a educação da filha, Ariana Rocha. «Vou impulsionar a minha filha para estudar mais. Ela está na sexta classe, vou dar todo apoio para que ela estude e seja uma mulher de amanhã», prometeu a mãe, Jamila Rocha.

As primeiras-damas de África, promovem o empoderamento das meninas, porque consideram que parte significativa do futuro do continente negro, esteve e continua a estar nas mãos das mulheres.

Abel Veiga

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1 Comment

1 Comment

  1. ANCA

    31 de Março de 2025 at 12:21

    O Homem São Tomense, o estado São Tomense, a sociedade civil organizada São Tomense, as comunidades e diaspora São Tomenses, devemos ter a consciência que investir e cuidar das nossas crianças e jovens, cuidar das nossas mulheres e idosos é tirar o país da pobreza.

    Se se soubermos direcionar, políticas e ações, formações, acompanhamento, participações, apoio a classe feminina, estaremos a cuidar certamente, do enriquecimento, produtividade do país, logo do seu desenvolvimento sustentável

    Cuida do teu marido, cuida da tua esposa, dos teus filhos, dos teus pais

    Ajuda a desenvolver o teu país, a tua terra, as tuas gentes

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

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