As câmaras distritais e o governo regional do Príncipe já contam com planos de adaptação para enfrentar os impactos das mudanças climáticas. Os documentos, validados em um atelier, estabelecem diretrizes para ações e estratégias de captação de recursos financeiros.
Os planos locais e regionais de adaptação visam fortalecer a capacidade de São Tomé e Príncipe para adotar uma abordagem integrada de planeamento, reduzindo assim a vulnerabilidade do país aos impactos das mudanças climáticas. Incluem ações prioritárias definidas pelas câmaras distritais e pelo governo regional do Príncipe.
“Inundações, deslizamentos de terras e, em algumas áreas próximas ao litoral, a persistência da seca são desafios constantes. Outra preocupação relevante é a insuficiência de recursos financeiros para enfrentar essas questões relacionadas às mudanças climáticas”, destacou Cesaltino Fernandes, da UN Habitat.
Os documentos validados, com vigência de quatro anos, apresentam diretrizes para ações destinadas a mitigar os impactos das mudanças climáticas.
“Para lidar com as inundações, são apontadas, por exemplo, soluções como a construção de sistemas de saneamento e o planeamento urbano estratégico, incluindo áreas que possam contribuir para a gestão da água das chuvas.”
Os planos também indicam caminhos para a captação de recursos financeiros.
“A Local, entidade originada de uma agência das Nações Unidas (UNCDF), já está indicada como fonte de financiamento. Além disso, há também os tradicionais parceiros de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe”, avançou Cesaltino Fernandes.
Mé-Zóchi e Lembá, os primeiros distritos a elaborar seus planos, receberão financiamento ainda este ano para implementar ações prioritárias.
José Bouças
