Sociedade

Aprovado o plano estratégico de financiamento sustentável da saúde

São Tomé e Príncipe passa a contar, pela primeira vez, com um Plano Estratégico de Financiamento Sustentável para a Saúde, que abrange o período de 2025 a 2032.

A elaboração do plano foi orientada pela Matriz de Progresso do Financiamento da Saúde, uma ferramenta desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde.

São Tomé e Príncipe é o primeiro país lusófono em áfrica a aplicar esta metodologia com sucesso para orientar o desenvolvimento do sector da saúde”, destacou Diarra Abdoulaye, Representante da OMS.

O Plano Estratégico de Financiamento Sustentável para a Saúde surge num momento crítico para São Tomé e Príncipe, marcado por mudanças profundas no perfil epidemiológico do país. Há uma transição gradual das doenças transmissíveis para um aumento significativo das doenças não transmissíveis, como a hipertensão arterial e a diabetes, com impactos económicos e sociais importantes.

O documento propõe soluções para reduzir a dependência de financiamento externo e minimizar os pagamentos diretos feitos pelos cidadãos.

A decisão de alocar 14 por cento do orçamento nacional ao setor da saúde demonstra visão estratégica e liderança. A aposta no reforço dos cuidados primários de saúde revela-se acertada, pois é neste nível que se asseguram maior proximidade, eficácia na prevenção e equidade no acesso aos serviços”, afirmou Eric Overvest, Representante Residente das Nações Unidas.

Para o ministro da Saúde, a existência de uma estratégia de financiamento é uma luz orientadora que pode guiar o país rumo à autossustentabilidade do sistema nacional de saúde.

 “A estratégia tem como objetivo proteger os cidadãos contra despesas catastróficas com cuidados de saúde, propondo soluções e mecanismos exequíveis. A inclusão da saúde em todas as políticas públicas permitirá a criação de um fundo estatal comum para o setor, conferindo ao sistema maior resiliência e capacidade operacional independente, reduzindo assim a sua vulnerabilidade face aos impactos das flutuações económicas e das políticas internacionais”, sublinhou Celso Matos.

O plano, assenta em dois pilares principais: “Mais saúde com os recursos disponíveis” e “Mais recursos para a saúde”.

José Bouças

3 Comments

3 Comments

  1. Cherne Badejo

    4 de Julho de 2025 at 6:26

    antes de levarmos a cabo projetos, ações, políticas pública, há que ter em conta conceitos de transparência, organização, rigor, trabalho/trabalhar, boa governação, a responsabilidade/responsabilização, a justiça, a defesa, a segurança, a proteção, a emergência, bem como a sustentabilidade.

    Sendo o sector da saúde, junto a educação/formação de excelência, a economia e finanças, as infraestruturas, um dos pilares estrutura da sociedade a sua auto sustentabilidade é essencial, primordial, urgente, o modelo que temos seguido até aqui, é de todo insustentável, pois que uma coisa é ajuda ao desenvolvimento do sector da ajuda, outra coisa é a gestão do sector da saúde, exige uma visão mais ampla, multi-sectorial, multidisciplinar, avaliando sempre custo beneficio, eficiência, recursos disponíveis a montante/a jusante.

    Maior e mais recursos a saúde nem sempre significará melhor saúde, dependerá dos atores e responsáveis pelos sectores da saúde no país, bem como da abordagem que se pretende implementar….

    É essencial que este modelo jamais se reduza a financiamento por financiamento, necessidade de integração de uma abordagem política integrada da saúde, dada a especificidade da realidade social/economia/organização da instituição família, bem como das instituições, necessidade de definição de um modelo em que o estado de forma multi-sectorial, multi-interdisciplinar( saúde, educação/formação, segurança, justiça, a proteção social, a emergência, a sustentabilidade), acompanhe a vida , desde a sua conceção-gravidez(consultas regulares a gravidas, centro de saúde hospitais, acompanhamento/segurança, proteção social, durante o crescimento infantil/juvenil, acompanhamento na educação/formação, violência, gravidez precoce na adolescência maus tratos infantis e juvenis, na vida adulta, na terceira idade, a violência domestica, as doenças endémicas, as pandemias, as doenças transmissíveis, as doenças não transmissíveis, etc…ver rever o conceito de paz, sobretudo paz social), permitirá, acompanhar, conhecer, resolver e melhor resolver e adequar os recursos no sector, nas instituições

    Se cresceste aqui, estudaste aqui, vives aqui, ajuda a desenvolver o teu país, as tuas gentes, o teu território,..

  2. Cocovado

    4 de Julho de 2025 at 13:46

    Necessidade de uma abordagem de capacitação do país, das suas instituições de ensino, nomeadamente concretamente a Universidade de São Tomé e Príncipe, de cursos ligados a áreas da saúde, a medicina, a enfermagem, a veterinário, a farmacia, o diagnóstico/tecnicas de analises, etc…, bem como nas varias vertentes e ramos da medicina, da enfermagem, etc a qualificação/formação de excelência na aéreas da saúde a nível interno, desde funcionários de limpeza, os administrativos, a nivel de formação profissional/contínua, bem como a formação superior, formação contínua, para os tecnicos profissionais de categoria superior de em saúde, prefaz fundamental, urgente, por meio de parceria se consegue criar academia na áreas de saúde, bem como laboratórios de investigação…

    Por outro lado há necessidade de atração para o país de empresas de produção de medicamentos, de vacinas,(muitas espécies de plantas endemicas têm propriedades medicinais comprovadas cientigicamente), deve-se tirar partido da localização, ter um mercado de 300 milhões de pessoas com necessidades a satisfazer, bem como da dupla insularidade, bem como de paz social realitiva, é essencial

    Por outro lado o desafios ambientais, da poluição por componentes de plásticos deve-nos ou pelo menos deveria-nos fazer mover, tirar partido da economia circular, no aproveitamento reciclagem deste materiais para produção de componentes equipamentos hospitalar, como camas, cadeiras de roda, partes de equipamentos electrónicos, computadores, etc, …assim como produzir moldes, utensílios,( menos possível para alimentar e culinárias, cadeia alimentar), mas para brinquedos infantis, equipamentos para parques infantis, bancos públicos etc…tudo isto está ligado à saude…saude pública

  3. Conglogi

    5 de Julho de 2025 at 1:15

    Há um problema de saúde, ou uma das causas da problemática também ligada à saúde no país da qual, ninguém analisa, nem se estrutura para o futuro, que é a questão da habitação no país,…

    Vamos fazer cinquenta anos de independência, as construções que temos, que existem no país, quer em São Tomé quer no Príncipe, ja detém mais de um séculos de construção, constituindo assim também um problema de segurança, quer nos edifícios públicos, quer na habitação particular, quando os mesmos jamais têm capacidade de arranjar,…

    Há um outro aspecto e particularidade que vou me aqui debruçar, nomeadamente sobre a população rural, até dos arredores das capitais distritos, bairros

    Quero aqui chamar atenção nesta quadra festiva, ao Sr. Presidente da República, ao Sr. Primeiro Ministro, Sr.Ministro das infraestruturas, Sr. Ministro da Saúde, ao Sr. Presidente da Região Autónoma do Príncipe, aos Presidente das Câmaras Municipais, Presisdente da Assembleia da República Senhores deputados, a sociedade civil organizada, aos cidadãos,…

    Antes da independência o parque habitacional, concebido as populações nativas, eram ou cubatas, ou sanzalas, muitas delas hoje convertidas em habitações degradadas, onde habitam famílias numerosas, nas habitações de alvenarias de que conhecemos nos arredores das capitais distritos, ma região autónoma do Príncipe, têm o mesmo problema, famílias numerosas espaço habitacional desadequado com agravante, dos problemas de saneamento do meio( pessoas familias a fazer necessidade ao ar livre, na rua, ou nas latrinas quando têm)….

    Hora desde a independência já realizamos penso que três ou quatro sensos a população, a habitação, verificamos a nivel estatísticos que a população cresceu, e nunca tem havido preocupação sobre políticas publicas para habitação/urbanização, apesar de semos ilhas, o que tem constituído, as causas de violência doméstica, violência de género, violência infantil, maus tratos infantis, maus tratos aos idosos, violações, gravidez precoce, imigração da nossa juventude, problemas de higiene e saude publica, etc,etc…

    É tempo de debater esta questões, é tempo de pormos esta questão de habitação/urbanização na agenda, discussão pública, sem falar nas políticas de ordenamento do território inexistentes…

    É grave após cinquenta anos, continuamos a ter populações, familias a viver em situações degradantes de condições de habitabilidade, pais a viverem com filhas e filhos paredes e meia, ou ate a partilhar o mesmo quarto,(questões de promiscuidade, violência e violações), têm pessoas que se pode meter mãos nas tabuas e puchar em cuma da cama ou dentro de casa, isso é inadmissível nos tempos de hoje,….

    Sem falar de que quando ocorrem chuvas tempestades torrenciais, as pessoas e familias, vivem e dormem sobre agua…e estamos a falar pirâmide de uma população de base alargada, essencialmente jovens, que constituem um activo neste momento, mas que nem sempre vão permanecer jovens, pois que no futuro, se se jamais se investir, constituíram um encargo desvantagens ao estado,…pois que hoje já se sente reflexo desta realidade importa estar atento e inverter

    Pois que podemos ter casas de alvenarias, mas convenhamos de construção ordenada, e com devido saneamento de meio, ramais de acesso de agua, correios, luz, acesso a estradas, etc…

    Necessidade de um programa massivo de construção de habitação dignas no país

    Neste momento é um problema de subdesenvolvimento, de saúde publica, de ausência de paz social

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