Sociedade

Saúde ganha oxigénio nas vésperas dos 50 anos da independência nacional

Muitos santomenses morreram nos últimos 15 anos, por falta de oxigénio nos centros de saúde do país.

«Há 10 anos o país vivia com falta constante de oxigênio. Tínhamos de comprar nos países vizinhos, tínhamos de alugar barcos com botijas de oxigénio, e muitas vezes falhava. Alguns doentes morreram por falta de oxigénio, sem dúvidas», denunciou o ministro da Saúde Celso Matos.

Mortes à míngua, «muitas cirurgias foram suspensas por falta de oxigénio», reforçou o ministro da saúde.

A inauguração no dia 4 de julho do primeiro centro de produção e distribuição de oxigénio no hospital central Ayres de Menezes, tornou-se um marco histórico. «Tem significado maior por ser nas vésperas da celebração dos 50 anos da independência. São coisas que realmente nos tornam independentes», frisou Celso Matos.

O financiamento para a instalação do centro de oxigénio é exclusivo do Fundo Global. Através das suas subvenções, o organismo internacional apoia São Tomé e Príncipe na luta contra a Tuberculose, a SIDA e o Paludismo. À luz da pandemia da COVID-19, o Fundo Global alargou o apoio para a melhoria das infraestruturas de saúde.

«A doação financeira do fundo global permite ao país inaugurar um centro de oxigénio com capacidade maior, e que está instalado directamente aos serviços de maternidade e da pediatria, com oxigénio de forma segura e regular, sem perigo para a vida dos nossos utentes», explicou o ministro da saúde.

A doação do Fundo Global deu alento ao ministro da saúde, para dizer o que os santomenses realmente querem, nesta idade adulta. «Nestes 50 anos, são esses tipos de inaugurações que queremos para transformar o nosso país», pontuou.

O financiamento do Fundo Global permitiu a formação dos quadros nacionais para gestão do centro de oxigénio, cuja manutenção deve ser assegurada pelo governo.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, foi a instituição que fez a gestão do donativo financeiro atribuído a São Tomé e Príncipe pelo Fundo Global.

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Untuês

    6 de Julho de 2025 at 21:38

    Fazemos estas inaugurações, com pompas e circunstâncias, para daqui a meio ano, ou um ano, estar inoperante,..

    Como tem acontecido com equipamentos, maquinarias, obras, investimentos no país, carros, autocarros escolar, maquina de fazer gelo para pescado, elevador do bloco operatório, geradores da EMAE, obras de saneamento do meio, estradas, pontes, etc,…por falta de manutenções, cronograma de inspecção verificação manutenções

    Apesar da formação tecno-profissional, ha que responsabilizar a equipa de manutenção, os directores, os responsáveis, os técnicos, os engenheiros por vir a inoperância destes equipamentos, é uma questão de organização, de rigor, de trabalho/trabalhar, bem como de justiça, deve haver procedimentos a cumprir, associada a responsabilidade/responsabilização para a sustentabilidade preservação presente futura.

    Por outro lado a formação contínua interna essencial, formação técnica profissional essencial

    Pratiquemos o bem

  2. Conobia

    6 de Julho de 2025 at 22:20

    É preciso necessário, premente que estes equipamentos, sejam extensíveis, as unidades de saúde distritais, centros de saúde distritais, ao Hospital Regional do Príncipe, aos centros de saúde regional

    Para que quando for necessário, jamais se perca vidas, necessidade de encontrar parceiros, investimentos também para estas regiões distritais, bem como região autónoma do Príncipe

    É preciso desenvolvimento distritais e coesão nacional…

  3. Jorge Semeado

    7 de Julho de 2025 at 7:31

    Já é cíclico ( de tempos em tempos) inaugurar centros de produção de oxigenio em STP. O Japão já ofertou centro de produção de oxigenio a STP e foi inaugurado. Agora temos mais outro
    (“primeiro?) centro de produção de oxigenio a ser inaugurado, desta feita, doado pelo Fundo Global. Sem energia de qualidade e ininterrupta e sustentavel, não haverá produção regular de oxigénio, que ficará a mercê dos solavancos da produção regular ou não da energia. Por isso, a prioridade deveria ser dada a autosuficiência na produção regular e ininterrupta de energias limpas, baratas e amigas do ambiente. Mas infelizmente, os nossos parceiros internacionais recusam em nos doar uma mini central fotovoltaica de 5 Megawatts em cada um dos nossos distritos. Lamentavelmente. Doam medicamentos, doam filmes, doam colóquios, workshops, intercambios culturais, homenagens de todos tipos, computadores, etc,etc. Mas energia que beneficia a todos (crianças, adultos, velhos, militares, ministros deputados, peixeiras, agricultores, comerciantes, Funcao Publica em geral, estudante, etc, etc), “niet”. Os parceiros fogem da doacao em energia como o diabo foge da cruz. Porque será?

  4. Célio Afonso

    7 de Julho de 2025 at 9:18

    Ainda bem que a gestão do financiamento foi feita pelo PNUD.
    É aconselhavel que esta metodologia seja adoptada para outros projectos com financiamento de organismos internacionais de modo a evitar que o dinheiro seja desviado pelos políticos que não sabem fazer outra coisa além de roubar.

  5. juvenal bestial

    7 de Julho de 2025 at 9:36

    Minhas senhoras e meus senhores, meus conterrâneos, povo de São Tomé e Príncipe. As vezes criticamos por criticar, muitas vezes certas pessoas criticam como modo de aparecer, outros para mostrar sua indignação. Hoje eu quero perguntar se li bem estas frases…”«A doação financeira do fundo global permite ao país inaugurar um centro de oxigénio com capacidade maior, e que está instalado directamente aos serviços de maternidade e da pediatria, com oxigénio de forma segura e regular, sem perigo para a vida dos nossos utentes», explicou o ministro da saúde.

    Notícias dessas só deviam nos envergonhar. O Estado Santomense gasta anualmente milhares de Euros em carros de luxo para membros do governo, directores, Juízes, etc e hoje vêm nos brindar com este tipo de notícia,… “A doação do Fundo Global deu alento ao ministro da saúde, para dizer o que os santomenses realmente querem, nesta idade adulta. «Nestes 50 anos, são esses tipos de inaugurações que queremos para transformar o nosso país», pontuou”. Esse Ministro está mesmo a falar sério? Tal como foi o caso da Incineradora do HAM tivemos que esperar por doação. Passados 50 anos de independência os nossos governantes não conhecem ou não querem saber das nossas prioridades. Mas que tipo de dirigentes, governantes tivemos e temos durante esses 50 anos? Será que vamos continuar a ter esses mesmos para os próximos 50 anos? Viva 12 de Julho, viva São Tomé e Príncipe.

Leave a Reply

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top