Suplemento

Pai baleado, em risco de vida e o filho assassinado

Pai baleado, em risco de vida e o filho assassinado mortalmente em Portugal
Credo são-tomenses! Fogo! Incrível!

Apenas ao meio-dia de segunda-feira, 25 de Maio, o dia em que eu estava habituado a festejar, editar textos e trocar as mensagens de Boas Festas África, é que dei com uma trágica mensagem enviada à mim, a alta hora do dia anterior pela sobrinha da família vitimada, em que resumia ao assassinato com a morte do seu primo.

Um miúdo, hoje homem, que vi nascer e crescer na minha Trindade, Wiston Rodrigues de 35 anos e o seu pai, António Rodrigues de 56 anos de idade, haviam sido barbaramente assassinados por tiros com a morte imediata do filho, em Seixal – Portugal, no domingo, numa praça pública e à luz do dia. As imagens filmadas do terror de Paio Pires foram partilhadas pelos quatro cantos do mundo.

O Joel Rodrigues de 30 anos de idade, o sobrinho atacado e a sangrar ainda conseguiu fugir do palco do massacre hediondo contra uns indefesos.

Desdobrei-me no instante, a hora de almoço, em telefonemas e troca de mensagens que me informaram dos nossos conterrâneos haviam sido, sim, assassinados de forma macabra pelos vizinhos portugueses, de etnia cigana, por terem ido salvar e pedir contas à uma tentativa de sequestro e violação sexual à namorada do jovem morto ao tiro público.

Antes de regressar ao turno da tarde e mantendo-me fora das redes sociais enquanto exerço profissionalmente – uma opção que me dá jeito de liberdade – ainda tive tempo de ligar à São Tomé e rogar ao canal pessoal que desse a conhecer do crime ao embaixador António Quintas para diligências a altura.

Após a jornada laboral de treze horas, pus os pés em casa perto das nove da noite e a jornalista do canal da TV Record que fechava o noticiário de meia hora deitou-me abaixo e atingido na ética e moral são-tomense por causa do resumo: “Um jovem de 35 anos assassinado mortalmente, o pai de 56 anos alvejado e em risco de vida e, um terceiro indivíduo da mesma família ferido por rixas de ajuste de contas e tráfico de drogas em Seixal.” Tráfico de drogas!? Dei-me em lagrimal de revolta pelo infernal caminho aventureiro escolhido pelo trindadense, seus filhos e sobrinho.

Despejado do fato de rua com a precaução necessária de higiene e fuga ao Covid 19 que pudesse seguir-me na sua viagem contagiosa, ajustei a barriga e dei-me de volta, cabisbaixo, em telefonemas e trocas de mensagens. Como é possível, o António Rodrigues, o mais célebre alfaiate da sua geração na Trindade, a família e os familiares se meterem na droga? Meu Deus!

Fui de novo esclarecido de que os assassinatos com o tiroteio da parte portuguesa sem resposta dos são-tomenses, desarmados e a navegar há léguas em civilização, foram colocar em prática e com o punho ajustado à situação, a capacidade de diálogo do ser humano. Reabasteci-me de energia de que não havia nada de traficantes de droga na contenda assassina. Facultaram-me uma entrevista do jovem Wildeley Rodrigues, o irmão do malogrado apanhado no meio da guerra lisboeta que desmentia a versão criminosa da TV Record e do jornal português Correio da Manhã.

No Estado de Direito Democrático há matéria de crime, manipulação e ocultação de verdade que o advogado da família são-tomense deve sobejamente correr atrás com os direitos acautelados, já que põe em causa toda uma comunidade são-tomense que diariamente ajuda crescer a economia portuguesa e europeia.

Os são-tomenses dos finais do século XIX inovaram Lisboa, deram prestígio ao homem negro, rebeldia à pele serviçal e guarida aos estudantes africanos na Metrópole e lideraram no século XX os primeiros grupos de intelectuais negros que contestaram a colonização portuguesa e vieram a germinar décadas mais tarde a independência da África lusa. Aonde paira a solidariedade da diáspora?

No fecho do noticiário do canal da TV Record, haviam duas mulheres violadas no mesmo fim-de-semana em Lisboa, mas a nota informativa e assassina de Seixal, não deu valor à prisioneira pronta a ser violada pelos portugueses, o cerne do pedido de satisfação das famílias são-tomenses que pagaram com a tão apelativa vida de um jovem e ainda dois feridos brutalmente com o risco de cegueira e mais mazelas.

Quem irá cuidar das famílias e dos filhos? O António estará de volta são e salvo? Segundo a fonte familiar, os médicos andam de cirurgia em cirurgia e até a recompor um olho furado por um suposto garfo. O seu sobrinho aguarda a cirurgia ao nariz partido e olho furado. Os sobreviventes ativos, incluindo a jovem sequestrada já formalizaram a queixa criminal? Quem vai pagar o funeral? A deslocação familiar de Londres para assistir ao enterro do irmão? Mil e uma perguntas.

A imprensa portuguesa já nos habituou que em situação de agressões, assaltos, roubos e assassinatos efetuados pelos portugueses ciganos – há sempre almas a não merecer a generalização da etnia – contra os portugueses, brancos, os noticiários abrem com a manchete do português ter sido vitimado pela etnia cigana.

Entretanto, quando o episódio condenável passa-se nos mesmos moldes de crime efetuado por ciganos contra um preto, há uma cortina no palco para fantasiar a opinião pública africana. Os noticiários em catadupa e com as mais chocantes imagens relatam o ajuste de contas por tráfico de drogas. Qual a intenção da propaganda contra os pretos protegendo a parte portuguesa? Quem não sentiu a dor de um homem ferido por bala e no chão a receber paulada?

A TVS, os jornais, a rádio pública e privadas nas ilhas do meio do mundo passaram a macabra notícia da tragédia de domingo? Ouviram os testemunhos da terra? Correram atrás dos familiares agredidos em Portugal num país de acolhimento em que ajudam a economia? Ou será que as novas tecnologias não permitem a comunicação social das ilhas ouvir em direto à sua diáspora.

Na pandemia viral do Covid 19 os canais pela África vêm desdobrado em diretos auscultando o dia-a-dia da sua diáspora para dar um consolo e até ouvir experiências na aguerrida luta sentida na pele em diversas latitudes do globo. A moda ainda não chegou às ilhas?

Confrontei de novo São Tomé e fui informado de que o Embaixador, em Lisboa, já tinha encetado diligências de apoio social, psicológico e eventualmente jurídico à família do jovem morto e o pai em coma permanente no hospital Garcia de Orta, em Almada, margem sul da Grande Lisboa.

Eu já vinha de um final de domingo perturbado com as imagens de um Zé Povinho atirado a morte mais de vinte e quatro horas à beira de estrada, sem o socorro das autoridades vocacionadas. O Ministro da Defesa e Ordem Interna do XVII Governo veio acalmar a minha revolta. O responsável do turno de bombeiros já foi suspenso e foi instaurado o devido inquérito, a não vir morrer como uns tantos anteriores. Como é possível os familiares deixarem um seu ente mais de um dia a lutar na via pública contra a morte? Uma carrinha de caixa aberta e com a devida proteção levaria a vítima ao hospital mesmo estando infetado, o que não veio a ser confirmado.

Dormi um péssimo sono na segunda-feira que conheceu a aurora antes das quatro horas sem os habituais jornais das redes sociais que entopem ao meu messenger e e-mail com as notícias bombásticas contra os poderes instituídos, os consecutivos erros em números do governo face a guerra do Covid 19 e mais berros, comédias e cosméticos à mistura que estrangulam os valores do homem são-tomense.

Dei a volta aos “repórteres” das redes sociais que pela lógica harmoniosa de STP servem à nação e já nem precisam de pedir licença para entrar no meu habitat digital. Ainda assim, não tenho uma linha de contacto com os Anda Pligu (Abel e Pindô) e o Honório que lhes pudesse atirar com o meu grito de socorro. Lembrei-me de Jete Moniz e Octávio Bandeira, mas não temos a linha aberta. O Tela Non, tão oportuno, sofreu apagão durante uns dias como a Lua que foi ao escuro deixando os leitores famintos no “escuro-din”. Eu tinha de encontrar uma saída para viajar a notícia antes da corrida ao dia laboral.

Acordei Lisboa ainda não eram seis horas de terça-feira para dar-me as notícias da segunda noite do António Rodrigues, o neto do senhor Camilo, um dos mestiços vitimados pelo massacre de Cinquenta e Três. O alfaiate de Água-Cola ainda lutava com a vida após o tiro que lhe atirou ao chão e seguido de paulada, dezenas na cabeça em plena praça pública não distante do corpo morto do seu filho assassinado pelos criminosos portugueses.

Antes das sete horas de Lisboa, acordei o Danilo Salvaterra e pedi-lhe que me consolasse com um grito de socorro nas redes sociais para tocar na consciência dos são-tomenses e também na dos portugueses. Consegui através da Anatília Rodrigues, a sobrinha do homem em coma, o telefone do seu primo, o irmão do defunto e passei ao doutor Salvaterra que se prontificou no imediato a gritar ao mundo e diligenciar na medida do possível em corridas jurídicas de socorrer à família são-tomense.

Ainda guardo dolorosamente as imagens sangrentas e criminosas de uma portuguesa, a dona Catarina, a branca de mota, de 51 anos, casada com São Tomé e Príncipe pela solidariedade às desprotegidas crianças e assassinada mortalmente nas ilhas por um indivíduo atacado de fúria laboral. Bastaram horas para o fugitivo criminoso ser detido e prestar as contas duras com a justiça da minha terra. Passado das 96 horas do crime, aonde andam os portugueses que assassinaram os são-tomenses?

Estamos todos afetados com as mazelas do Covid 19, mas o governo são-tomense ainda não pediu explicação à Lisboa nem tão pouco o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal veio dar explicação. Ah! Os são-tomenses ao seu leve-leve e mais, os assassinatos ocorreram no quintal vizinho, eu não estou nem aí?

Recentemente e no uso das redes sociais, nós e às dezenas e dezenas colocamos no corredor de morte uma galinha de ovos de ouro para apoderarmos dos seus ovos. Coisa impossível e deselegante, embora termos sido carregados durante os nove meses no balão uterino e conhecido o mundo entre as pernas de mulheres para não citar o leite da vida, apesar dos avanços da ciência. Deus valeu-lhe e aquela adorável criança que gesticula sempre nos seus diretos, “Mãe, estou na quarentena, não estou doente”, das armas empunhadas não por dois homens e companhia, mas até por mais bizarro que pareça, também por virgens imaculadas que no berço aprendemos “a mulher não chama nome à mulher”. A maldade humana não mede limites. Eu acrescentaria, “o homem de dignidade não chama nome à mulher”.

Não se deve misturar as águas, mas refiro-me a Noemy Medina, uma cabo-santa e filha do senhor Teodoro, o mais famoso horticultor de São Gabriel e do Campo de Milho, hoje bairro residencial, a menina que sem mesmo a conhecer, apeguei-me e tornei seu fã devido ao relato e a praticabilidade da sua religião do bem, Coração Solidário, salvador há mais de uma década de vidas em São Tomé e Príncipe.

Ofereceu casa e formação com a bolsa de estudos em Portugal aos conterrâneos, mais de uma centena. Deu aula universitária e quase foi esbofeteada por um ministro. Foi desempregada e corrida do seu país, mas o cordão umbilical enterrado fundo no Chão Sagrado não lhe permitiu soltar-se dos seus velhos do lar de Palmar e das crianças adotadas pela sua sensibilidade não política. Anda a recolher dinheiro para no contexto de Covid 19 e adiante dar mais saúde aos são-tomenses.

Ao António e ao sobrinho Joel, que Deus interceda nas rápidas melhoras. À dona Isabel, respetivamente, a esposa do António Rodrigues (ferido) e mãe do jovem assassinado mortalmente em Portugal, aos irmãos, filhos, à família e aos familiares enlutados recebam a solidariedade de pesar pelo descanso eterno de Wiston. RIP!

Eu deveria estar aqui a noticiar o assassinato de são-tomenses, trabalhadores na diáspora portuguesa ou a gritar “kidalêô!” “Kidalêô!” Não. Nem é o convite de pegar em armas de ódio ao encontro da vingança que empoleira a mente humana.

A senhora ministra dos Negócios Estrangeiros, Elsa Pinto, já pediu as contas ao seu homólogo português? Os 55 deputados da Nação já pronunciaram publicamente, por vídeo conferência, condenaram o ato e se solidarizaram com um minuto de silêncio pelo assassinato dos são-tomenses? A sociedade civil está no meio da barricada de Covid 19 e, é compreensível que o assassinato na sua diáspora, seja um caso de menos relevo.

A insignificância que 22 de Agosto remeteu os são-tomenses, invertendo os valores, impera-me a solicitar aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos PALOP, a vir em socorro da família massacrada em Portugal, através de uma reunião ministerial da CPLP com caráter de urgência vídeo-conferência para pedir explicação e responsabilidade ao seu homólogo português.

Este macabro assassinato público não pode ser mais um caso isolado a juntar aos tantos outros com as mãos de sangue dos portugueses, etnia cigana, contra os pretos e encobertos intencionalmente pela imprensa como ajuste de contas do tráfico de drogas e o silenciamento pelas autoridades.
A culpa não deverá morrer solteira.

28.05.2020

José Maria Cardoso

13 Comments

13 Comments

  1. Cléria Viegas

    29 de Maio de 2020 at 13:36

    Parabens ao ator deste excelente texto, que retrata muito claramente os últimos acontecimentos violentos que têm sofrido os irmaos Saotomentes, tanto com comentários agressivos contra uma mulher que tem um coraçao solidário nas redes sociais como vísicamente, e levando a morte infelizmente de dois. Um por falta de assistência, e o outro morto friamente por uma comunidade de etnia cigana. Parabens Zé Maria Cardoso

    Cléria Almeida Viegas

    • Jose

      28 de Outubro de 2020 at 6:08

      O racismo não deve ter lugar nas páginas informativas, este tipo de situações pode passar em qualquer parte do mundo com ciganos ou outra comunidade qualquer em Portugal ou em São Tomé. A gasolina que o senhor deita na fogueira pode ser o rastilho de fazer com que uma comunidade se volte contra uma outra.

  2. luisó

    29 de Maio de 2020 at 14:25

    Nota de rodapé:
    “Bastaram horas para o fugitivo criminoso ser detido e prestar as contas duras com a justiça da minha terra. Passado das 96 horas do crime, aonde andam os portugueses que assassinaram os são-tomenses?”
    – vivem lá 11 milhões e nas ilhas 200 mil…..se o senhor conhecesse a sociedade cigana saberia que encontrar um homem procurado pela policia junto dos ciganos é como procurar uma agulha no palheiro…e mais não digo.

    “mas o governo são-tomense ainda não pediu explicação à Lisboa nem tão pouco o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal veio dar explicação”
    – caro amigo, os poderes estão separados, o governo não se mete no trabalho investigação de homicidio da PJ que tem de ser seguro e factual e é inimigo da pressa. Trata-se de um homicidio, lamentável com certeza, mas é mais um dos muitos que acontecem. Depois desse caso já aconteceram mais 3. Os governos não tem de dar explicações sobre homicidios, cabe á justiça resolve-los e julgá-los.

    “A senhora ministra dos Negócios Estrangeiros, Elsa Pinto, já pediu as contas ao seu homólogo português? Os 55 deputados da Nação já pronunciaram publicamente, por vídeo conferência, condenaram o ato e se solidarizaram com um minuto de silêncio pelo assassinato dos são-tomenses? ”
    – e em stp já fizeram o mesmo pelo homem que morreu na estrada sem auxilio? os deputados ou o PM já se manifestaram?

    Fique bem……

    • Seabra

      30 de Maio de 2020 at 1:55

      ….e onde andam os assassinos criminosos, que massacraram o economista mestiço Jorge Pereira dos Santos, na sua própria casa em STP, embora 03/06/2018. Onde se encontram os assassinos do nosso saudoso amigo Jorge Santos ?
      Compadeço e solidarizo com todas as víctimas e aos seus respectivos familiares.
      Têm que se fazer JUSTIÇA para cada uma dessas víctimas.

  3. Antonio

    29 de Maio de 2020 at 23:42

    Este texto podia ser magnífico. Não o foi por causa de uma pouca demagogia barata: os Santomenses são queridos e amados em Portugal. A grande maioria dos que por aqui labutam são também Portugueses, o que foi ignorado, no caso das vítimas de outros portugueses malfeitores assassinos. O texto tenta por todos os Santomenses contra todos os Portugueses, um erro crasso.
    Ah! A Dra. Noemy um encanto de Mulher e de Cidadã. Também luso-Santomense. Que os invejosos inúteis maltratam. Justiça há de ser feita.

  4. Rui Martins

    30 de Maio de 2020 at 16:41

    Como leitor assíduo do Téla Nón não posso deixar de expressar algum desconforto perante um certo teor do conteúdo jornalístico do seu artigo.
    Lamento a tendência possível para possibilitar a deturpação do significado de “Delinquência” de consequências criminais, com o bom sentido de acolhimento do povo português, independentemente da cor da pele, crença ou origem do acolhido.
    Em Portugal, um cidadão “Negro” não é um afro-lusitano: é um cidadão PORTUGUÊS.

  5. King

    30 de Maio de 2020 at 16:45

    Texto racista e xenófobo vindo de alguém que não conhece minimamente a realidade de Portugal.

    Os Ciganos são populações nómadas, na Europa existem milhões de ciganos e cerca de 50 mil habitam em Portugal, vivem em guetos, têm a sua língua própria, não se integram na sociedade, não deixam as mulheres estudar, casam as filhas com 11-12 anos, não pagam impostos mas consegues obter ajudas sociais, andam sempre armados, estão normalmente envolvidos em negócios de tráfico de droga, contrabando, produtos falsificados, etc.

    É a população mais detestada em Portugal, em Espanha, na Alemanha, em França e em qualquer país onde habitam.

    Pedir satisfações ao MNE Português pelo crime de um cigano em Portugal é a mesma coisa que pedir contas ao MNE Santomense pelo aparecimento do coronavirus em São Tomé

  6. Rui Lima Martins

    30 de Maio de 2020 at 18:59

    Racismo e xenofobia, quando desprovidos de qualquer sentido, não são mais do achas incendiárias das relações entre povos.
    A generalização e fazer a analogia de “CIGANO” com “CRIMINOSO” é gravíssimo. Trata-se de uma afirmação lesiva dos mais elementares princípios de Direitos Humanos. Há de facto, ciganos criminosos. Não lhes pode restar outro caminho que não seja a penalização social de forma implacável.

  7. Inconformado

    31 de Maio de 2020 at 18:50

    Foi bom informar. Mas tem que ver se melhora este português.

  8. ze Maria Cardoso

    2 de Junho de 2020 at 10:20

    Caro “luisó” e primos:

    Gratos pela gentiliza dos desabafos e também do mimo.
    Todavia, três palavras não bastam para romper com a tradição.
    Qual a diferença entre o assassinato hediondo do jovem estudante Giovani (cabo-verdiano) em Bragança, do homicídio brutal por asfixia de George Floyd (afro-americano) em Minnesota e do bárbaro assassinato do estilista Wiston Rodrigues (são-tomense) em Seixal?
    Há uma confluência nos três atos: “a violência racial contra os pretos”.
    Os dirigentes cabo-verdianos viram juntar-lhes a comunidade nos EUA, Holanda, França, Portugal e confins do mundo e até do bispo português no grito e na marcha de revolta para clamarem “Justiça”. O ministro dos Negócios Estrangeiros português surgiu a meter água na fervura:¨https://www.noticiasaominuto.com/santos-silva-manifestou-pesar-pela-morte-de-estudante-de-cabo-verde.”
    Os brancos, pretos e latinos americanos há seis noites que deixam os estados americanos a prova de fogo, balas, saques e tudo em reivindicação de “Justiça” com mais mortes, o que obrigou ao presidente Trump refugiar-se num “bunker”. Desde 11 de Setembro que nenhum presidente americano fugia ao abrigo.
    Os medias europeus vendem-nos desde 26 de Maio a violência e o saque americano em multidão contra a brutalidade racial. O mundo até do futebol, está de joelhos no chão na contestação a institucionalização do racismo contra o preto americano.
    A manifestação pacífica dos são-tomenses decorrida no último sábado, 30 de Maio, clamando “Justiça” não mobilizou fato e gravata lisboeta, nem compareceram os canais televisivos portugueses apesar da presença policial. Os outros povos mobilizam-se no grito de revolta, nós desmobiliza-mo-nos no leve-leve.
    A nossa pequenez, a subserviência mental e o nosso complexo de inferioridade abalaram a consciência são-tomense devido a apatia de não cuspirmos no prato em que alimentamos o dia-a-dia, apesar do suor pelo rosto de muitos anónimos.
    Deixem-me ao menos fazer um cerco humanitário ao Campo Grande (Lisboa) com as mãos de luto na cabeça como símbolo de “Kidalê ô!” agarrado ao manifesto escrito de confiar as autoridades policiais e judiciárias portuguesas a clamar “Justiça”.
    Não percam, por favor, a excelente oportunidade oferecida pelo Tela Non para condenar a barbaridade racial que matou com tiro o estilista negro, um homem que confecionou e ofereceu máscaras gratuitas contra o Covid 19 aos vizinhos pretos e brancos, dar fôlego de vida aos feridos e apresentar as sentidas condolências aos familiares de Wiston Rodrigues. RIP.
    Manos africanos! Junte-mo-nos à iniciativa de tornar Junho, o mês do início do boicote aos artigos vendidos nas feiras pelos ciganos.
    Enfim!
    JMC

    02.06.2020

  9. Melo

    6 de Junho de 2020 at 1:50

    Desculpe Amigo só para esclarecer uma duvida que você tem na cabeça… cigano não é sinónimo de ser português. Cigano é cigano,maior parte bandidos que só vivem da venda da droga….infelizmente esta merda de governo não impõe a ordem…ser português é o orgulho ser um povo conquistador,que trabalha para ter as suas coisas de forma digna…ao contrário dessa etnia oriunda da Roménia,sem raízes e cultura nenhuma….pois por que obrigar miúdos de 13 e 14 anos a casar e não ir à escola não é cultura. SOMOS UM PAÍS MOLE,DEIXAMOS ENTRAR TODA A CORJA! NÃO MANCHE O NOME DOS PORTUGUESES!

  10. Dádiva

    12 de Junho de 2020 at 23:58

    ´Que pena e tristeza a vida não se compra nem se oferece apenas cabe a Deus tirar e dar seja branco ou negro em qualquer parte do mundo. Acredito que ninguém gostaria que algo tão cruel acontecesse consigo ou a sua família. Nunca é tarde para enviar as minhas condolências as famílias enlutadas.

  11. Rodrigo José

    17 de Junho de 2020 at 13:48

    Os São Tomenses são genuinamente acarinhados pelos Portugueses. Pela sua humildade, trabalho e camaradagem. Sr. Autor, não estrague esta relação instigando ódios. Os meus pêsames aos familiares das vítimas deste trágico acto de barbárie.

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