Opinião

             O Mercado Financeiro Santomense

Apraz-me trazer para reflexão, uma situação que poderá estar a ruir por dentro o nosso sistema financeiro. Estou referindo-me aos bancos que é, e continua sendo o calcanhar de aqueles do sistema monetário e financeiro santomense.

São Tomé e Príncipe, nos últimos 10 anos, conheceram grandes globalizações no sistema monetário e financeiro do estado, com aparecimento de muitos bancos que na prática não significou o desenvolvimento do mercado financeiro santomense.

Actualmente o país conta com 8 Bancos, sendo um Central, que fiscaliza e dita as regras monetárias do país, um de Investimentos e seis Comerciais. O BISTP é o mais antigo é uma sociedade anónima, com participação do capital de estado santomense e português a conhecida Caixa Geral de Depósitos.

O Banco BCE, que actualmente é o Banco Equador, muito recentemente sofreu uma intervenção do Banco Central devido a incumprimentos e fraudes que fez com que o banco entrasse em insolvência cuja veracidade dos factos ainda se encontram por explicar.

Ainda na senda das intervenções temos os IslandBankoutro Banco também comercial, intervencionado de forma inexplicável o que assomaa um conjunto de ilegalidades que assola o País por falta de transparência. Os outros seis bancos Comerciais que não sabemos de facto qual papel têm desempenhado, tendo em conta o seu objecto (apoio as empresas, iniciativa privada, o empreendedorismo jovem) etc.

O que se torna ainda mais caricato nisso tudo, é um país com cerca de 180 mil habitantes, com uma economia não funcional, prova disto é o mercado deficitário sem dinâmica empresarial e com tecido empresarial completamente desativado, uma taxa elevadíssima de desemprego, sendo o estado o maior empregador, tem mais bancos que Portugal um país com cerca de 12 milhões de habitantes que tenta dar os primeiros passos devido a grande crise financeira que se instalou no país em que os bancos são os principais responsáveis.

Recentemente soube-se que o banco BGFI recebeu um encaixe financeiro de cerca de 600 milhões de dólares cuja proveniência ainda se discute no pais pela sua ilegalidade.

De alguns anos para cá, após o famoso e suposto falhado “ bum” do petróleo em S.Tomé e Príncipe alguns governantes têm enveredado por criação fictícias de empresas que são autênticos casos de polícia.

Pergunto quem são os verdadeiros depositantes dos bancos dos nossos compatriotas e quais são as suas proveniências? Terão estes recursos algo relacionado com a riqueza produzida no País?

Há uma corrente no país que se quer instalar a ideia de que todo o dinheiro “é bem vindo” e que este é o caminho que devemos todos seguir e que parece-me estar a animar alguns com a preponderância para nossa juventude e não só, que não vêm o meio para atingir o seu fim..

Que pais queremos construir em que a lógica sobretudo de uma determinada liderança assenta-se em enriquecimentos de qualquer proveniência e ligações perigosas.

Adilson Tiolo

10 Comments

10 Comments

  1. Belmiro da Graça Soares

    14 de Setembro de 2014 at 13:29

    Um coisa que muitas vez tem sentido falta é a Governança Corporativa no mercado financeiro do país. Reconhecendo que um dos pilares de Governança Corporativa é a transparência e que não pode ser apenas para acionistas de bancos mas também para instituições normativas e reguladoras no tocante as movimentações de recursos. Sei que alguns economistas do livre mercado irão dizer. O governo deve deixar o mercado caminhar. Se assim for (o governo deixar entrar recursos sem saber a fonte), o pais tornará em paraíso fiscal e lugares para branqueamento de capitais e quem sabe financiamento de terrorismo mundial. Para isto há necessidade de rever legislação sobre o Sistema Financeiro Nacional e intervenções mais transparente das instituições reguladoras com preservação da intimidade de correntistas

  2. Catinga Kleine

    15 de Setembro de 2014 at 12:35

    Que confusão que vai na cabeça desse rapaz?
    Que análise confusa e cheia de inverdades!
    Já agora o senhor já terminou o curso?
    Raios pah!

  3. Lévé-Léngue

    15 de Setembro de 2014 at 16:10

    São-tomenses só sabem fazer perguntas. Use as suas faculdades para apresentar respostas ou propostas de solução, pois já conhecemos todo esse diagnóstico há muito tempo.

  4. VIOGO

    15 de Setembro de 2014 at 17:55

    Isso de tantos bancos verdade cheia muita promiscuidade com cumplicidade dos politicos e afins deste país, e com beneplácito do BAnco Centra, psudoregulador. Como este jovem disse e bem, no essencial, com uma economia desta, como é possível haver tantos bancos… bancos com esse mercado que temos. Quantos depositantes existem? Isso só pode ter a ver com branqueamenmtgo de dinheiro. Mas é o país que temos nãlo mudará nunca. Os “transparências” que mamem o seu e se calem… justiça! bôbô!

  5. Pega Leve

    16 de Setembro de 2014 at 3:08

    Meu caro,
    Na opinião de um douto, se caso és, tu devias usar as suas faculdades perceptivas, ou seja, o teu semblante como de Davi ou de Salamão filho de Davi. Compreende-se, portanto, que talvez estejas preocupado com o desenvolvimento do sistema financeiro nacional, mas devias preocupar em obter respostas sobre a problemática do crédito mal parado e o nível elevado de incumprimento. Deves calcular que a falência dos bancos em STP está comprovada pela existência de grandes somas de dinheiro que se encontra na mão de pessoas anónimas e políticos, cujo processo de recuperação se encontram no patamar da Justiça. Já constitui motivo de uma tese.
    Obrigado

  6. carlos Boa Morte

    16 de Setembro de 2014 at 9:51

    Na minha modesta parte, alguém interveniente se refugiam de nome esquisitos para falar bobagem, penso que e a reflexão que Adilson Tiolo, tem fundamento mas é preciso que as pessoa aceitem as opiniões do outros e emitem com elegância os seu ponto de vista temo que deixar de preocupar com as pessoa e focalizar as nossos ideias que para o bem do país então uma questão de reflexão:
    1. os ditos créditos mal parada que o banco Central inúmeras os mesmo de sempre que já poderá delapidar e os Banco Comercias concede aos mesmo por vem deitar lagrima de crocodilo e procura de uma presa Fácil.
    2 . Não posso aceita que esta todo sector privada na mesma senda de, não vale nada, mas o que é certo este mesmo setor privado com todos os problema e fragilidade os ditos ministro também vão ao poder para criar empresa. mas estamos junto mas não estamos misturados.
    3. Se Estado deixara de fazer de conta estiver interessado para o setor privado AVANCE, então cada um deve fazer a sua escolha e não podemos ser religioso na manhã e na noite esta na casa de curandeiro a fazer penitência.
    4. o setor privada não aparece nas nuvens é preciso que estado seja clara a nas suas ~visão : o que quer, como e para onde deseja ir com metas e objetivos bem definido , não pode ser que cada mistro, cada Presidente, cada Secretária de estado é uma aldeia global dentro de si.

    O santomense gosta de encontrar sempre um culpada sem analisar com profundezas as causas e estão sempres a papara furo com camara velho .

    Carlos Boa Morte

  7. Sinto Triste

    17 de Setembro de 2014 at 11:04

    Quero primeiramente dizer que o que mais os santomneses sabem é falar, ja esta na hora e com tantos quadros, sem paredes de por-mos maos na maça. Deixar de falar e ir a pratica. Das dificuldades nos sabemos, encontremos agora a soluçao.
    Este Adilsom é mais um que esta a procurar uma oportunidade para seguir mesmo exemplo, por isso é falar barrato, nao conta. USEMOS A CABEÇA….

  8. Barão de Água Izé

    17 de Setembro de 2014 at 21:40

    Caro Adilson Tiolo: Se você tem um terreno, que não é seu mas sim concessão do Estado, consegue só com base nesse terreno obter empréstimos dos Bancos?
    Claro que não. Então como podemos ter um sector financeiro a sério?

  9. fernando dias

    18 de Setembro de 2014 at 0:25

    Caro Adilson Tiolo, grande tema para uma boa reflexão,,é pena que temos muitos economista no Pais, e nunca falou desse causo que vem ganhar forma cada dia que passa, tudos nós sabemos que bancos vivem dos contribuentes.. A democracia esta em causa .. temos que separar politica e negocio ,democracia não com vive com a opacidade a democracia existe a transparência por toda a instituição tem que ser transparente ,, enquanto alguma coisa ocorreu por opacidade então esta verdade tem que vir para cima e tem que ser punido o seus responsável .. não pode ter promiscuidade por aquilo que é interesse privado por mais legitimo que ele sejam ,,, e vida publica e, vida politica.. Nos não podemos fazer numa vida publica uma porta giratória entre o negocio e a vida publica ..o considero que existe uma politica invisível na sociedades santomense ..Parabens Adilson ..

  10. Adilson tiolo

    18 de Setembro de 2014 at 12:21

    Caros compatriotas fico deveras mente satisfeito e feliz por ter conseguido provocar o debate e motivar as reações.
    Assim também se fortalece o debate democrático em volta da questão muito crucial.
    São Tomé e Príncipe vive hoje uma crise gravíssima que nós coloca, enquanto comunidade numas das encruzilhadas mais determinantes da nossa história recente que chegou exclusiva da responsabilidade daqueles que nos últimos 39 anos e assumiram as rédeas da governação. Os efeitos da recessão mundial, a falta da estabilidade política, a desorganização da vida económica, a escassa experiência e o escasso talento da nova classe politica e incapacidade técnicas de um aparelho administrativo desmotivado não nos consentiram que fizéssemos grandes progressos desenvolvimentos económico e sociais Temos de reconhecer que esses aspetos decorriam também de fatores estruturais, pela vontade política, mas o certo é que reunimos a falta de vontade politica e a incapacidade técnica.
    Numa conjuntura económica que nos era desfavorável Sabemos que a pobreza está firmemente instalada entre nós, se bem que não disponhamos dos indicadores que a permitam avaliar, Inclusivamente, o desemprego e o clima de anomia que se verificou ultimamente nas relações de trabalho, que permitiu os atrasos nos pagamentos dos salários, Têm agravado de uma forma sensível o nível da pobreza. Isto não significa que não tenham sido feitos esforços sérios no domínio, das politicas socias, mas todos esses esforços na falta de um plano a medio prazo.
    A dolorosa transição para as sociedades Pós-industriais impõe, em toda a parte, revisões dos objetivos e das Técnicas das politicas sociais. O nosso relativo atraso poder-nos-á, nalguns casos, beneficiar e permitir-nos á evitar erros que os outros tenham entretanto cometido.
    Não podemos, no entanto, entrar em pânico e enxertar, nas linhas da acão que tivermos escolhido elementos que lhes sejam totalmente estranho.
    Não podemos ceder à tentação de, ao mesmo tempo, Preconizar a criação de estruturas do Estado de bem-estar e o desmantelamento dessas estruturas. As ideias só podem ser transportadas para o mondo real quando a realidade o exige.
    Só será possível desenvolvermos um pensamento político-social claro e coerente quando tivermos obtido a estabilidade de que necessitamos para voltarmos a ser revolucionários..

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