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O Trabalho dos Presos

A forma atabalhoada, irresponsável e pouco confiável, como os agentes políticos e governamentais da nossa terra estudam, refletem e tomam decisões políticas importantes que, podem condicionar, no futuro, para o bem ou para o mal, a vida das pessoas, sobretudo as mais vulneráveis, assusta-me.

A senhora ministra da Justiça e Direitos Humanos afirmou, recentemente, que os presos vão passar a trabalhar, doravante, para pagar a sua alimentação, tendo em conta os custos elevados, para o Estado, decorrente da manutenção de presos no único estabelecimento prisional do país. Rematou, posteriormente, que «…é preciso que esses presos vão para as empresas e comecem a trabalhar e uma das medidas é a utilização da mão-de-obra dos prisioneiros para a sua própria alimentação…».

Aquilo que poderia ser, em princípio, uma ideia fantástica, como mecanismo de ressocialização dos prisioneiros, contribuindo, deste modo, para a reintegração dos mesmos na sociedade, transformou-se, na boca da ministra, num ato penalizador para os referidos reclusos.

De acordo com uma resolução da ONU, salvo erro de 1955, existem regras ou condições mínimas para o tratamento dos reclusos e, entre elas, está lá tipificada o direito à alimentação. Se o direito à alimentação é uma condição mínima estabelecida para o tratamento de pessoas em regime de clausura, a sua transformação num expediente compensatório, decorrente da obrigação dos mesmos terem que trabalhar para usufruírem do referido direito, como sugere a referida ministra, pode configurar, ao meu ver, uma dupla penalização dos mesmos, suscitador de dúvidas legais e até constitucionais. Se os prisioneiros são obrigados a trabalhar para terem direito à alimentação, esta passa a ser, assim, também, um ato de natureza penal, com efeito cumulativo sobre a pena ou sanção, decorrente do ato praticado pelos potenciais prisioneiros.

É óbvio que isto provoca muitas inquietações e interrogações. Por exemplo: se o recluso não aceitar trabalhar, ele não terá direito à alimentação? E se uns reclusos aceitarem trabalhar e outros não, todos terão, de igual forma, direito à alimentação? Todos terão que fazer o mesmo tipo e natureza de trabalho, como limpeza das ruas e agricultura, (segundo as palavras da ministra) independentemente das suas qualificações, estado de saúde, competências profissionais etc.? Os reclusos terão direito a salário igual por igual trabalho desenvolvido por aqueles que não se encontram na condição de reclusos?

Estas e outras interrogações deveriam, preventivamente, ser objeto de debate e reflexão, transversalmente na nossa sociedade, para precaver situações complexas, no futuro, decorrente da aplicação da referida medida. Mas, infelizmente, na nossa terra, a irresponsabilidade dos decisores políticos leva-nos para caminhos como este, de difícil compreensão e aceitação, e, invariavelmente, como mecanismo de penalização dos mais desfavorecidos e vulneráveis da nossa sociedade. Assusta-me que a ordem dos advogados, por exemplo, e outras organizações não governamentais do nosso país ouçam estas coisas e permaneçam caladas e sem qualquer reação contributiva neste âmbito.

Eu sou da opinião que os reclusos devem trabalhar, mas como mecanismo que permita a ressocialização e a regeneração dos mesmos e contribua, preventivamente, para minimizar a prática de novos delitos. Mas isto não passa, necessariamente, por obrigá-los a trabalhar para pagarem a alimentação que usufruem no estabelecimento prisional, segundo as palavras da ministra, porque o Estado está falido e não pode comprometer-se com esta regra mínima para tratamento dos nossos reclusos. Sendo, assim, o Estado também poderia demitir-se de outras funções sociais, como a Educação e Saúde dos Santomenses, por exemplo, porque, também, neste âmbito, o esforço orçamental é grande e o país não tem dinheiro para tal. Neste caso, cada Santomense seria obrigado a contratar um ou mais professores ou médicos, pagando do seu bolso, para a resolução dos problemas individuais de saúde e/ou educação.

Todos os reclusos não devem, por exemplo, independentemente das suas aptidões físicas, qualificações profissionais ou competências, desempenhar um trabalho indiferenciado, como o de limpeza da cidade ou na agricultura, referenciados pela referida ministra, porque desta forma não estaremos a criar condições para a ressocialização e regeneração dos mesmos. Neste caso, quando saíssem da prisão, não estariam preparados, em termos de aptidão profissional, para as tarefas que, de facto, sabem fazer. Para alem disso, o dinheiro ganho pelos mesmos não deve servir, única e obrigatoriamente, para cobrir a despesa de alimentação em clausura porque seria interpretado, pelos próprios, como um mecanismo de dupla penalização. Deveria servir, sim, para ajudar a família que eventualmente está fora da prisão e, também, caso se justificasse, como propósito de indemnização das vítimas relacionadas com as práticas do crime praticados pelos referidos reclusos.

Estas, sim, seriam as premissas necessárias, para abrir um debate no contexto nacional, como proposta humana, defensora do respeito e direitos humanos de todos os Santomenses, independentemente da sua classe social, com o objetivo de preservar o exercício da liberdade, da segurança, bem-estar e igualdade entre os cidadãos.

E tudo isto é confrangedor e incompreensível porque acontece na mesma semana que o governo atribui viaturas luxuosas aos juízes, num país onde, segundo as palavras da referida ministra, não existe dinheiro para alimentar os presos e, como tal, estes têm obrigatoriamente que trabalhar para custear a sua alimentação em regime de clausura.

Tudo isto é feito pelas mãos de um governo que transformou o ministério da Justiça em ministério da Justiça e Direitos Humanos com o objetivo de proteger os direitos do Homem no país, acabar com perseguições políticas e de outra natureza e preservar a liberdade, através de exercício de um autêntico regime de direito democrático, coisa que os principais protagonistas do partido em causa proclamavam não acontecer anteriormente. É obra!

Adelino Cardoso Cassandra

 

24 Comments

24 Comments

  1. F.B

    25 de Janeiro de 2017 at 9:53

    Muito bem senhor Adelino Cardoso Cassandra. Infelizmente cá no nosso país sempre foi assim e isto não é uma novidade só deste governo. As pessoas não refletem de verdade sobre os nossos problemas e aparecem a dar entrevistas, muitas vezes falando de coisas que não sabem muito bem. Na minha modets opinião a senhora ministra deveria antes de tomar esta decisão, fazer um grande debate sobre este tema e pedir pareceres a vários especialistas. Depois dele estar na posse de argumentos ele poderia tomar uma decisão política bem fundamentada. Mas enfim é a situação que temos que conviver com ele durante muito mais tempo.
    Meus parabens pela crónica mais uma vez.
    F.B

  2. Conceição

    25 de Janeiro de 2017 at 10:07

    Em primeiro lugar os meus parabéns ao compatriota Adelino.
    É bom lembrar também as pessoas que é este governo que disse que iria defender os interesses do povo pequeno. Começamos todos a compreender de verdade que interesses de povo pequeno este governo quer defender ou está a defender. Se a senhora ministra estivesse a defender os interesses do povo pequeno ela não falava de barriga cheia como falou contra os presos que alguns fizeram o que fizeram tendo em conta a situação social e económica que o país se encontra sem empregos para os jovens e sem alternativas. Ela só fala assim dos presos e descamisados mas para os outros ela tem dinheiro para dar viagens, boas viaturas, estágios, etc. Deus é grande. Cá fazemos e cá pagamos.

  3. Guida Gostosa

    25 de Janeiro de 2017 at 10:10

    Chamou-me atenção a seguinte frase do artigo:
    “Assusta-me que a ordem dos advogados, por exemplo, e outras organizações não governamentais do nosso país ouçam estas coisas e permaneçam caladas e sem qualquer reação contributiva neste âmbito.”

  4. Justiça

    25 de Janeiro de 2017 at 10:25

    Parabens! Abraços.

  5. Boazona

    25 de Janeiro de 2017 at 10:29

    Esta ministra tem formação em que área? Formou aonde? Alguém pode dar esta informação, por favor.

  6. MIGBAI

    25 de Janeiro de 2017 at 11:58

    Excelente exposição meu caro Adelino Cardoso Cassandra.
    Agora permita-me que lhe diga algo que infelizmente tenho que lhe dizer.
    Sem duvida uma excelente exposição e análise dos objetivos das medidas limitadoras da liberdade dos indivíduos, e dos direitos que lhes assiste.
    Contudo meu caro Adelino Cassandra, a excelente exposição que fez, enquadra-se em qualquer exposição que se faça em países civilizados e democráticos.
    A sua excelente exposição não se enquadra infelizmente, neste nosso pais de brincadeira, onde quem manda é a corrupção, a ditadura, a pedofilia, os roubos, os furtos, a incompetência, a podridão do sistema político, mentes deturpadas, etc.,etc.,etc..
    Esteve e apresentou um trabalho excelente para umas ilhas, que nunca deveriam ter sido um pais, mas que o são somente, porque alguém aproveitando-se da onda de descolonizações levadas a cabo pelo evento da liberdade em Portugal, colocou o dedo não ar e os portugueses desejando de livrar-se destas ilhas, fizeram questão imediata de se verem livres delas, para o surgimento dos novos colonos pretos, que avançaram logo com uma ditadura muito mais grave e prejudicial, destruindo todo um frágil sistema financeiro e económico que embora fraco sempre funcionava.
    Assim, meu caro Adelino Cassandra, fez um trabalho como já disse merecedor de grandes elogios, mas infelizmente, fez um trabalho essencialmente destinado a países verdadeiramente democráticos e respeitadores dos direitos humanos, não para estas ilhas sem futuro e que deveriam ser a vergonha de quem um dia quis a independência delas somente para tirar benefícios em proveito próprio e em detrimento do seu povo.
    Sou e continuo sendo um grande admirador seu!
    Um forte abraço meu irmão.

  7. ANCA

    25 de Janeiro de 2017 at 14:42

    É com enorme satisfação, que aprecio este seu contributo, e manistação, nesta materia.Pois que assim deve constituir exemplo, na sua forma de contribuição para melhorando das deciçoes a tomar ou tomadas no País(Território, População, Administração).
    Por norma abstenho de comentar as opiniões dos meus concidadãos, julgo que deve ser defendida por quem as escreve e emite, juízo de razão valor saber, liberdade de opnião manifestação, contribuição, mesmo por vezes que discordando.

    Julgo que se se gerir administrar fosse facil, haveria poucos motivos para controversias para se manifestar, estar discontente, mas uma coisa é saber gerir administrar com conhecimentos, pareceres, trocas de ideias debates, saber ouvir reforçando a uma ideia opnião, mediante contributos, outra coisa é ter ou pegar numa ideia e achar que ela por si, resolvera todos os problemas, pois carece de tais questões; o porquê? o onde? o quando? O quanto? O como? Quem? O quê?

    Nesta logica a sua contribuiçao peloe expos acima deve ser aproveitado valorizado, incentivo mais que suficientes no anuncio da medida pela ministra da justiça , para melhoramento aceitação reformulação debates e pareceres, sobre a decisão, pois que é neste espirito de abertura ajuda mutua contribuição mutua que construiremos um País sociedade de progressos constantes.

    Que o anuncio da medida é imperioso julto de importancia para reinserção, bem como medida punitiva, para determiados tipos de delitos e crimes, até para prestaçao de serviço a população e a sociedade, bem formulada serve até de incentivo a formação trabalho e dignificação humana.

    Se se queres ver o País (Territorio/População/Admnistração)

    Acredita juntos somos capaz, juntos somos mais forte

    Acredita em ti

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    Bem haja A. Cassandra

  8. Atento

    25 de Janeiro de 2017 at 15:06

    Ainda por cima um governo que enche a boca e diz que vai governar para o “povo piqueno”. Se esta é a forma de governar para o “povo piqueno” então eu já não sei nada. Há dinheiro para comprar grandes carros para os senhores juízes que levou o senhor Bandeira a chorar e não há dinheiro para dar comida aos presos. É muito triste esta situação.

  9. Trindadense

    25 de Janeiro de 2017 at 15:10

    Ministra fraca. Num país sério esta senhora nem seria porteira de um grande hotel. Mas como estamos cá em s.tomé tudo é permitido.

  10. Teresa francisco de Jesus

    25 de Janeiro de 2017 at 15:12

    Mais uma vez o Sr. Adelino brinda-nos com um grande artigo. A Srª. Ministra de Justiça ” Boca de cão que come ovo” foi infeliz em dizer que o estado não tem meios para pagar alimentação aos reclusos. Gostaria de perguntar a esta ministra aonde o estado santomense arranjou tanto dinheiro para cerca de seis carros topos de cama para juízes corruptos, incompetentes , lambe botas, bajuladores, etc. Como é que se pode permitir estes mesmos juízes comprar carros que usavam anteriormente a preço de oferta e sem concurso publico. O carro anterior da maluca juíza Alice Vera cruz ficou 100 milhões de dobras (4 mil euros). Brincadeira.

    • Justiceiro

      26 de Janeiro de 2017 at 10:13

      Infelizmente senhora Teresa de Jesus é esta a brincadeira que estamos a viver. Alguns são mais Sãotomenses do que outros. Os juízes podem comprar carros que usufruiram por uma bagatela, para seu uso pessoal, e terem outros novos topo de gama para serviços e os presos do nosso país que alguns deles são vítimas da sociedade que os nossos governantes estão a criar não podem nem ter acesso a uma alimentação tendo em conta que o estado não trem dinheiro para lhes dar alimentação. É este governo que se diz defensor do povo pequeno.

  11. Fokotó

    25 de Janeiro de 2017 at 16:42

    Muita brincadeira neste país. Enfim.

  12. Nuno De Menezes

    25 de Janeiro de 2017 at 16:45

    A senhora ministra da Justiça e Direitos Humanos afirmou, recentemente, que os presos vão passar a trabalhar, doravante, para pagar a sua alimentação, tendo em conta os custos elevados;

    Eu pessoalmente via Online ouvi a Senhora ministra da Justica e Direitos Humanos Online via Radio Nacional de Sao Tome e Principe a mesma informou numa entrevista que os presos vao a passar a trabalhar neste ponto de vista concordo, meterem os mesmos a trabalhar a Pintar e a cortar as relvas daninhas que existem na cidade de Sao Tome e Principe e outras coisas mais…
    O importante informar quando isso acontecer esses mesmos presos sejam bem identificados com uma camisa a identificar os mesmos.

    O ponto muito estranho da mesma entrevista eu pessoalmente achei quem sabe outros podem nao achar e nao ter a mesma ideia, mais no entanto aqui deixo o ponto estranho;

    para pagar a sua alimentação, tendo em conta os custos elevados; a primeira ministra assim disse isso na entrevista;

    Eu o Povo gostaria de Saber qual ‘e o Valor que o Governo tem com os Presos em Sao Tome e Principe?

    O Valor elevado qual sera?

    A mesma forma a Senhora Primeira ministra Falou em Publico deveria levar Numeros em quantia de dinheiro que o Governo Gasta para os Servicos Prisionais dentro de Sao Tome e Principe.

    O Pobre e o Rico tambem pagam a alimentacao dos mesmos e outras coisas mais…

    Quem recolhe a infra-estruturas para isso acontecer ‘e o Governo, vem das taxas as multas que o Povo paga e outras coisas mais.

    Por essa Razao Gostaria de Saber o Valor em Gastos com a alimentacao e outras coisas mais… Portugal isso se encontra Publico Online para pessoas como eu saber e ler.

    Nuno Menezes
    Reino Unido,Lincoln

  13. EX

    25 de Janeiro de 2017 at 17:20

    Presos devem trabalhar nas Limpezas das Ruas e na Agricultura.

    Mas que brincadeira é essa?

    Presos devem ter ocupações Profissionais, que levam a integração e reinserção na sociedade, nas áreas que antes laborava de forma a quando da sua liberdade ter sempre de dar continuidade a sua vida normal,

    Mas mencionaram Limpeza das ruas porque as câmara Distritais com seus dirigentes medíocres não estão a dar conta porque colocam ai funcionários que são seus familiares e amiguinhos do partido e nada fazem para saneamento e limpeza.
    Agora trabalhar nas Roças, mas que roças? Estado não Privatizou (Vendeu) todas as Roças? Eles vão trabalhar para Privados?
    Ou vão ser escravizados e trabalhar apenas para comer?

    Pensem bem….

    Arranja actividades e trabalhos que enquadrem e deixam os preços ocupados sim, mas sempre pensando na reinserção dos mesmos e não como forma do Estado e o Governo abrirem mãos das suas obrigações.

  14. Rato

    25 de Janeiro de 2017 at 18:35

    Muito obrigado O GRANDE COMPATRIOTA, saiba que os seus artigos são tão importantes para mim, como o pão para a boca, é uma pena que no nosso país existe povo pequeno, não sabe ler, observar nem sonhar…

  15. Gueguê

    25 de Janeiro de 2017 at 18:53

    O nível dos governantes desde a independência nacional tem vindo a degradar constantemente. Deveria existir um sistema de seleção de governantes que evitasse que pessoas com poucas condições e preparação não ocupassem com facilidade cargos de ministros, diretores e outras cargos. Sinceramente que eu não sei como seria possível fazer isto mas seria uma ideia para explorar. O país tem muitos licenciados já mas isto não significa que todos tem qualidades para ser ministro, secretário de estado, diretor, etc. Eu tenho colegas que eu vejo que andam a dizer que tem ambição de serem ministros, diretores e outras coisas que eu vejo que são pessoas sem preparação ainda para estas funções. Muitas pessoas inscrevem nos partidos e transforma-se em grandes mobilizadores destes partidos mas são pouco competentes para ocupar cargos no governo. E muitas vezes são estas pessoas que vão ocupar estas cargos. Um país pequeno como o nosso não deve andar na brincadeira de andar cargos importantes para toda a gente. Tem que ser muito seletivo nesta coisa porque hoje em dia a competência é muito importante para se conquistar espaços e resolver os problemas das pessoas e das empresas. Basta ver o que Cabo Verde tem estado a fazer desde a sua independência. Se nós formos comparar os ministros de Cabo Verde com os ministros cá de S.Tomé, sem dispromor e sem querer ofender ninguém eu acho que os nossos ministros ficam muito mal na fotografia.

  16. ANCA

    26 de Janeiro de 2017 at 0:14

    Nas questões de gerir administrar, mas vale uma decisão do que decisão nenhuma.

    Esta é uma boa decisão, se os princípios for de trabalho comunitário a serviço da sociedade ou da comunidade, numa empresa, numa Câmara Municipal, na recolha separação dos resíduos sólidos urbanos, nas roças, na carpintaria, ma serralheria, limpezas das matas, importante necessário é a formatação da dignidade, bem como a formação de caráter e valências individuais, formação dos indivíduos cidadãos reclusos, para sua posterior devolução a sociedade, neste sentido a aferição de numerário, simbólico séria para ajudar as famílias, destes mesmos cidadãos na condição reclusos, ou as vitimas e lesados, bem como as custas judicias, suportadas pelo Estado, que neste caso somos todos.

    Depois seria incentivo a exemplo social, de que qualquer, que vier cometer crimes e delitos saberá de antemão que terá que contribuir para restabelecimento do dano que causou aos terceiros bem como ao Estado que somos todos, a nossa sociedade/comunidade.

    Mas esta decisão, futura medida jamais deverá ser implementada da forma como foi anunciada, pela Ministra da Justiça, deverá e deve colher vários contributos sociais, através de debates e pareceres técnicos legais, sobre direitos humanos.

    A que organizar estabelecer normas na nossa sociedade, imprimir a cultura de valor responsabilidade, e responsabilizar de modo a incentivar o exemplo, a moral, a ordem, desta maneira caminhando para fortalecimento da Justiça, Paz, fortalecimento do Estado do qual todos fazemos parte integrante, incentivando valor trabalho, sim trabalho este freio que dignifica o Homem.

    Um dia um pensador escreveu

    O ócio, a ociosidade, é que leva o Homem a desviar do que recto e correcto.

    Se se queres ver o País(Território/População/Administração), bem

    Acredita em ti

    Junto somos capaz, juntos somos mais fortes

    Quem quer ajudar, trabalhar, contribuir faz na hora, jamais fica a espera.

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  17. manuel

    26 de Janeiro de 2017 at 8:43

    Meu caro Adelino, a tua exposição foi excelente.
    Primeiramente temos que ver o país que temos e o peso do fardo que o país carrega.
    Basta ouvir um és recluso dizer que não importa matar e que vai para cadeia e que lá ele tem cama e mesa e que já está habituado a conviver com o ambiente.
    isso seria bom ter esses cidadãos a comer e dormir passear e não contribuir em trabalho nenhum mesmo para seu sustento?
    Se há trabalho para executar devem fazer e dentro de maior segurança sobretudo os reclusos criminosos reincidentes.
    A medida é boa mas tem que ser bem estudada e equacionada.
    obrigado

  18. Realidade

    26 de Janeiro de 2017 at 10:22

    O SR A.CASSANDRA deveria ser o conselheiro do Estado, mas pk? Mil razoes maravilhosas…. mas so vou apresentar uma…. o senhor tem ideias mais organizadas que o ESTADO SAOTOMENSE …. temos cidadaos muitos fracos (em tudo) a nos representar e por outro lado temos um primeiro ministro preocupado em agradar juizinhos(n sabem o significado das suas funcoes).Agora pensem ….
    Um paìs na extrema pobreza q vive de ajuda(mendingo), a MAIORIA povo na miseria e nao se ve um projecto social pra nada e no entanto ve se um primeiro ministro a comprar carros luxuosos para os juizes, pk seràaaaaa?
    Medo da prisao?
    Medo pra nao abrirem boca?
    Medo pra nao perder o poder absoluto?
    Medo de que?

    Melhor governaçao è aquela direcionada ao POVO…..
    Muitos sinais de corrupçao em STP …. cadê os juizes da terra? Aaaaaaaaa juizes?????? Estao a receber contrapartida do negocio….
    Que VERGONHA MEUS SENHORES….

  19. Gabinete do Primeiro-Ministro

    26 de Janeiro de 2017 at 10:30

    O país está numa situação muito lastimosa. Cada um desenrasca a sua vida. Quem pode avança e quem não pode morre no caminho. É triste tudo isto para um país com menos de 200 mil pessoas. Este episódio da ministra é o mais exemplar que pode comprovar isto mesmo. Ao mesmo tempo que ela dá carros novos e de luxo aos juízes pretende privar os detidos na prisão de alimentação. Provavelmente o preço dos carros novos que ela atribuiu aos juízes dava para pagar a alimentação dos detidos por 4 ou 5 anos. Ela está lá para defender os interesses das pessoas com poder e com posse e não os interesses das pessoas que mais precisam. Em condições normais os interesses dos detidos por uma alimentação, tendo em conta a situação deles, deveria estar acima dos interesses dos juízes em relação aos carros. Quando um governo privilegia os juízes dando-lhes viaturas para andarem a passear na cidade de um lado para outro e ao mesmo tempo diz que não tem dinheiro para pagar a alimentação dos presos, isto diz bem do caráter e opções deste governo. Muito obrigado senhor Adelino Cardoso Cassandra pela sua análise acertada. Os meus parabens.

  20. Carlos Drunan da Cruz

    26 de Janeiro de 2017 at 14:58

    Minha gente. O Estado existe para quê? O Estado cobra impostos e taxas para financiar as suas atribuições.
    A reinserção e/ou a socialização dos reclusos é normal. Agora obrigado a trabalhar para comer e vestir estes farrapos de SARJA(uniforme) prisional é contra lei, só se a senhora Ministra com as suas mão alterar a Lei? Porque a Lei existente não diz isto.
    Ou a senhora precisa de alguns presos para trabalharem a sua Gleba e a dos dirigentes do seu partido.

  21. malebobo

    26 de Janeiro de 2017 at 15:56

    excelente obra de reflexão, os nosso sinceros agradecimentos o Sr. Adelino cassandra

  22. Nosso Dubai

    29 de Janeiro de 2017 at 17:00

    Imagina, que um recluso é licenciado! Também vai varer Rua?

    • Nuno De Menezes

      2 de Fevereiro de 2017 at 12:42

      Senhor: Nosso Dubai

      O Recluso ‘e Licenciado tambem vai Varer a Rua?

      Aqui esta a resposta a questao;

      O mesmo sendo licenciado deveria assim dar o exemplo e nao parar na Prisao,a sua Licenciatura deu para a bandidagem por essa razao assim o mesmo ganha uma Licenciatura REGISTRO CRIMINAL com direito a album de fotos e pressao Digital e DNA na data BASE da Policia e Tribunal e Registro Criminal.

      O Mesmo tendo essa Licenciatura concerteza deve Limpar os esgotos da cidade de Sao Tome e Principe,Limpar e pintar.
      E dentro da Prisao Por ser Licenciado Pode Ganhar uma cama confortavel uma cela da Prisao diferente do que os Outros,mais deixar de Trabalhar infelizmente os mesmos assim tem que o faze,r e sentir na pel o mal que fez a sociedade aonde aprendeu a sua Licenciatura de um cidadao normal,mais no entanto passou a ser um CRIMINOSO.

      SAO TOME E PRINCIPE NO MEU PONTO DE VISTA A INFRA-ESTRUTURA DEVERIAM CONSTRUIR UMA NOVA PRISAO,para receber as pessoas com Lincenciatura como Por exemplo;
      Advogados,ADGOGADAS corruptos,Primeiro Ministros,Presidente da Republica e outros Mais…

      Sao Tome e Principe concerteza tem a colaboracao Com Outros Paises como Por exemplo PORTUGAL ‘e perguntar os mesmos aonde fica os Licenciados em qualquer Profissao quando andam fora da Lei Igual a pessoas Pobres que roubam por necessidade e nem Licenciados Sao.

      ‘E Caso de nos Perguntamos a nos mesmos Porque que ‘e necessario estudos e no final um com Grade A Licenciados Parram na Prisao.

      E Na infancia o Pai e a mae dizem, filho pega nos livros estuda para seres alguem na vida com bom vencimento e etc..,o Pai e a mae esquecem sempre de dizer isso;filho estuda abre os livros para seres alguem na vida e tambem para aprenderes nao ser corrupto.

      E eu Termino
      Bem haja licenciatura

      Nuno Menezes
      Reino Unido,Lincoln

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