Marta Dias
Saúdo todos os são-tomenses neste dia especial, o dia que celebra a independência e o nascimento da República Democrática de São Tomé e Príncipe. Para mim, o dia reveste-se de um significado simbólico muito especial. É o dia em que passam nas televisões as imagens de arquivo da Declaração de Independência, lida pelo meu pai, Nuno Xavier Daniel Dias, na Praça da Independência. É uma altura em que posso revê-lo, ainda que apenas no écran do televisor, pois ele faleceu muito cedo, em 1976.
O meu pai era um fervoroso defensor da democracia. Era um homem que tratava toda a gente por igual. Era, como dizem os seus colegas da Força Aérea, um “homem bom”. Generoso, amigo de ajudar, defensor da cultura e das tradições da terra que o viu nascer. A minha mãe e sua ex-mulher, Ana Duarte, conta-me que era costume ele visitar muitos compatriotas no hospital em Lisboa, vindos de São Tomé e Príncipe. Nas ocasiões em que estive em S. Tomé e Príncipe, ouvi relatos das muitas vezes em que ele desceu a locais perigosos para exemplificar aos trabalhadores o que fazer. Também gostava de uma boa festa e de assistir aos ensaios do grupo Sangazuza, por exemplo.
Felizmente, recuperei algumas lembranças do meu pai através das memórias da minha família e dos seus amigos e tenho a certeza que, se fosse vivo, o meu pai defenderia a democracia e a verdade em todas as circunstâncias. Tenho a sorte de contar com as memórias da minha mãe, Ana Duarte, que foi casada com ele até Junho de 1972. Tenho ainda a felicidade de ter conseguido aos 18 anos reunir-me com os meus meios-irmãos Nélia e Gustavo, fruto de um relacionamento do meu pai com Fernanda Batista, hoje Fernanda Cardoso. Tive, por fim, o privilégio de conhecer as recordações de Ivone Graça, filha de Carlos Graça (que ocupou com grande valor os mais altos cargos políticos na república são-tomense), e noiva do meu pai de Julho de 1975 à altura da sua morte. Com efeito, o casamento, já marcado, foi tragicamente impedido pela morte do meu pai.
Assim, neste 12 de Julho em que se cumpre mais um ano sobre a independência desta minha segunda pátria, São Tomé e Príncipe, desejo à república o seguinte: que siga o caminho da democracia, como o meu pai, Nuno Xavier, teria desejado. Que promova o bem-estar e a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos. Que garanta a saúde, a educação e a liberdade de expressão aos filhos deste belíssimo país.
Nas minhas estadas em São Tomé e Príncipe, fiquei sempre com a ideia de que cada são-tomense alberga um filósofo em si. Pois que São Tomé e Príncipe encontre o seu caminho dentro dos valores superiores da filosofia: a valorização e a dignificação dos seus cidadãos, no espírito de igualdade em que nascem todos os seres humanos.
Viva a democracia! Viva a república!
Zani
15 de Julho de 2018 at 15:29
Cara compatriota Marta Dias concordo com suas palavras! Não tive oportunidade de ouvir falar do Eng° Nuno Xavier pois sou nascido em 1978.
Mas tenho a certeza que o mesmo seria se estivesse vivo um grande patriota nacionalista santomense e defensor da democracia!
Infelizmente os melhores e mais preparados de ponto de vista moral, boa indole e caracter, honestos e incorruptiveis, são os que partem muito cedo pra infelicidade dos santomenses!
Presto aqui minhas honenagens ao seu falecido pai, um grande compatriota e irmão santomense!
BEM HAJA SÃO TOMÉ E PRINCIPE!
Onorio da Fonseca
16 de Julho de 2018 at 8:32
Cara compatriota! Devem ir para si os cumprimentos de todos os santomenses, verdadeiros filhos de S.Tomé e Principe.
Na verdade os sonhos e as grandes ambições de 12 de Julho de 1975 estão sendo defraudados. No passado fomos cometendo erros por causa de alguma inesperiencia e falta de recursos humanos. Volvidos eses anos todos, os erros que se cometem hoje são eros de palmatória. São erros inaceitáveis, sobretudo agora que temos a frente dos destinos da governação alguem que se diz ser economista. Nunca, mas nunca S.Tomé e Principe esteve tão mal como nesses ultimos 3,4 anos. Lamentavelmente nós regredimos em todos os sentidos da nossa vivencia colectiva. Mas continuo dizendo que S.Tomé é Deus vivo e porque vêm ai as eleições o povo poderá recuperar a sua cidadania, a sua dignidade e as suas liberdades. Dai que não me contenho em afirmar que continue sim a mudança, que continue a governar um partido ou partidos da muidança, mas ADI nunca mais. Para o bem do povo santomense, para o bem dos lideres do ADI, o melhor é se prepararem para prestar contas a este povo.
Minhas felicitações Senhora Marta Dias.
Seabra
16 de Julho de 2018 at 10:14
Onório da Fonseca, que foi tão bom de lê-lo. O seu comentàrio é valoroso, de uma grande lucidez…que haja mais gente corajosa a denunciar e a exigir que aja JUSTIÇA deste partido ADI e dos seus líderes , que nunca mais reapareçam no solo sãotomense e tão pouco da cena política .
Nunca mais sentir-me-ei SÓ. Que hajam mais pessoas firmes e determinadas para denunciarem e condenarem a política e o governo que levam STP à esta descida ao inferno , onde a praça tornou -se uma arena de crime,cujo o último crime odioso e atroz foi o assassinato do economista sãotomense Jorge Pereira dos Santos. …esperámos e EXIGIMOS JUSTIÇA !
Desespero Total
16 de Julho de 2018 at 11:30
Caro amigo Onório da Fonseca, aí é que estás completamente enganado. Eu digo o contrário. S.T.P. nunca esteve no caminho certo como este que tem feito nestes últimos 3,4 anos. As dificuldades existem em todos os países até nos mais desenvolvidos, mas há progressos em S.T.P. Se não vives em S.Tomé é uma pena. Se meu amigo faz parte do grupo que está há quase 4 anos sem governar, comece a preparar porque pode ser que vai estar mais outros 4 sem nada. Vêm as eleições, estamos ansiosos para voltarmos a dar + 4 anos ao Patrice e ao ADI. Doi,Doi mas passa. Fui.
Doi Lá
16 de Julho de 2018 at 15:35
Caro onório repare que a senhora que opinou, fê-lo tão simplesmente como o seu ponto de vista no sentido de ver o sonho de sr seu pai, não falou de A.D.I. nem tão pouco de Patrice Trovoada, só fez alusão ao que seria o sonho de seu pai Nuno Xavier, como um grande democrática. Agora, vir falar de Patrice e do Partido que o sustenta nesta fase de campeonato é como dar um tiro nos pés. Busquem outros argumentos e não usem constantemente o nome do dr Patrice porque estão a cometer o mesmo erro que Gabriel Costa cometeu quando o pinto da costa chamou-lhe em sua casa para vir governar S.T.P. sem ser eleito, o povo jamais esquecerá disso.
Passou 85 por cento do seu mandato a falar de Patrice quer no Parlamento ou nalguma entrevista qualquer, viu no que deu? Será que não aprendem com os erros? Parem de falar de Patrice Trovoada. Trazem ideias novas, propostas de Leis etc. e não estejam só a falar do nome do homem. Eu costumo dizer que em STP Patrice não tem inimigos políticos, tem sim inimigos pessoais, pessoas que não gostam dele por alguma razão, porque como político o homem tem de tudo. Perspicaz, com visão, poder de oratória nem se fala, enfim (um autentico águia) como alguém um dia lhe apelidou, homem que incomoda a muitos, mas é este que queremos mais uma vez 4 quatro anos a comandar os destinos de STP. Óh 07/10, vem depressa que não vemos a hora de chamarmos de novo o Patrice. Doi, doi mas passa.
Zani
16 de Julho de 2018 at 20:01
Caros srs. Desespero total e Sr. Doi lá,
Concordo convosco em tudo que disseram e penso que é possivel resgatar a nossa santomensidade sem ofensas, calunias, acusações falsas e outros negativismos que andam por aí a inflamar o nosso povo e o modo simples e verdadeiro de ser santomense!
SÃO TOMÉ E PRINCIPE TEM FUTURO!
ESSE FUTURO PASSA PELO TRABALHO AFINCADO E PERSISTENTE DE TODOS OS SANTOMENSES, QUER OS DA DIÁSPORA, QUER PELOS QUE ESTÃO NO SOLO PÁTRIO!
BEM HAJA SÃO TOMÉ E PRINCIPE!
Zani
16 de Julho de 2018 at 21:41
E mais caro compatriota Desespero total, eu estou fora do nosso país ha muitos e mesmo do outro lado do oceano mesmo em frente ao nosso belo país, consigo perceber e sentir os esforços e progressos que a atual legislatura do governo no poder tem feito pra alavancar o nosso São Tome e Príncipe!
Boa sorte pra ti e demais compatriotas comprometidos com a causa de um país mais desenvolvido, mais justo, mais unido, mais robusto economicamente e que seja de todos os santomenses quer tenham sangue misturado gabonês, tonga, cabovedê, ou qualquer outro!