“Conta do BISTP (STP) – ST230 002 000 6046 7952 4101 76
Conta CGD (Portugal) – IBAN: PT50 0035 0666 0008 3534 000 52”
Embora abertura publicitária, tentarei não ser deselegante rogando apenas à humanidade a prosseguir no necessário apoio financeiro aos esforços para esclarecer judicialmente contornos do Massacre de Morro. Quem amarrou cara, é melhor não parar por aqui!
Há uma semana do início da sessão de julgamentos da “inventona” golpista em São Tomé e Príncipe, para lá da publicidade das contas de solidariedade à advocacia das vítimas da barbaridade militar, tituladas pelo doutor Carlos Semedo, eu deveria sair rua a esfolar pele de três conterrâneos.
Para não falar só, recentemente visualizações digitais que haveriam de desembocar num SOS colocaram-me palavras no papel: Aborto da campanha “Justiça pelo 25 de Novembro” de Noemy Medina; Expulsão de Danilo Montoia da Rádio Nacional; Investigação Rosema de Nilton Medeiros.
Focados em manifestos de utilidade pública, quer premeditassem no preço ou não a pagar ao livre pensamento, os três tornaram-se vítimas secundárias do Massacre de Morro pelo que humilde solidariedade democrática, impõe-me a estender-lhes mãos de freguês.
É que por mais experiente ou imbuído de boas intenções, por vezes o giro da Terra, mesmo pela sua sua órbita, troca passos aos propósitos humanos. A investigação jornalística do caso Rosema, após anos de intenso trabalho e envolvimento financeiro de alto custo para trazer à ribalta maus feitios, corrupção e demais vícios entranhados nos Tribunais, distraiu-se da atualidade ocupada com colisão vergonhosa da justiça para com os pilares da democracia.
Nilton Medeiros há anos voluntário social a ver aplaudido suas canções de intervenção e demais expedientes fazendo dupla com o jornalista Jerónimo Moniz, talvez estivesse na hora e no sítio completamente esquecido do público.
No desabafo adstrito, lançou-se contra tudo e todos e especialmente diáspora enquanto reclamante de jornalismo de investigação, mas ninguém correu com recompensa ao vídeo comercializado ao preço irrisório. Fez contas e não passou longe de um por cento de vendas.
O produtor repisou na necessidade de estudo profundo do homem são-tomense, na minha perspetiva capaz de estranhamente dividir-se perante o momento insólito e criminoso que há quase 10 meses vem manchando de sangue humano percurso político, jurídico e histórico do insular, familiar e pequeno país.
Do cheiro à pólvora alertado, há muito, pelos mais atentos de que o ambiente político intoxicava consciência dos são-tomenses, algumas chefias militares de peça teatral diabólica levantaram dedo ao gatilho, prenderam, torturam e mataram, isso mesmo, prenderam, torturam e mataram quatro vidas humanas na parada militar. Como fechar olhos num Estado que se propala e orgulha de distinção democrática na região africana?
Uns usurpadores habituais de microfones e moralizadores públicos, conforto ou pânico impôs-lhes rifa de silêncio e imobilismo comprometedor para com chacina humana. Outros concorrem atrás de mentira, contra-informação e profanação de quatro cadáveres humanos assumindo-se profeta do diabo empunhando armas aos sobreviventes da “inventona” militar e quem lhes atravessa pelo caminho.
Alguns, poucos, ainda que em ruído ou dando peito às balas, especialmente convencidos de liberdade de expressão no estrangeiro, dão cara pública optando pela narrativa da verdade dos factos apoiando-se nas hediondas imagens e nos vídeos de injustificável execução sumária animada de ódio e vingança militar.
Agora o segundo interveniente. Virando boletim às cambalhotas para cima ou baixo, não lhe retira posição. Danilo Montoia, quem a partir de São Tomé assumiu estar em cima dos acontecimentos oferecendo à praça pública informações ao redor do hediondo crime que sujou mãos de sangue aos militares, com ou sem crítica à hierarquia profissional, deve passar por ingénuo a não prever de que o governo lhe preparava cama para sono.
No direto do dia 4, através de seu digital “Canal do Povo”, o jornalista de investigação que reclamou ser perseguido por militares e ADI, detentor na emissora estatal de um programa semanal de muita audiência, foi barrado à entrada da Rádio Nacional por ordem superior descida do diretor, o jornalista Mateus Ferreira.
Não somente no Estado de Direito, a gestão da administração quer pública ou privada, diferente das nossas casas em que cada um dá ordens ao jeito que exigir obediência, pauta por normas e procedimentos (nota de aviso, audição, acusação, defesa do “réu” e ou não, sanção disciplinar) a cumprir do alto ao baixo.
Dou voltas à cassete e barrei-me em Anda Pligo, programa de Abel e Pindô, de audiência nacional a ser radiado da TVS pelo cessante governo da Velha Maioria aos olhos do governante da Comunicação Social da altura e também jornalista, Adelino Lucas.
Giro cassete mais para trás no triângulo de tirar outro pé de “rumba”. Abraço São Deus Lima, jornalista de gabarito para lá de fronteira insular e serviço, este internacional prestado aos são-tomenses, a ser expulsa da mesma TVS com seu programa de popularidade de top na companhia de candidato respeitável e presidencial cabo-verdiano, Carlos Veiga do MpD.
Não me recordo do jornalista-diretor da Televisão São-tomense, à época, talvez Óscar Medeiros, servidor à maioria eleitoral, mínima, 2010/12 do governo de ADI.
Embora o atual 1º Ministro na indecência política para submissão da justiça ter declarado de que não justificasse manifestação popular aquando da recente Cimeira da CPLP, porque 25 de Novembro é passado, acredita quem tiver memória curta em mais uma manipulação.
Apanho boleia à outra senhora para fechar com chave da cidade. Mulher, ainda que responsável diretiva e académica, não foi poupada publicamente, numa reunião de trabalho ministerial, ao ser ameaçada de bofetada pelo superior hierárquico, um padre, Olinto Daio, antigo ministro de Educação e Ensino Superior do governo de ADI, liderado pela terceira vez pelo mesmo 1º Ministro na anterior maioria absoluta 2014/18.
Noemy Medina dispensa assim apresentação. Todavia, nunca demais momentânea retrospetiva sem queimar arquivos do Massacre de Morro, pretensão do 1º Ministro e seu governo, Presidente da República, Presidente da Assembleia Nacional e deputados da maioria absoluta eleitoral de 25 de Setembro de 2022.
Mulher são-tomense de costas viradas à política, filha de cabo-verdianos, saudoso pai, exemplar e famoso agricultor, o senhor Teodoro Medina, desde 2006 que ela se expôs a liderar e com sucesso campanhas de solidariedade social ao favor de crianças, adolescentes, jovens e idosos da terra natal, franjas da sociedade desprotegidas pelos governantes.
Aquando de Covid 19 em sentido contrário ao atual 1º Ministro, pela 4ª vez no cargo, este na altura como é hábito no estrangeiro em vídeos de críticas (sem envio de uma só máscara aos são-tomenses) à difícil gestão governativa, Noemy arrecadou mais de 14 mil euros.
Teve de ultrapassar barreiras impostas por administração pública, médicos e governantes, gastou recurso financeiro pessoal com viagem à São Tomé para oferecer um excecional e necessário aparelho de intervenção na salvação de vidas humanas ao Sistema Nacional de Saúde.
Com razões sobejas para desistir (ameaças psicológicas e físicas pessoais e, factos abusivos atingidos aos irmãos em São Tomé) assisti sua desistência com tristeza e misto de revolta. Foi com estrondo que me chegou aborto à campanha “Justiça pelo 25 de Novembro” num momento decisivo e de oportunidade aos juízes exibirem serviço ao favor do Estado de Direito democrático, mas que negaram até última sexta-feira direito de defesa às vítimas da “intentona” golpista.
Graças à Deus na última semana, mais animada regressou, mas com outra carga às costas, “solidariedade ao Danilo”, jovem paciente. Após lágrimas populares e exposição mediática do paciente, o Ministério da Saúde jogou à Portugal para ser recolhido ocasionalmente no aeroporto de Lisboa por Daniela, caridosa, pessoa ingénua e cidadã de 25 anos de idade. O paciente de sofrimento em alta, salta acamado pelo terceiro hospital ao redor de Lisboa.
Ingratidão enquanto subsistência da ganância humana, com mais ou menos publicidade, faz parte do quotidiano dos povos. Na política, é chá de cortar febre a muito boa-gente lúcida com inteligência e confiança acima da média, mas alimentada de pobreza mental.
Quem estiver disponível basta dar ouvidos às exigências e ameaças do irmão do paciente contra Daniela e Noemy, tudo e à vista nua devido campanha de solidariedade que em poucos dias viu abraço da humanidade, ultrapassar 4 mil euros. Uma especial oração pessoal à intervenção divina na salvação do jovem Danilo.
Agradou-me na semana finda ver Noemy, triste por paciente Danilo e ingratidão humana, mas com raio de sol de volta a abraçar doutor Carlos Semedo na publicitação da campanha “Justiça pelo 25 de Novembro” sem dispensar seu habitual endereço bancário que já havia conseguido mais de 17 mil euros, insuficientes para toda maratona jurídica.
Testemunhos à mistura com política de terra queimada e solidária ao governo (1º Ministro após Portugal e França, mais fora que dentro, estará em Nova Iorque para teimosamente na falsa cadeira do Presidente da República representar São Tomé e Príncipe na 78.ª Assembleia Geral das Nações Unidas) querem normalizar o crime militar e bater palmas merecidas à Polícia Judiciária envolvida na caça de um reincidente detido ontem, sábado.
Paulo Jorge Fonseca encontrava-se quase uma semana em fuga após agredir e sequestrar uma cidadã portuguesa na sua residência em São Tomé, salva pela comunicação à uma amiga e prontidão policial. Com ou sem disfarce de cadeiras de rodas, Pajó foi devolvido ao lugar de assassinos para cumprir pena, reabilitar-se e ser devolvido homem útil à sociedade. O país saiu bem na foto, embora o ministro da Saúde transpirado, prometeu correr atrás de solidariedade internacional para esclarecer o imbróglio do relatório médico que auxiliou juiz a soltar o sentenciado sem cumprir mínimo aceitável da pena de 25 anos na cadeia.
Já sua colega da Justiça e dos Direitos Humanos, cúmplice da inconstitucionalidade de lavar mãos de sangue humano, não demonstra ter pernas de correr atrás do juiz-fantasma que após investigação policial de 25 de Novembro com provas autenticadas pela acusação do Ministério Público, de manobra em manobra de baixo nível, evita pena exemplar aos infratores da brutalidade sanguinária da parada castrense.
Em tertúlia de solidariedade, vale recomendável saudação ao Filipe Samba, presidente associativo, por dar réplicas ao poder para rápida intervenção na proteção de Monte Café, roça rendida por UNESCO para candidata ao Património Histórico e Cultural da Humanidade, recentemente vítima de assaltos e destruição por delinquentes identificados.
Antecipo saudação de felicitações às senhoras da minha terra, obviamente com simpatia à Presidente do parlamento, primeira-dama, às deputadas e ministras por mais um 19 de Setembro a assinalar na próxima terça-feira, Dia das Mulheres de São Tomé e Príncipe.
Bem-haja!
José Maria Cardoso
17.09.2023
Gato das Botas
21 de Setembro de 2023 at 16:04
A mesma sarrabulhada de sempre. Não tem emenda e ler este indivíduo (se fosse possível fazê-lo) é autêntica perda de tempo. Não ganha noção apesar de não faltar quem o avise.
Pisci
22 de Setembro de 2023 at 2:00
Sempre o memo convencido vaidoso que se acha bom e nem ele se entende vai embora