Um ano depois… Vergonha! Vergonha! Vergonha!
A brutalidade militar de execução sumária de quatro civis, no dia 25 de Novembro de 2022, na parada militar, um deles arrancado de domicílio familiar a força de armas para ser torturado e assassinado, demonstrou que as mais respeitáveis instituições no Estado de Direito democrático, as Forças Armadas, o Governo e a presidência da República, com maior fatia, sem dúvidas, para o mais (quê) alto magistrado da Nação, disponibilizariam aos são-tomenses, mais cedo que tarde, uma peça teatral sanguinária, premeditada politicamente e sentenciada judicialmente pelo 1º Ministro.
Contrários aos desígnios dos Direitos Humanos e das Convenções Internacionais, as máscaras não faltaram à criatividade maléfica para enquadramento democrático da mentira, com solidariedade institucional da Assembleia Nacional (deputados do PUN de ADI), Justiça e, não só.
Em busca de crédito internacional, Portugal foi primeira escala, tendo o 1º Ministro, sido recebido pelo homólogo António Costa que, fora do quadro de cooperação, ofereceu 15 milhões de euros para facilitar liquidez das contas públicas. O presidente Marcelo, abriu-lhe portas para ser recebido no palácio de Belém. Solidariedade de Portugal, não haveria de ser menos prestativa, ao afilhado da antiga Primeira-dama, Maria Barroso, para que António Costa, viajasse à São Tomé, para simples mata-bicho com o seu homólogo. O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Cravinho, por sua vez, também sem agenda, permaneceu durante três dias, em São Tomé, ainda assim, num momento essencial para mediar conflito, recusou receber líder da oposição.
Em jornadas internacionais de solidariedade ao membro da Maçonaria, o 1º Ministro, recebeu ajuda de esquerda à direita da política portuguesa. O antigo 1º Ministro português Durão Barroso e ex-Presidente da Comissão Europeia e seu colega do Partido Social-Democrata, Miguel Poiares Maduro, antigo ministro, auxiliados por Rui Sucena do Carmo, embaixador de Portugal, na altura, em São Tomé e Príncipe, envolveram-se em “blá-blá-blá” no “Fórum Qualidade, Inovação e Segurança Alimentar”, efetuado no Palácio de Congressos, em São Tomé e Príncipe.
Realizada, em São Tomé, a XIVª Cimeira e assumida a presidência da CPLP, na presença de chefes de Estados e Governos, nenhum discurso, nem entrevistas no avião de volta à procedência, alguém tocou nas feridas sangrentas do Massacre de Morro ou incomodasse com a bomba relógio que paira nas ilhas, já que “Deus pôs mãos” no banho de sangue programado para 25 de Novembro de 2022.
Chegados aqui, um ano após Massacre Civil, duas questões, por inerência, a perturbar harmonia social e convivência nacional. Por quanto vale vida de cada são-tomense? Os militares incumbidos à defesa do povo e da soberania nacional, devem matar civis e serem promovidos pelo governo?
Os familiares dos defuntos, ARLÉCIO Alexandrina da Costa, GONÇALO Evaristo Bonfim, “Armando”, EZEQUIEL Glória Lopes Afonso, “Isaac” e ]ULLAIT Conceição Carneiro da Silva Conceição, “Into”, que reivindicaram o roubo dos cadáveres pelo Estado, através dos ministros da Defesa, Jorge Amado, da Saúde, Célsio Junqueira e, da Justiça, Ilza Amado Vaz, para sepultamento, às escondidas, sem mínima dignidade e em troca de envelope com migalhas de dobras, recusadas, foram submetidos ao silêncio, devido dor que lhes envolve a alma de sangue e luto.
Antes do parlamento, há dias, libertar os deputados de ADI e MLSTP para serem testemunhas no julgamento de Lucas – com reinício para próximo, dia 4 – o único sobrevivente da “inventona”, nova desorientação jurídica. Marcha militar sobre juiz Edmar Teixeira, que iniciou o julgamento, no dia 3 de Outubro, após adiamento de 25 de Setembro, forçou-lhe, dias antes, a separar os processos de acusação 767/2022 e 768/2022, criando um terceiro, o de Bruno Afonso, “Lucas”, declarando-se, vergonhosamente, incapaz para julgar os militares responsáveis de prisão arbitrária, tortura e morte, sancionados há meses pelo Ministério Público. Tribunal e Ministério Público, recusam ouvir Presidente da República e o 1º Ministro, peças chaves no Massacre de Morro.
Jorge Amado, o ministro da Defesa, socorrendo-se da queima do arquivo humano e incompetência do Tribunal Civil para julgar os militares, utilizando avanço tecnológico, numa autêntica salada de “fuba-com-bicho”, mas com o propósito de branquear crimes desumanos das chefias militares, fabricou no seu gabinete, 16 robôs, ao fim de serem, a todo custo, juízes e administrativos no Tribunal Militar do Governo, chefiado pelo coronel Leopoldo Fernandes, oficial promovido, recentemente, que presenciou matança na parada militar e reconheceu insuficiência académica e jurídica para lidar com julgamento de homicídios. Não foi a única testemunha militar, da hedionda madrugada, nomeada para TMG – Tribunal Militar Governamental.
O grupo de analfabetos, sim, iletrados, em matéria de Direito, foram pescados às forças de defesa e segurança, o Exército, a Guarda Costeira, a Polícia Nacional, a Polícia Fiscal e Aduaneira, a Polícia de Fronteiras, o Corpo de Bombeiros, a Guarda Prisional e os Paramilitares da Unidade de Defesa e Proteção dos Dirigentes do Estado, visivelmente, com estrita missão da 1ª e 2ª Instâncias, procederem limpeza das mãos de sangue das chefias militares, acusadas pelo Ministério Público.
O combate tem sido difícil para advogados com pés no chão – Yara Tiny, Hamilton Vaz e Miques João que, com clareza internacional do antigo procurador e juiz, em Portugal, o advogado Carlos Semedo – assumiram defender causas ao favor das vítimas do falso golpe de Estado. A sociedade civil, são-tomense, com ajuda desinteressada, além fronteiras, envolveu-se numa campanha financeira, sem precedente, para apoiar equipa de defesa, mas o encaminhamento jurídico, disperso em cada etapa processual e discursos do 1º Ministro, já há muito ditou sentença, para que o Tribunal Militar Governamental, invés de administrar justiça, venha apenas tornar público, a decisão final do 1º Ministro. O Presidente da República goza de prerrogativas constitucionais para última palavra e vai ao tempo na devolução de credibilidade à democracia são-tomense, mas vê-se de mãos atadas, já que, como bem diz o povo, tem “rabo comprido na estrada”.
O 1º Ministro que não governa o país de dentro, regressou da última digressão ao continente. Do realismo de um membro confesso de Islão, nem na quarta vez, na chefia do governo, demonstra capacidade de gestão e pessoa, a altura de congregar cristãos, embora calados. Não tendo gostado do que ouviu dos deputados de ADI, reuniu Conselho Nacional e agendou para 27 de Janeiro, o Congresso Extraordinário para, nada mais, expurgar vozes rebeldes que, no direito de opinião, libertaram pensamento e reclamaram democratização interna, pausa nas viagens e nos custos exorbitantes, ao erário público e, ainda, enquadramento real do slogan eleitoral “Estamos Prontos”.
O povo, bastante crente nos Deuses, a «ver e crer», alimenta fé na nítida sensação de que, ricochete de munições espalhadas na madrugada sangrenta, devido excesso de apadrinhamento ao homólogo são-tomense, apanhou o 1º Ministro português, ao ponto de oferecer própria cabeça, à instabilidade política portuguesa, com o presidente Marcelo, figura pacificadora, a envolver-se na queda do governo de maioria absoluta, embora aposta eleitoral, mantém-se favorita aos socialistas.
O Chefe do Estado são-tomense, ao arrepio constitucional, quando assinou por baixo “inventona” golpista de 25 de Novembro e consequente banalização democrática – um ano depois, ainda não recebeu líderes da oposição – devia ter consciência de que, consumava o golpe de Estado, em preparação, contra a Nação são-tomense. Nesta altura, perante desmando, usurpação de poderes e deslealdade constitucional, esta última, acentuada na praça pública, devido percentagem, 25% ou 10%, representativa de fuga da população ativa do país, é difícil renovar expetativa na autoridade constitucional do Presidente da República.
Enquanto o 1º Ministro – está de volta ao estrangeiro – desautorizou o Chefe de Estado com número de fugitivos do país, a recente população juvenil, emigrante, desesperada e sem bússola, nem vocação para dar resposta à imigração económica de Portugal, não se mostra adaptável às regras do país de acolhimento, manchando o bom e secular nome de São Tomé e Príncipe.
Há quem dispensa acreditar nas coincidências. Não faltam à Nação, sinais de liberdade e manifesto criativo de independência intelectual, a abrir portas de Lisboa, ontem, sábado, triste dia do 1º aniversário da chacina de 25 de Novembro, para apresentação, discussão e bebedeira corrupta de Rosema, a cervejeira devolvida pela Lei Interpretativa do XVIII Governo constitucional, aos deputados do PUN de ADI.
Última e não interessante questão ao governo, em funções. Para quando receção dos robôs para formação, em Portugal ou envio de juízes, especialistas em matéria de Direito Militar para formar analfabetos, revolucionários do Tribunal Militar Governamental, no objetivo, único, branqueamento do Massacre de Morro e livrar mãos de sangue do governo de São Tomé e Príncipe?
José Maria Cardoso
26.11.2023
Palhaçada
28 de Novembro de 2023 at 13:53
Este governo é liderado pelo maior bandido e criminoso que este país já conheceu! Jamais visto! Só numa república das trevas e banana com cumplicidade do maior carrasco,gorgulho mulato Vila Nova.Isto é inconcebível, inacreditável formar um Tribunal com militares e paramilitares e mais grave com analfabetos feitos em juízes em causa própria! Sr.gorgulho mulato,se este Tribunal Militar de Governo entrar em disfuncionamento,com agravante para o erário público, o Sr.só deve fazer uma coisa, demitir- se! Porque desde o massacre de 25 de Novembro, o Sr.já demonstrou que não é do povo,o sr.falou a maior aberração que um Presidente pode falar ao dizer se pensaram que iam encontrar rebuçados, o sr.vai a igreja fazer o quê, se estás feito como um Homem do diabo,o sr.fez juramento falso,o sr.não garante em nada o normal funcionamento das Instituições, o Sr ainda virá a ser cúmplice de muitas atrocidades que passaram desde 25 de Novembro de 2022.Quem viver,verá! Muita falta de respeito, muito atrevimento, muita desonestidade desde Patrice Emery Trovoada Falcão! Pensando que somos todos parvos, estupidos,burros, palhaços!Enfim, concordo com o autor, este é mesmo um Governo de Palhaços ( Teatro tendo como artistas Patrice Trovoada Falcão e Gorgulho Mulato, Panhonho! Quem diria S.Tomé a ser governado por palhaços e defendidos por bajuladores,engraxadores de bota e charlatoes