A região Autónoma do Príncipe, à semelhança de outros países, festeja o Carnaval. Para este ano elegeu como lema “UNIDOS CONTRA O PALUDISMO”. Este ano vamos ter o Carnaval tradicional, o TRUNDU YÁ YÁ(na foto).
Para além do Carnaval tradicional, a cidade de Santo António, ficou colorida com o Carnaval dito moderno em que os foliões inundam a cidade em cortejos: os alunos das Creches, dos Jardins, das Escolas, os Jovens… todos os que quiserem folgar.
Também teremos o “Baile de Máscaras”!.
TRUNDU YÁ YÁ é uma das formas tradicionais de como se manifesta o Carnaval em São Tomé e Príncipe. Sai à rua e anda de porta em porta, ou representa-se sob encomenda de determinadas pessoas que queiram, em privado, desfrutar das cenas. Esta forma de actuação, de um modo geral, é remunerada.
Normalmente, cada grupo possui cinco figurantes, todos eles homens, disfarçados com mascaras exóticas, (estranhas, excêntricas,) óculos escuros. Usam viola, chocalho, tamboril; instrumentos com os quais entoam as canções intervaladas por intervenções dos seus actores, consoante a duração da peça. As peças traduzem geralmente críticas sociais designadamente: violência doméstica, traição conjugal, abuso de poder, feiticismo etc…
Os figurantes (homens) vestidos de mulheres são os que mais gargalhas Festeja-se o carnaval no mês de Fevereiro, três dias antes do período da Quaresma e da festa de Páscoa e ganha perfis de acordo com a especificidade dos diferentes povos e regiões.
Carnaval, festa originária na Grécia, cuja raiz etimológica do latim significa “carnis valles” ou “carne vale”, (deleite dos prazeres da carne), é um período marcado pela concentração de festejos populares onde são exibidas as fantasias construídas com diversos materiais.
provocam à assistência, com os seus gestos de imitação e distorção da voz emprestando sempre um lado cómico a festa.
Durante a actuação o grupo é, habitualmente, seguido por cortejo de curiosos que procuram, avidamente, bisbilhotar quem foi o criticado e porquê.
Hoje infelizmente a tradição tende a cair em desuso… Porém, o Governo Regional quer resgatar esta tradição.
Teobaldo Cabral-Correspondente do Téla Nón no Príncipe
rapaz de riboque
21 de Fevereiro de 2012 at 20:37
chegou carnaval se fosse bém festejado mas a lavarem roupa suja não tem piada ésó falar mal uns dos outros
Voz da razão
22 de Fevereiro de 2012 at 8:28
Temos que preservar a tradição, mas não podemos “impedir” a modernização. Até porque o estilo de carnaval moderno é influência do que se vê noutros Paises. Aliás como tudo, há tendência no mimetismo quando se trata de algo que move a juventude. O que as autoridades competentes terão que fazer é adaptar o carnaval moderno a nossa realidade como está acontecendo na Guiné-Bissau, Angola, Cabo-Verde e Portugal. O tal carnaval moderno importado por quase todos do Brasil não deve ser representado por nós com trajes, músicas, danças, tudo do estrangeiro. Deve sim ser representado com as nossas músicas, as nossas danças e os nossos trajes. Temos que copiar, mas copiar bem. Como dizia, as autoridades terão que chamar a si o que é a nossa tradição promovendo o carnaval tanto tradicional como moderno, por exemplo através de lançamento de concursos. É premiado aquele que for melhor. Só assim recuperaremos o nosso carnaval tradicional e adaptamos o carnaval moderno à nossa realidade.
Mimi
22 de Fevereiro de 2012 at 8:58
Faço uma proposta aos responsaveis da cultura que, na sequnecia das jornadas da cultura que se realizaram recentemente em S. Tome, se comece a pensar num jeito de valorizar mais a cultura nacional no carnaval. NAo desvalorizando o carnaval tradicional, pode-se modernizar o carnaval representando as nossas dancas “mexidas” por exemplo a puita, as marchas que cairam em desuso (“Vem ver as Ilhas” por exemplo e outras que os nossos compositores nacionais teriam um papel a desempenhar), as musicas de Calu Mendes (Caxaramba por exemplo), “Tempo de Hoje, tempo de Ontem” (penso ser de sangazuza; Enfim, um carnaval que nos identificasse mais conosco mesmos, modernizando com identidade propria. Sei que isto levaria muito tempo de organizacao, regulamentacao, envolvimento de varias instituicoes (policia, camaras, sociedade civil, apoio politico, enfim) mas valeria a pena! Seria um desafio. Por Sao Tome e Principe!
Teobaldo Cabral
22 de Fevereiro de 2012 at 10:16
Obrigado Mimi! Excelente ideia.
Julgo que o caminho a seguir é esse.
Forte abraço,
T.Cabral
Lévé-Léngue
22 de Fevereiro de 2012 at 10:40
Em STP o carnaval começou muito mais cedo: primeiro com a crise nos tribunais, depois na assembleia e o vento já sopra em direcção à presidência, sob protagonismo do governo. Será que esta foto muito irónica representa os quatro órgãos de soberania em pleno carnaval tradicional??? Qual o tema desta actuação??? Fuga de adelino izidro ou renúncia de amândio pinheiro??? Talvez inspecção de juízes ou manipulação da na TVS??? Ou nomeação ilegal de directores na administração central??? Não se esqueçam da caça aos embaixadores…
Lévé-Léngue
22 de Fevereiro de 2012 at 11:02
Se exagerei, não se esqueçam que estamos em Carnaval… Ninguém deve levar a mal…
Carlos Ceita
23 de Fevereiro de 2012 at 13:15
Meus amigos
Quando se fala da cultura da agricultura turismo porto de aguas profunda Zonas Francas etc etc no nosso querido país. Tenho para mim um otimismo moderado. O que a nossa amiga Mimi diz faz todo sentido mas quando vemos compositores e cantores como Joao Seria que sabe Deus como vive Gete Rita e Manjalegua já falecidos sem qualquer apoio do “estado”. Quando olhamos para o país real é carnaval que se vê. Como diz e bem o nosso amigo Leve lengue pais é todo ele um eterno carnaval de episódios que não dignificam a imagem do pais e da sua gente. So faltava mesmo o paludismo que se supunha estar erradicado mas ao que parece estamos longe de poder concretizar este sonho de um país livre desta maldita doença. A par da corrupção sem limites este é infelizmente o nosso real e verdadeiro carnaval. Mas voltemos a cultura.
La estou eu outra vez com a questão de mentalidade muito peculiar nossa (fantasia,Tabus,baiás). Se não mudarmos de mentalidade a cultura a agricultura turismo porto de aguas profundas e já agora a ciência será sempre uma miragem
Basta ver a palhaçada que foi a CPLP ai concordo com MSousa Tavares. É que só pensamos em festas e mais festas cudur maruvo e por ai adiante.
É um conceito de cultura para mim muito redutor. E por conseguinte como diz o nosso 1º Ministro não me revejo neste carnaval que é o país.
DIASPORANO.CV
8 de Abril de 2012 at 13:15
Em relação ao carnaval de STP, penso que o próprio tempo ditará as suas regras, isto é, continuará a ser o que é ou será o que é com outras roupagens ( influências), ou um outro,aquele que alguns chamam de carnaval moderno. De qualquer das formas, penso que a sociedade, o estado através da área responsável pela cultura, deverá arranjar melhor forma de potencializar, rentabilizar tanto o tradicional como o ” moderno”, que para mim são duas manifestações diferentes. O tradicional é satírico – pelo que julgo saber , muito local ( modelo da sátira medieval ?) e o ” moderno” ( se é que se está a falar do moderno- Brasil )é temático, mais abrangente. Portanto, é diferente mas também possível de ser prenchido com especificidades santomense
, como já referiu um dos leitores. Mas, não deixemos de preservar aquilo que é genuinamete(?)nosso.
soraia
5 de Fevereiro de 2014 at 13:23
que bonito