Pela primeira vez enquanto membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, São Tomé e Príncipe poderá acolher os jogos juvenis da comunidade lusófona.
Uma delegação da CPLP, analisou no terreno e durante 4 dias as acções com vista a preparação do maior evento desportivo do espaço de língua portuguesa, que deverá ser realizado em julho de 2018.
A delegação manifestou preocupação em relação às obras de remodelação das infraestruturas desportivas. Os jogos já têm data fixa, e as obras parecem estar atrasadas.
«Nós agora estamos a preocupar com as coisas que levam tempo. A questão da pista de tartan, a questão das condições do alojamento são questões que têm que acontecer já», afirmou Paulo Fontes, chefe da missão técnica da CPLP.
Há vários anos que as autoridades são-tomenses procuram construir uma pista de tartan e não conseguem.
O país precisa de ajuda, e todos os países da CPLP, já manifestaram segundo Paulo Fontes disponibilidade em ajudar São Tomé e Príncipe na organização pela primeira vez dos jogos juvenis da CPLP. Jogos que em julho de 2018, conhecerão a sua XI edição.
Alojamento para os cerca de 600 atletas dos 9 estados membros da CPLP, é outro quebra cabeças para São Tomé e Príncipe. As autoridades nacionais escolheram as salas de aulas do Liceu Nacional, para serem quartos de hotel dos desportistas de língua portuguesa.
Os 600 jovens da CPLP estarão envolvidos em 5 competições desportivas, nomeadamente atletismo, voleibol de Praia, taekwondo, futebol e basquetebol.
Abel Veiga
Guida Gostosa
13 de Novembro de 2017 at 17:01
Fiquei estupefacta com esta frase: “As autoridades nacionais escolheram as salas de aulas do Liceu Nacional, para serem quartos de hotel dos desportistas de língua portuguesa.”
Quarenta e dois anos depois da independência, o país não consegue ter capacidade de alojar pouco mais de 600 pessoas, entre atletas e responsáveis das delegações participantes dos jogos da CPLP, ao ponto de colocá-los nas salas do Liceu Nacional como quartos? Meu Deus!!!
Se não há condições, não inventem senhores governantes do meu país. Desistam enquanto é tempo e evitem figuras tristes para o país e para o seu povo!!!
Tony
13 de Novembro de 2017 at 23:33
Adoro esta Tela, porque é que só me dá vergonha, quando se trata de eventos internacionais.
Quando não se pode não se faz, já viram o que vão pensar os visitantes dos paises participantes, e em que alguns atletas que trazem estarão a entrar em circuitos profissionais !! Que imagem vão ter…
O Liceu Nacional nem condições tem adequadas para os alunos, como irá ter para atletas estrangeiros.
Estes eventos é que fazem levantar a imagem de um Pais, veja-se em Portugal, Angola e Brasil, o que fizeram nas competições internacionais que tiveram que organizar.
Era melhor dizer humildemente que não temos condições, o que custa ser realista ?!
Vergonha!!
Fui
Alegre
14 de Novembro de 2017 at 8:11
Recordo-me que em 2002 quando da realização dos IV Jogos da CPLP realizado em Cabo Verde, as selecções de futebol de Portugal, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Moçambique foram alojadas em salas de aula de uma das escolas de Cabo Verde, perto da discoteca Bomba H, dormíamos em pequenos botes que encheu-se se ar para dar algum aconchego, sem mínimas condições, falta de água para mantermos nossa higiene pessoal, bem como para lavar os equipamentos que usávamos depois dos jogos. Mas não quero aqui defender que devemos fazer o mesmo, mas para vos dizer que isto não é novidade, no entanto que podemos fazer melhor isso podemos.
Toni
15 de Novembro de 2017 at 13:33
Caro Alegre,
Entendo o seu comentário, contudo passaram 15 anos.
Hoje vejo dificuldades em que, por exemplo, portugal, angola, cabo verde ou Moçambique aceitem esta solução, quando alguns dos seus jovens atletas já quase são profissionais.
Devemos estar ao nível do tempo actual 2017.
Devemos comparar é com o que é bem feito.
Fui