Em 2026 o maior evento de futebol mundial, Campeonato do Mundo, será organizado pela primeira vez em três países (EUA, Canadá e México) e terá também pela primeira vez 48 selecções, anunciou a FIFA na última Assembleia Ordinária do organismo, realizado em Moscovo, capital da Rússia, à margem da competição que decore no país de 14 de Junho a 15 de Julho.
Esta notícia fez renascer a esperança dos países do “terceiro mundo de futebol”, como São Tomé e Príncipe, porque com o ampliação de números de representações, aumentará também o número das nações por continente, com destaque para a África, que deixará de ter cinco, com vimos agora, e também em 2022, no Qatar, e passará a ter nove agremiações.
Esta dilatação dará chance aos países que até agora ficaram à porta da competição, de lá chegar. Mas, não será de todos a tarefa mais fácil!
Aqueles que nunca estiveram quase lá, vão continuar a ficar de fora desta festa, mesmo com este alargamento, que segundo à crítica de futebol santomense, não contempla o arquipélago, se não for feito neste período uma intervenção profunda na modalidade, que a cada ano vai desapaixonando os seus simpatizantes, que numa sondagem sobre o assunto atiraram na maioria que “nem com 100 equipas São Tomé e Príncipe teria lugar numa fase final da competição”, outros só vêem a hipótese, quando começar a existir a boleia da “universalidade”, como acontece nos Jogos Olímpicos, onde o país tem à presença garantida por esta via, não obstante de ter conseguido pela primeira vez nos jogos do Brasil em 2014, a presença por mérito, através do canoísta, Bully Afonso.
Já os mais optimistas acreditam que é possível sem a dita boleia o país marcar presença na fase final do maior acontecimento de futebol mundial em 2026. Mas para isso, seria imperial o cumprimento às riscas das seguintes recomendações:
1ºCriação de uma escola de futebol personalizada em cada distrito e na Região Autónoma do Príncipe;
2º Institucionalização dos campeonatos iniciados, juvenis e júnior;
3º Criação de uma terceira competição para sénior;
4º Promover anualmente duas provas entre selecção da diáspora e selecção doméstica;
5º Aumentar os dias e horas de treino;
6º Construção de três campos de futebol, com mínimas condições [relva sintética, iluminação, balneários, ginásios];
7º Formação contínua dos treinadores e dos árbitros;
8º Criação de um plano de marketing para a promoção da modalidade;
9º Colocação dos potenciais talentos nos clubes europeus;
10º Realização com regularidade dos amistosos com as congéneres;
11º Realização de estágio nos países amigos;
12º Fomentação do jornalismo desportivo no arquipélago;
13º Reeducação dos santomenses sobre a importância do futebol.
Foram essas, as sugestões listadas pelos mesmos para transformar o sonho ou pretensão, em realidade.
Será isso possível em oito anos? Talvez sim, talvez não! A resposta depende do nosso desejo em primeiro lugar, e no segundo, do dinheiro para por em prática às advertências desta imensa lista.
Henrie Martins