Desporto

Atletismo em crise: Falta de apoios trava o crescimento da modalidade em STP

O atletismo em São Tomé e Príncipe está a regredir a cada dia que passa. Há mais de 20 anos que recordes nacionais em algumas especialidades não são batidos.

«Por exemplo o recorde nacional de mil e quinhentos metros e o recorde nacional dos oitocentos metros, há mais de 20 anos que ninguém consegue bater».

A preocupação é do presidente da federação santomense de Atletismo. Simão de Carvalho, antigo atleta, vê com tristeza o afundar da modalidade no arquipélago. A falta de investimento está na origem do retrocesso do atletismo santomense.

FOTO : Simão Carvalho

Segundo Simão de Carvalho a boa vontade não é suficiente para conseguir resultados. São necessários apoios, sobretudo financeiros para que o atletismo possa regressar ao pódio.

«Sem dinheiro, praticamente não se pode fazer nada. Nós temos muita vontade, temos desenvolvido atividades principalmente fora da cidade capital para poder angariar maior número de atletas para a nossa modalidade, mas o que nos trava é encontrar condições para a continuidade do trabalho».

Todas as projeções feitas encontram pelo caminho a mesma barreira, a falta de condições.

«Temos atletas já selecionados para formarem a pré-seleção nacional, porque temos a ideia de formar uma pré-seleção de iniciados, uma juvenil e outra sénior, mas para isso é necessário ter condições financeiras, pelo menos, para custear o transporte desses atletas para os treinos e o acompanhamento deles a nível escolar».

As dificuldades do Estado refletem-se no apoio quase insignificante que é dado ao desporto.

«Nesse momento a nossa situação está muito complicada, muito complicada mesmo» – desabafou Simão de Carvalho com um olhar sobre o futuro incerto e pouco animador do atletismo em São Tomé e Príncipe.

José Bouças

2 Comments

2 Comments

  1. ANCA

    2 de Agosto de 2024 at 15:01

    antes de realizarmos projetos, planos e ações, deve-se ter em conta o conceito de transparência, de segurança, proteção.

    É necessário que haja vontade dos cidadãos, das entidades e instituições, dos dirigentes desportivos, as câmaras municipais, para que se possa inverter o quadro no desporto nacional, sabemos que a necessidades são muitas, mas com organização, trabalho e rigor pode-se mudar a os números e a qualidade do desporto no país.

    De recurso dispomos, nos falta organização, trabalho e rigor.

    É preciso mudar o quadro organizativo/administrativo/diretivo/de gestão e legislativo em relação aos clubes, as associações desportivas, bem como o aprimoramento e formação na liderança das federações das modalidades do desporto nacional.

    Formação é a chave.

    Imaginemos,…temos campos de futebol lavrados, mal organizados para pratica desportiva, na grande maioria somente para futebol de 6ª categoria, alguns parques e recintos de jogos ao céu aberto, em termos de equipamentos, de segurança, iluminação, balneários, bancadas(assentos), pistas para pratica atletismo, pavilhão ou pavilhões(adjacentes) para pratica de outras modalidades, como a natação, futebol de salão, xadrez, basquetebol, handebol, ginasticas, hóquei, boxe, judô, karatê, etc., etc….nem mar, nem lagos, rios organizados para praticas desportivas, como complemento de atividades de lazer, motor de atração turística.

    A projetarmos o turismo como atividade, geradora de emprego e rendimento, há que aprimorar o desporto, a saúde, o lazer, a cultura, a gastronomia, o ambiente, a natureza, a flora e fauna, a floresta, a proteção marítima, a orla costeira, valorização dos produtos nacionais e africanos, criação de cadeias de valor acrescentados,…assim impõe a mudança de visão e estratégias para estes sectores chaves e complementar do turismo, abrangente e multidisciplinar, sobretudo por sermos pequenos e ilhas(dupla insularidade),… há que impor as associações desportivas, aos clubes, sob orientações e apoios técnicos, de forma a organizar os recintos de pratica desportiva( cercas, bilheteiras, bancadas, balneários, iluminação, relvados, pistas, pavilhões desportivos, ginásios, segurança, formação, a organização de receitas, prestação de contas, politicas de investimentos em infraestrutura), de modo a que a curto prazo/médio, se se possa de facto alterar a realidade da ação desportiva no país e ser complemento do turismo de que tanto se almeja de forma sustentável. Isto exige visão, planos, organização, trabalho e rigor, ordenamento do território, desenvolvimento dos transportes, segurança.

    Necessidade de transformação, progresso organizativo nas modalidades dos desporto nacional

    Jamais somente viajar para participar e ver eventos desportivos e olímpicos a nível internacional

    Se és de São Tomé e do Príncipe, ajuda a desenvolver o teu país, o teu território, população, administração, mar e rios

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  2. Felicidade

    3 de Agosto de 2024 at 7:04

    Patrice foi ao jogos olímpicos passear e tratar da sua vida.

    Com esse dinheiro, podia-me fazer mais em prol do desporto.

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