Pesquisa decorre no Gana, no Quénia e no Malaui; investigações envolvem crianças de idades entre cinco e 17 meses; aumento das taxas de infeção ditaram escolha das três nações.
A ideia é que até meados de 2018, crianças de idades compreendidas entre os cinco e os 17 meses recebam a vacina RTS,S. Foto: Acnur/Sarah Hoibak
Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.
O Gana, o Quénia e o Malaui acolhem a pesquisa da primeira vacina contra a malária em crianças. A Organização Mundial de Saúde, OMS, disse esperar que o remédio permita que milhares de vidas sejam salvas.
Esta segunda-feira, a agência revelou que doença matou cerca de 430 mil pessoas em 2015. A maioria dos óbitos ocorreu em jovens de África, onde regista-se a maior incidência da doença.
Aumento
A ideia é que até meados de 2018, crianças de idades compreendidas entre os cinco e os 17 meses recebam a vacina RTS,S.
A escolha das três nações deve-se ao aumento das taxas de infeção apesar do bom funcionamento dos programas de combate à malária.
O produto foi desenvolvido para proteger as crianças da forma mais fatal de malária, causada pelo parasita Plasmodium falciparum.
Apesar de o produto ter sido o único a passar com êxito de uma série de ensaios clínicos, precisa de quatro aplicações para ser completamente eficaz. A OMS pretende que os exames sejam ampliados pelos programas nacionais de saúde.
Imunização
A OMS realizou a primeira etapa de imunização com US$ 50 milhões atribuídos por parceiros como a Aliança Global para Vacinação Gavi, o Fundo Global de Combate à Sida, Tuberculose e Malária, e a Iniciativa Global para Compra de Medicamentos.
A informação foi revelada no âmbito do 25 de março, Dia Mundial de Combate à Malária, que este ano é marcado sob o lema “Acabar de Vez com a Malária”.
A data é vista como momento para renovar o compromisso político e continuar a investir na prevenção e o controlo da doença com vista a erradicar a epidemia da malária até 2030.
De acordo com o Relatório sobre a Malária no Mundo 2016, África baixou o numero de casos em 23% entre 2010 e 2015. O número de mortes devido à doença no continente teve uma queda de 31%.
A região africana foi igualmente a que evitou 94% das mortes pela malária no mundo que equivale a 6,8 milhões de vidas poupadas entre 2001 e 2015. O número inclui e 6,6 milhões milhões de crianças menores de anos.

Peixe
25 de Abril de 2017 at 16:01
A iniciativa é boa, mas TESTAR A VACINA em AFRICA? Porquê não na América do sul ou em Ásia, todos os países da zona Equatorial no globo tem paludismo, e os agentes causadores e que varia mas todos pertencem ao mês no género PLASMODIUM.