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Maior empresa do país promete 10 mil toneladas de óleo alimentar a partir de 2016

São Tomé e Príncipe deverá se transformar em 2016 num dos maiores produtores de Óleo de Palma na Região da África Central. Garantia da administração da empresa AGRIPALMA, que depois de lançar palmeiras em cerca de 1900 hectares de terra no sul da ilha de São Tomé, se prepara para construir a fábrica de produção de óleo alimentar.

geral agripalmaO investimento do grupo privado belga SOCFINCO começou em 2009, na Ribeira Peixe, sul da ilha de São Tomé. Cerca de 40 milhões de euros estão a ser investidos na renovação do palmeiral, que já começou a dar frutos.

Em 2016, será inaugurada a fábrica de produção de óleo de palma, que vai produzir cerca de 10 mil toneladas de óleo alimentar, por ano. Considerada pela administração da empresa como uma das maiores produções da sub-região africana. «Vamos produzir 5 toneladas de óleo de palma por cada hectare. Teremos pouco mais de 2 mil hectares. Então a produção total estará entre 8 a 10 mil toneladas de óleo de palma por ano. É muito para o mercado são-tomense. Mas, o excedente de produção, vamos exportar para a sub-região», explicou Guiome Cafrid Director de Produção da Agripalma.

Para já as palmeiras ocupam 1900 hectares da região sul de São Tomé. Guiome, acredita que a empresa vai conseguir mais 150 hectares para plantio de palmeiras.

Ao mesmo tempo a Agripalma está a desenvolver um projecto de promoção de palmeiras de andim nas terras dos pequenos agricultores de todo o país. «Aqui temos 25 mil plantas em viveiros. Temos um projecto importante com os agricultores de São Tomé. Todas as semanas entregamos a cada pequeno agricultor, 80 plantas, com base num contrato em que plantamos as palmeiras e depois vamos colher os frutos. Compramos o andim produzido nas pequenas parcelas» detalhou o responsável de produção da AGRIPALMA.

Um investimento que funciona como pulmão económico da região sul de São Tomé com pouco mais de 6 mil habitantes. A administração da Agripalma garante que é a maior empresa de São Tomé e Príncipe. «A agripalma é a maior empresa de São Tomé. No mês de Janeiro tínhamos 800 trabalhadores. Temos pessoas que estão a chegar da Ribeira Afonso e Santana», assegurou.

No distrito de Caué, sul da ilha de São Tomé o impacto económico da AGRIPALMA, é visível. Comunidades como Porto Alegre e outras que tinham duas ou três lojas, registam actualmente um aumento de lojas e quitandas. O crescimento do poder de compra de centenas de habitantes do sul, está a mexer com a economia local.

A partir de 2016 com a entrada em funcionamento da fábrica de produção de óleo de palma, a empresa vai precisar de mais mão-de-obra.

Abel Veiga

14 Comments

14 Comments

  1. Economia

    23 de Fevereiro de 2015 at 14:52

    Este Projeto é muito importante para nossa economia, espero que o Governo ceda mais parcelas para complimentar este grande projeto

    • Atento

      22 de Maio de 2015 at 16:25

      O governo deverá é entregar as terras aos seus legítimos donos, pagar as indeminizações e pedir desculpa por as ter nacionalizado.
      O governo não pode estar a dar terras que não lhe pertencem a indivíduos estranhos ás mesmas.
      Viva e implementemos a iniciativa privada dos verdadeiros proprietários das roças, chamando-os para tomarem conta das mesmas.

  2. Adálio Quaresma

    23 de Fevereiro de 2015 at 16:18

    Falta ver as consequências para o ambiente deste projeto. Deus queira que não sejam muito más. Mas a devastação que eu encontrei ai no ano passado é muito grande. Modificou completamente aquele lugar que era muito rico e com grande biodiversidade. É o preço de desenvolvimento que temos de pagar.

  3. Arnaldo (santola)

    23 de Fevereiro de 2015 at 17:07

    Parabéns iniciativa dessas que STP precisa. A nossa natureza é rica em oferecer e temos que tirar proveito, mas com delicadeza pra não destruí-la se derrubar uma árvore tem que plantar outra assim haverá um equilíbrio na nossa natureza todo cuidado é pouco.
    fui.

  4. ghadafi

    23 de Fevereiro de 2015 at 20:26

    Esse projecto, esta destruindo o nosso ecossitema.

  5. Mossad

    24 de Fevereiro de 2015 at 1:20

    Este é talvez o projecto mais irresponsável que apareceu em São Tomé nos últimos anos.

    O óleo de palma é um produto de grande consumo, uma comodity com preço cotado em bolsas mundiais e com uma produção mundial de milhões de toneladas por ano, na sua maioria produzidas em países asiáticos e países Africanos, com grandes extensões de terras.

    Nesses países, a floresta e o equilibrio do ecosistema têm vindo a ser destruídos por esta cultura, mas até se pode entender essa situação, pois existem milhões de hectares plantados.

    Agora vir para São Tomé (quando já muitos não aceitam mais esta cultura) e mexer com 2000 ou 3000 hectares de terra e colocar palmeiras é uma estupidez porque a produção que a empresa vai atingir não representa absolutamente nada no mercado mundial e um atentado porque mexeu com todo o ecosistema da zona sul da ilha, com consequências que hoje todos podem constatar

  6. ANCA

    24 de Fevereiro de 2015 at 1:25

    Este parece-me ser um bom projecto de investimento, pese embora, os riscos ambientais que possam advir, com a monocultura/plantio e exploração, durante anos, de palmeirais num clima e ecossistema solo como de São Tomé e Principe. Deixo esta nuance e analise para os especialistas na materia ecologica e ambiental, mediante estudos do solo e do clima.

    Numa das passagens, da notícia em epigrafe se escreve;

    “Cerca de 40 milhões de euros estão a ser investidos na renovação do palmeiral, que já começou a dar frutos”

    Quanto custará a cada Sãotomense o custo de exploração/produção e transformação, dum produto com origem no seu solo?

    Seria ou não conviniente ter uma parceria privada, mesmo que apoiada com capital públicos/privados sãotomenses, em apenas 50% ou 40% ou ainda que 30%?
    De modo a garantir o saber fazer(apreendizagem), parte do capital, o mercado interno externo, de modo a que no futuro(médio prazo), uma ou varias empresas, Sãotomenses a ter, capacidade de apreendizagem de saber fazer, investimento e capital, salvaguardando assim a economia nacional e o abastecimento mercado interno, como sabemos o capital é movél, com todas as consequência que poderão advir, a geração futura.

    Lê-se também em cima que;

    “No distrito de Caué, sul da ilha de São Tomé o impacto económico da AGRIPALMA, é visível. Comunidades como Porto Alegre e outras que tinham duas ou três lojas, registam actualmente um aumento de lojas e quitandas. O crescimento do poder de compra de centenas de habitantes do sul, está a mexer com a economia local.”

    Que impacto económico falamos?
    Três lojas para lojas e quitandas?
    Crescimento de poder de compra dos habitantes do sul?
    Basta saber onde vivem?
    Como vivem?
    O que Comem?
    Onde dormem?
    Onde fazem as necessidades fisiologicas?
    Como se deslocam ao trabalho?
    Os filhos têm acesso a agua potável, electricidade, a escola, a saúde?

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  7. Ben ni Wê mali ni tclachi

    24 de Fevereiro de 2015 at 10:03

    Assim mesmo dizem que o Governo de Dr. Rafael Branco não fez nada…Esse acordo foi feito com qual Governo?

  8. Liceu Nacional

    24 de Fevereiro de 2015 at 10:05

    S.Tomé e Príncipe não tem dimensão territorial nem condições ideais em termos de orografia para desenvolver um projeto com estas características sem dar cabo da sua biodiversidade. Isto é incontestável. Para além disso não temos condições de concorrer com outros países neste domínio em termos competitivos na produção de óleo de palma e estaremos dependentes no mercado nesta desvantagem. Só deveríamos meter em projetos que fossem compatíveis com as nossas características favorecedoras da qualidade em vez da quantidade. Porque em termos de quantidade perderemos sempre.

  9. STOP AGRIPALMA!

    25 de Fevereiro de 2015 at 9:35

    Protege a nossa floresta! STOP AGRIPALMA!

  10. sidney soares

    26 de Fevereiro de 2015 at 12:22

    Muito bom para a nossa economia, é o que mais precisamos cá em São Tomé, para que os saotmense conheçam melhores dias.
    vão em frente

  11. olandinho

    2 de Março de 2015 at 14:01

    Haver vamos

  12. olinda beja

    5 de Março de 2015 at 22:47

    Lamento que a próxima geração pague bem caro este erro tremendo que foi a desmatação da zona sul, uma das mais belas da ilha.

    Todo o ecossistema foi alterado o que, segundo não só os cientistas como toda e qualquer pessoa que conheça as leis da natureza, vai ser dramático e irreversível.

    Parafraseando Bernardo Claraval reafirmo “Encontrarás mais nos bosques que nos livros. As árvores e as pedras ensinar-te-ão coisas que nenhum homem poderá dizer-te”

    Será preciso um grande trabalho de sensibilização para que todos, jovens e menos jovens saibam respeitar o paraíso que têm em seu poder e compreendam que nem sempre o dinheiro resolve tudo.

  13. montiel

    20 de Abril de 2015 at 23:21

    Vejam documentários do que aconteceu nalguns países da Ásia. Desertificação, escassez de chuva e muitas espécies de plantas e animais que simplesmente desapareceram. A zona sul de São Tomé sofrerá problemas ambientais que se vão alastrar pelo país. Procurem documentários/documentos e verão as transformações em termos do clima e as consequências serão devastadoras.

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